Executando verificação de segurança...
10

(Lição) Minha trajetória até aqui – de quedas, aprendizados e recomeços

Compartilho tudo isso porque sei que tem gente que olha pra vida agora e acha que já desandou tudo, que não tem mais volta... Mas a verdade é que dá sim pra recomeçar. Dá pra cair, levantar e construir algo ainda maior — desde que você tenha humildade, aprenda com os tombos e continue com fome de crescer.

Boa tarde!

Acesso aqui diariamente, gosto muito de ler os relatos, tanto para aprender quanto para ajudar quem precisa.
Hoje, quero compartilhar minha experiência e meu momento atual. Talvez, de alguma forma, isso possa ajudar alguém que esteja passando por algo parecido.

Sempre fui um garoto problemático na escola. Minhas notas eram muito baixas e minha família me pressionava bastante, porque eu realmente não parecia ter um futuro promissor.
Mas, apesar de tudo, tive muita sorte no início da minha trajetória. Aos 18 anos, consegui uma vaga de estágio numa empresa gigante: a AmbevTech.

Na época, eu era jovem, inconsequente, fazia muita besteira e não tinha nenhuma seriedade com meu crescimento.
Apesar de ser muito ambicioso, eu não me esforçava. Isso foi no fim de 2019, quase no começo da pandemia. Fiz um curso na Proway e logo veio o home office.

Dentro da AmbevTech, tive muitas oportunidades: fui efetivado como CLT 4 horas, depois 8 horas, atuei como dev mobile, frontend e, no fim, em uma área de suporte.
Mesmo novo, com 19 ou 20 anos, eu já ganhava acima de R$ 3.000 por mês.
Mas pensa num cara que ainda não sabia o que queria da vida? Era eu. kkk

Para chegar a esse salário, acabei aceitando uma função de suporte — algo bem básico e sem muito futuro, num cargo que havia sido criado exclusivamente para uma demanda que nem deu muito certo.
Depois de 3 anos, fui desligado. Totalmente justo.
Eu não entregava nada, ficava o dia todo deitado, não trabalhava, não fazia nada e ainda achava que o mundo estava contra mim.

Após a demissão, a pressão familiar aumentou. Mas, arrogante, eu não aceitava. Me achava melhor do que aquilo.
Entrei então numa startup, com a promessa de crescimento rápido e chance de ganhar muito dinheiro.
Mas lá, o pessoal me odiava. Eu era arrogante, vinha de uma empresa gigante e me achava melhor que todo mundo.
O resultado? Fui desligado ainda no período de experiência.
Mesmo o pessoal me queimando, foi justo. Eu merecia.

Ali eu cheguei no fundo do poço.
Engraçado falar isso com só 20 anos, né?
Um moleque que teve uma oportunidade de ouro nas mãos — faca e queijo — nas maiores empresas tech do país, e terminou demitido de uma startup.
Foi minha pior fase psicologicamente.

Mas eu não deixei isso me abalar. Sabia que ia dar a volta por cima.

Migrei para a área de infraestrutura em outra empresa grande (apenas por ter "AmbevTech" no currículo, porque conhecimento, na real, eu não tinha nenhum).
Eu era uma piada: não sabia limpar um disco, mexer em AD, Windows Server, nada.
Mas tive novamente sorte.
Lá, meu coordenador gostou muito de mim. E naquele recomeço, vesti a capa da humildade. Isso mudou tudo.

Sim, ouvi coisas que talvez não merecesse. Mas valeu a pena.
Como dizem, "de herói o cemitério está cheio".

Fiquei nessa empresa por dois anos, até os 22.
Cheguei a um salário de cerca de R$ 4.500. Mas mesmo assim, me sentia atrasado.

Via colegas da faculdade, da escola, chegando nos R$ 10.000. E eu ali, estável, mas com a sensação de estar preso num ciclo.

No fim de 2024, decidi mudar de novo. Fui para um cargo Nível II em outra empresa.
Mas sentia que aquilo me travava muito. Apanhei demais para aprender, tudo era sistema interno, nada reutilizável.
Sabia que mais cedo ou mais tarde ia sair.

Ficava me perguntando:
– Por que saí da primeira empresa?
– Será que devia ter me arriscado?
– Será que, se eu sair agora, tudo vai desandar de novo?
– Será que eu mereço o salário que ganho?

Mesmo com as dúvidas, me joguei de cabeça. E agora, no dia 11 do mês que vem, começo na Senior Sistemas como DevSecOps.
Ganhando três vezes mais do que ganhava há 10 meses. Eu precisava arriscar.

Conto minha história porque fui privilegiado sim. Mas por causa da minha arrogância, quase me afundei.
Tendo humildade, e mantendo a ambição, eu quero — e vou — chegar longe.

Não quero ser só mais um.

Carregando publicação patrocinada...
3

Parabéns, o importante é aprender com os erros e evoluir como ser humano e profissional, vou compartilhar aqui um pouco da minha história também de forma rápida, acredito que já estive em um poço muito mais fundo que o seu!

Comecei aos 18 anos trabalhando como porteiro, apesar do meu sonho sempre ter sido a programação, não conseguia uma oportunidade na área, após 4 anos trabalhando lá, fui demitido pois a empresa precisava cortar gastos por conta da pandemia, foi a pior época da minha vida, pois minha namorada terminou comigo, após quase 2 anos de relacionamento.

Para piorar, com o psicologico abalado, eu ainda cai naquela velha história de investir em day trading, acreditei fielmente que era possível ganhar muito dinheiro, conclusão, perdi tudo que tinha juntado nesses 4 anos trabalhando.

Sem dinheiro, sem relacionamento, voltei a morar com minha mãe.

Para piorar, minha mãe me emprestou quase 4000 reais que ela tinha para eu tentar recuperar o prejuizo, e perdi esse valor também, era tudo que ela tinha.

Um tempo depois meu computador queimou após uma tempestade, comecei a entrar em depressão, não tinha dinheiro para consertar ou comprar um novo, só me restava procurar emprego pessoalmente, mas não encontrava.

Algumas semanas depois para piorar mais ainda, minha cama quebrou, tive que dormir no chão por alguns meses, durante esse tempo aconteceu algo que mudou tudo, sabe oque ? Uma reflexão profunda, eu via minha mãe chegando tarde todos os dias, as vezes debaixo de chuva, ainda tendo que fazer algumas atividades domésticas, eu me sentia um lixo, percebi que ela estava pagando o preço por todas as minhas decisões ruins, e era só por causa dela que eu ainda estava vivo.

Lembro que um dia deitado e pensando na vida, tomei uma decisão, eu comecei a montar um plano mental de cada passo minúsculo que eu precisava dar, na ordem certa para chegar em um grande objetivo, que era conseguir um bom emprego com um bom salário.

Primeira coisa que fiz, foi engolir o ego, o choro, e sentei com minha mãe para conversar, executei o primeiro passo, falei para ela fazer um último sacrifício por min, comprar uma placa mãe nova do meu computador que tinha queimado, ela disse para eu esperar um mês e no seguinte ela ia comprar parcelado.

Quando chegou, instalei e o computador voltou a funcionar, comecei a baixar vários cursos de programação pirata, assisti o máximo que pude e pratiquei cada exercício, por mais simples que fosse, na época não tinha IA, eu devorava qualquer conteúdo, seja de curso ou fórum.

Pois bem, depois de um tempo, comecei a montar um portfólio de projetos, mas não qualquer projeto, projetos completos, com arquitetura bem feita e documentada, com front e backend, banco de dados, e urls para linkar no meu curriculum.

Demorei cerca de 4 meses para fazer 3 projetos muito bem feitos, uma pessoa poderia simplesmente baixalos do git de graça e começar a ganhar dinheiro, era um ecommerce, um erp para pequenas empresas e o último um aplicativo para delivery.

Com o portfólio em mãos, comecei a aplicar para vagas, fez toda a diferença, por conta dos projetos, chegava sempre no final das entrevistas, mas se você acha que foi fácil, não não foi, sempre o outro candidato passava na minha frente e eu me frustrava, pois eu não tinha faculdade.

Após muitas tentativas, consegui meu primeiro emprego, em uma empresa muito grande, comecei ganhando 3k por mês, e hoje após 4 anos de empresa, estou tirando 13k por mês. Recebi diversas promoções, desenvolvi projetos de software para as maiores empresas da América Latina, como mercado livre, 3m, Otis e muitas outras.

Enfim, fica meu relato como motivação de resiliência e perseverança, nada na vida é fácil.

PS: Após todo o trauma do relacionamento também conheci uma pessoa muito melhor e estou casado há 3 anos. (Digo isso pois incluindo eu, muitas pessoas acreditam um término de 2 anos ou mais é o fim, e que nunca encontraram outro companheiro ou companheira)