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Criei uma Arquitetura de AGI Modular e Neuro-Simbólica (MQ-AGI) para superar os limites dos LLMs

Fala, pessoal do TabNews!

Venho trabalhando intensamente em uma pesquisa sobre como superar os gargalos atuais dos Grandes Modelos de Linguagem (LLMs). Todos nós sabemos que, por mais impressionantes que sejam o GPT-4 ou o Claude, eles ainda sofrem com problemas estruturais: alucinação, falta de memória persistente e raciocínio profundo ("Sistema 2") limitado.

Em vez de apenas esperar por modelos maiores, decidi atacar o problema pela arquitetura.

Hoje estou publicando oficialmente o preprint do meu paper: MQ-AGI (Modular Quantum-Orchestrated Artificial General Intelligence).

O Que é a MQ-AGI?
É uma proposta de arquitetura que quebra o "monólito" dos LLMs em componentes especializados, inspirada na neurociência cognitiva (Teoria do Espaço de Trabalho Global) e otimização física.

Os 4 pilares principais são:

  • Cérebro Orquestrado: Em vez de uma rede neural gigante, uso Redes Especialistas de Domínio (DENs) (ex: um expert só para Física, outro só para Ética), coordenados por um Integrador Global (GIN).
  • Memória DREAM: Integrei meu protocolo anterior (DREAM) para dar ao sistema memória episódica real e "infinita", que se auto-gerencia (TTL adaptativo) baseada no interesse do usuário, respeitando a privacidade.
  • Roteamento Quântico (Quantum-Inspired): A grande sacada matemática. Em vez de usar uma rede neural simples para escolher qual especialista usar (como no MoE tradicional), modelo isso como um problema de Minimização de Energia Hamiltoniana. Isso permite encontrar a "coalizão ótima" de especialistas para problemas complexos.
  • Segurança Constitucional: A ética não é um filtro no final. Ela entra como um custo de energia na decisão. Se uma ação é antiética, a "energia" para realizá-la é tão alta que o sistema fisicamente não consegue colapsar nessa decisão.

O Paper e a Formalização
Não fiquei apenas na ideia. O paper inclui:

  • A formalização matemática completa (Hamiltonianos, Princípio da Energia Livre de Friston).
  • Uma análise crítica de viabilidade (admitindo os gargalos atuais de hardware quântico/QRAM e propondo simulação via Tensor Networks).

Link para o Paper completo (Open Access no Zenodo): https://zenodo.org/records/17654543

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Estou sendo um pouco Horácio (braço curto kkk) pois ainda não li completamente os papers, mas gostaria de entender:

Qual a relação com a física quantica o nome dado para "roteamento quântico"?

Sobre a ética, usar como custo invés de filtro, não pode gerar problemas de segurança com a IA entendendo que é melhor "ela pegar um atalho moral" do que seguir a ética, e persistir no ato imoral?

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  1. Por que "Roteamento Quântico"? Qual a relação com a física?
    A relação não é apenas uma metáfora, é algorítmica e matemática. O nome vem da forma como o problema de "escolher o melhor especialista" é modelado e resolvido.
  • O Problema: Se você tem milhares de especialistas (Física, Direito, Ética, etc.) e precisa escolher a combinação perfeita de 5 deles para responder a uma pergunta complexa, testar todas as combinações é impossível (explosão combinatória).
  • A Solução Física (Hamiltoniano): A MQ-AGI mapeia essa decisão em um Hamiltoniano de Ising (H), uma equação da física que descreve a energia total de um sistema.
    • Cada especialista é tratado como um qubit ou spin que pode estar "ativo" (1) ou "inativo" (0).
    • Conflitos lógicos ou redundâncias entre especialistas aumentam a "energia" do sistema.
    • Sinergias diminuem a energia.
  • A Mecânica Quântica: O sistema busca o Estado Fundamental (Ground State), que é a configuração de menor energia possível. Matematicamente, isso equivale a encontrar a solução ótima.
  • Superposição: Em vez de testar uma opção de cada vez, o "Roteador Quântico" (ou sua simulação clássica) opera em superposição, avaliando implicitamente múltiplos caminhos de raciocínio simultaneamente e usando interferência para anular os caminhos ruins e amplificar a melhor coalizão de especialistas.

Em resumo: chama-se "quântico" porque usa a matemática da mecânica quântica (minimização de energia em espaços de Hilbert) para resolver um problema de logística que travaria um computador comum.

  1. Ética como Custo: A IA pode "pegar um atalho"?
    Essa é a sua preocupação mais crítica: "Se a ética é um custo, a IA não pode 'pagar o preço' para atingir um objetivo?"

Na arquitetura MQ-AGI, a resposta teórica é não, e aqui está o "pulo do gato" da engenharia proposta:

  • O Custo é Infinito: As restrições de segurança (ex: "não causar dano") não são apenas um custo alto; elas são mapeadas no Hamiltoniano como termos de penalidade infinita.
  • A "Lei da Física": Como o sistema é obrigado, por design, a buscar o estado de menor energia (o vale mais profundo), uma ação antiética representa uma "montanha infinita". A probabilidade estatística de o sistema "colapsar" (decidir) nesse estado antiético tende a zero .
  • Não é um Filtro, é um Muro: Em LLMs atuais, a ética é um filtro "depois que o pensamento ocorreu" (guardrail). Se o filtro falhar, o pensamento passa. Na MQ-AGI, a ética faz parte da física do pensamento. O sistema fisicamente não consegue "formar" a intenção antiética porque ela é energeticamente instável.

Resumo da Segurança: A IA não pega o atalho imoral porque, na "física" interna dela, o caminho imoral é o caminho mais difícil e custoso possível, tornando-o impossível de ser escolhido como solução ótima. Além disso, existe uma camada de Verificação Neuro-Simbólica que age como um bloqueio lógico final, vetando qualquer ação que viole axiomas de segurança antes de ser executada .