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Muito boa, sua resposta, e tentarei expor meu ponto a altura apesar de provavelmente fracassar.

O ponto que quis trazer em minha resposta, não é sobre a perda da capacidade humana de raciocínio lógico ao longo do tempo pelo uso indevido e excessivo de ferramentas, concordo que se um músculo deixa de ser utilizado ele perde sua capacidade original e seu desempenho cai, e isso acontece com na natureza, a degradação é algo natural e irreversível, e essa não é a minha discussão. Mas comparar o uso de uma calculadora com o uso de uma ferramenta que possui acesso a informações em tempo instantâneo e que consegue "criar" conclusões sobre determinado assunto, é sim algo inviável. É como comparar um teco-teco com um boeing 747, ambos facilitaram o deslocamento do ser humano, mas se colocarmos em escalas existe um abismo entre as capacidades de um teco-teco e um boeing 747. São ferramentas que facilitam a produção e entrega de recursos sem dúvidas, mas cada uma possui seu contexto, suas restrições, e seus objetivos, não devemos comparar uma à outra, pois sempre existirá uma distância entre elas.

Em minha compreensão, o que o autor trouxe é sim muito valioso e válido para uma discussão, mas em uma visão mais abrangente deste assunto, o ser humano sempre terceirizou seu pensamento, seja através de observações como você citou, ou por meio de livros, pappers, noticias ou o meio social em que o individuo está inserido. O aprendizado básico é a observação, através dela você cria um conceito e este conceito te molda para um objetivo, se uma criança nasce e observa violência continua aquilo para ela se torna normal e aceitável, da mesma forma se ela observa um ambiente de paz, calma e afeto, ela vai concluir que a violência é algo inaceitável, no fim das contas o que vai nos definir é o ambiente em que estamos, pois isso é algo instintivo de qualquer animal existente, aprender conforme a sociedade.

O ponto que eu quis trazer é justamente esse, não existe uma forma de criar algo do zero, todos os pensamentos foram provenientes de algum meio de aprendizado, e é isso que me incomodou no texto original, o autor simplesmente demonizou a terceirização do pensamento a ferramentas, mas isso acontece desde que a humanidade existe, a única diferença é que agora se tornou algo explicito e não implícito e de forma subjetiva.

Sobre estar certo o uso ou não das ferramentas que aumentam a produtividade, para mim é indiferente, isso é algo que quem usa no dia-a-dia tem que julgar com base na sua realidade.

Sobre os estudos e livros, eu leio frequentemente, muito menos do que gostaria, mas eu leio sim, diversos temas e assuntos, e geralmente eu os leio sem um pré-conceito. Busco sempre ler diversos autores visando perspectivas e pensamentos distintos sobre um mesmo assunto. Isso não somente amplia meu conhecimento como aprimora meu senso critico sobre os temas que tenho interesse (assuntos não somente técnicos, mas estimulantes que me tragam algum conhecimento ou, então, entretenimento de alguma forma, ficção, dramas entre outros).

Eu nunca irei estar certo, e sei disso, mas meu trabalho como um ser consciente é o mesmo que o seu, promover o pensamento contrário do que está sendo discutido, e mostrar quem não existe um único meio ou perspectiva.

NOTA: Venho por meio deste, solicitar publicamente que o autor do texto original me desculpe por ter mencionado que sua ação em comparar uma calculadora a IA era uma "Burrice", já editei o texto e alterei a parte que cita isso.

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Sim, a comparação é essa, a calculadora traz benefícios e malefícios de um teco-teco, e a AI é de um jumbo ou foguete. O que torna o texto do autor mais relevante, ainda que simplista, não errado. A comparação é perfeita inclusive na escala. Mas pode tentar argumentar para eu mudar de ideia e ver como você que é inviável fazer essa comparação. Eu acho que isso é o que ainda pega mais na sua argumentação, parece frágil ou inexistente, mas sempre estou aqui para aprender, mas minha observação, e faço ela ativamente, é oposta.

A questão agora é que nunca houve uma terceirização tão abrangente e equivocada como antes. Podemos argumentos que já estava em curso antes da IA e até mesmo antes da internet, que é um processo natural cultural que já permeava a sociedade, mas é difícil negar que está acelerando com cada ferramenta que gera mais conforto, acomodação e mecanização.

O autor não demonizou por completo o uso de ferramentas. O texto dele não é bom, mas não está errado e nem é péssimo. Por isso eu "demonizei" quem negativou assim, ainda mais quem não quis dizer porque, pior ainda quando reitera que não vai falar sobre. O texto dá abertura para o uso das ferramentas, mas de forma crítica, com cuidado, e dá para tentar inferir, embora beira a especulação, que não deve ser usado como aprendizado e sim como automação de algo já dominado e que pode ser praticado sem a ferramenta, exatamente como acontece com a calculadora.

Certo ou não para a experiência pessoal não cabe a ninguém julgar, mas para o coletivo, para o andamento da sociedade parece certo que o caminho que está se adotando trará sérios problemas, mas não sabemos quais, a dinâmica humana sempre mostrou que tudo pode acontecer, embora seja difícil ter otimismo por longo prazo. E agora ainda mais.

Eu acho que a postagem original já tem mais valor que a maioria das coisas postadas aqui nos últimos dias por trazer um desenvolvimento, seja ele qual for.

É verdade que muitas pessoas não vão voltar aqui depois de terem negativado, que muitas sequer verão isto porque é comum a pessoa só olhar para a aba de relevantes e esse já está enterrado, mas ainda sentirei falta disso ter uma oportunidade para engrandecimento do pensamento, mesmo que seja contrário ao meu.

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Eu acho que é uma comparação inviável pois são ferramentas que surgiram com um mesmo propósito, mas com contextos muito distintos uma da outra, uma IA é capaz de não somente fazer cálculos, mas sim de nos fornecer um conclusão, ou um norte em uma época em que a informação é tão abundante que se torna humanamente impossível pararmos e refletirmos sobre N assuntos dada a demanda necessária. Hoje um agente de IA se tornou desde artista, a consultor financeiro. Uma calculadora possui um único objetivo auxiliar nos cálculos e otimizar funções mecânica.
Por isso eu acho que comparar duas ferramentas que surgiram para um mesmo propósito, porém com contextos, restrições e tecnologias diferentes é inviável, não como fazer uma comparação justa, a calculadora facilita o cálculo, uma IA consegue simular infinitos cenários distintos de catástrofes em segundos, suas capacidades são diferentes.

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Ok, vou só falar uma última coisa, até porque começam girar em círculos, não se prenda a ideias fixas, você não parece um "zé ruela" que não sabe nada, você pensa, mas não fique na página 3. isso vale para todos, claro, caso contrário eu nem escreveria. Procure o que neurocientistas e profissionais de humanas estão falando a respeito. Eles discordam.