Segurança digital é ilusão?
Vivemos na era da hiperconectividade. Tudo está online: bancos, hospitais, governos, até as lâmpadas da sua casa. E, diante dessa realidade, a indústria da cibersegurança promete o impossível: proteção total. Mas a verdade, mesmo que doa admitir, é que não existe empresa 100% segura.
Olhe para os grandes vazamentos dos últimos anos. Não foram falhas mirabolantes de hackers dignos de filme de Hollywood. Em muitos casos, tudo começou com o básico: um funcionário que clicou em um link suspeito, uma senha fraca repetida em vários sistemas, um acesso temporário que nunca foi revogado.
A fragilidade não está no firewall, no antivírus ou no algoritmo de criptografia. Está no comportamento humano. Segurança é mais cultura do que tecnologia. Não adianta gastar milhões em ferramentas se as pessoas que as usam não entendem o porquê de seguir protocolos.
Pense na analogia de uma casa: você pode ter a porta mais reforçada do mundo. Mas se esquecer de trancá-la, não adianta nada. É assim com segurança digital.
A pergunta é: estamos investindo no lugar certo? Estamos treinando pessoas ou apenas comprando ferramentas? Talvez segurança não seja um software, mas um hábito.