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Cara, concordo demais com teu ponto. Não é um fenômeno isolado da tecnologia. Dá pra enxergar isso acontecendo em praticamente qualquer profissão. Médico virando operador de protocolo, advogado virando copista de jurisprudência, nutricionista entregando dieta template, designer copiando trend do TikTok, professor sufocado por burocracia e criador de conteúdo repetindo fórmula de engajamento. É como se em todas as áreas a gente estivesse perdendo a essência humana.

O que você chamou de falta de alma descreve perfeitamente. Tudo virou meta, KPI, algoritmo, velocidade, like, prazo, escala. O espaço onde nascem as ideias profundas está sumindo. Curiosidade não sobrevive onde só existe correria e medo de ficar para trás. Viver virou produzir. Criar virou entregar qualquer coisa com estetica agradavel. Aprender virou decorar(isso aqui já tem um tempo até).

E o foda é que Big Tech precisa sugar atenção até o último fio. Governo não consegue entregar perspectiva real. Mercado exige que todo mundo corra mais rápido do que o corpo e a cabeça conseguem. E uma geração inteira cresce acreditando que, se não performar imediatamente, vira descartável. E na prstica estamos muito mais descartaveis mesmo(vide layoffs). Então sei que fica difícil cultivar amor pelo que se faz.

Só que não dá pra colocar a culpa toda para outros. Algoritmo manipula, empresa pressiona, contexto sufoca. Mas quando a gente desiste de pensar e só aperta botão, aí já era. quando a curiosidade morre, morre junto a nossa capacidade de criar algo que vale a pena, mesmo que para um prazer individual mais significativo.

eu não quero dizer que tá todo mundo errado, só quero lembrar pra quem se importa ainda que, se ninguém puxar o freio, a gente vira máquina mesmo. Resgatar curiosidade e profundidade é uma forma de resistência contra o atual sistema.

Valeu demais por levantar essa visão. Troca assim é o que faz esse debate ficar grande de verdade.

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