É curioso ver um texto ensinando “como ler com inteligência artificial”. Porque, em essência, o que ele ensina é como deixar de ler.
Não há ironia nenhuma aqui...
A IA não resume. Ela digere. E entrega de volta um purê sem sabor, onde a voz do autor foi apagada e substituída pela voz genérica do algoritmo.
Aquela frase que o escritor demorou uma tarde para lapidar, o ritmo de uma metáfora, a curva de uma ideia, tudo isso otimizado como ruído..
O que se perde não é o tempo, é a experiência.
E essa pressa por eficiência é, paradoxalmente, o maior sintoma de ignorância moderna..