Executando verificação de segurança...
1

Excelente reflexão, @MrPunkDaSilva. O ponto central do seu texto é a sustentabilidade, e é justamente isso que alguns comentários aqui parecem ignorar ao focar apenas na "permissão legal" ou em "caridade".

Sobre os contrapontos levantados nos comentários, vale a pena desmistificar duas ideias:

  • A falácia da "ONG" e da Caridade: Comparar Open Source corporativo com uma ONG ajudando crianças (como mencionado pelo @Pilati) é uma falsa equivalência. Uma ONG fornece assistência humanitária. O Open Source fornece infraestrutura de produção. Quando uma empresa bilionária baseia seu produto em uma lib open source, ela não é uma "criança carente recebendo ajuda", ela é uma indústria utilizando maquinário gratuito. Dizer que "ninguém lança lib querendo retorno" ignora a estratégia de commoditização de gigantes como Google (Kubernetes) ou Facebook (React), que abrem código justamente para criar hegemonia técnica e facilitar contratações. Não é caridade, é estratégia de mercado.
  • O mito de que "A licença define o que é justo": O argumento do @felipecrs de que "se a licença permite, é justo" confunde Direito com Ética/Sustentabilidade. A licença define o que é legalmente permitido, não o que mantém o ecossistema vivo. A licença MIT permite que eu use o código até o mantenedor ter um burnout e abandonar o projeto. Isso é legal? Sim. É inteligente para o meu negócio depender de um projeto que vai morrer por falta de apoio? Não.

Como o @cacatua bem pontuou com a analogia biológica, sistemas onde a extração é infinita e a reposição é zero tendem ao colapso ou ao parasitismo.

A questão do post não é sobre "obrigar" empresas a pagar, mas sobre entender que Open Source é Supply Chain. Se você não cuida da sua cadeia de suprimentos, seu próprio produto fica em risco. Contribuir de volta não é "bondade", é gestão de risco e inteligência de negócio.

Carregando publicação patrocinada...