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A importância do inglês para devs

Não sei se essa é uma boa ou uma má notícia pra você, mas o mundo de Tecnologia geralmente acontece primeiro em inglês. Sim, sim, realmente existe muito esforço para tradução de projetos, documentações, etc... Mas primeiro rola em inglês.

De forma geral, o inglês domina o mundo. Mas em TI, isso é ainda mais verdade.

Dá só uma olhada nas fontes da NewsLetter do Deschamps de ontem (29/08/2025):

Esse foi um exemplo aleatório que pensei de cabeça aqui. Simplesmente supus que a maioria das fontes seriam em inglês e (vejam só que coincidência!) Eram.

O código está em inglês

Outro ponto é que o próprio código “fala” inglês.

Pensa comigo: as palavras-chave das linguagens são todas em inglês:

  • if
  • else
  • while
  • class
  • return

As bibliotecas e frameworks também:

  • request
  • response
  • fetch
  • getUser
  • findById
  • equalsIgnoreCase

Se você entende inglês, essas palavras deixam de ser “mágicas” e passam a fazer sentido:

  • getUserobter usuário
  • whileenquanto
  • fetchbuscar/pegar algo

É como se o código tivesse comentários embutidos.

  • Pra quem não entende inglês, vira pura decoreba.
  • Pra quem entende, o raciocínio flui com muito menos esforço.

Além disso, quando você pega documentação ou exemplos no StackOverflow, fica natural juntar os conceitos. Se você lê “response body”, já associa com “corpo da resposta”. Isso reduz a frustração e acelera o aprendizado.

No fim das contas, saber inglês é quase como ter um superpoder de debug mental.

Tecnologias novas nascem em inglês

Outro detalhe importante: mesmo quando a tecnologia não nasce em países de língua inglesa, ela já surge voltada para o inglês.

Por quê?
Porque inglês é o ponto comum entre devs do mundo todo.
É a forma mais simples de garantir que sua tecnologia seja usada globalmente.

Um bom exemplo é o Elixir, criado por um brasileiro (José Valim).
Apesar disso, toda a documentação oficial, guias e comunidade principal são em inglês.

Isso não acontece porque alguém “ignora” o português, mas porque o inglês amplia o alcance.
Se o Elixir tivesse sido documentado primeiro em português, dificilmente teria ganhado a adoção internacional que conquistou.

No fim das contas, é quase uma regra: se uma tecnologia quer crescer, ela precisa falar inglês desde o início.

Inglês multiplica suas oportunidades de trabalho

Saber programar é essencial.
Mas saber programar e se comunicar em inglês é o que pode mudar o patamar da sua carreira.

  • Muitas vagas internacionais pedem inglês como requisito básico.
  • Mesmo em empresas brasileiras, já é comum encontrar equipes distribuídas que usam inglês no dia a dia.
  • Salários em dólar ou euro são uma realidade para quem consegue trabalhar remoto para fora.
  • Inglês também abre portas para participar de projetos open source relevantes, que podem virar vitrine para o mercado.

No fim, o inglês não é só um "extra" no currículo.
Ele é um diferencial competitivo.
Enquanto um dev sem inglês está limitado ao mercado local, um dev com inglês tem o mundo inteiro como opção.

Conclusão

Você não precisa saber inglês para começar a programar.
Dá para aprender lógica, criar seus primeiros projetos e até entrar no mercado apenas com conteúdos em português.

Mas a verdade é que o inglês ajuda — e muito.
Ele acelera o aprendizado, amplia o acesso a materiais e abre portas que simplesmente não existem em português.

E à medida que você cresce como profissional, essa diferença fica ainda mais clara:

  • Para ser um desenvolvedor experiente e de qualidade, o inglês deixa de ser um “extra” e passa a ser essencial.
  • Com o aumento da senioridade, você vai lidar com equipes distribuídas, documentação avançada, comunidades globais e tecnologias que ainda nem chegaram traduzidas.

Em resumo:

  • Para começar, inglês é um grande aliado.
  • Para crescer, inglês é praticamente obrigatório.

E você? Já sentiu falta do inglês em algum momento da sua carreira?

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Concordo plenamente.

Mesmo que vc nunca vá trabalhar fora do país, ou que nunca interaja com equipes estrangeiras, inglês ainda será muito importante porque, como já dito, ele ainda é o ponto em comum (a língua franca) da nossa área.

Todas as novidades surgem primeiro em inglês. Todo o conteúdo relevante (tutorial, documentação, artigos, vídeos, etc) pode ser encontrado em inglês. Claro que tem muita porcaria nesse meio (as modinhas, hypes e terraplanismos da área também surgem primeiro em inglês), e tem que saber filtrar. Mas praticamente todo o material de qualidade possui no mínimo uma versão em inglẽs.

E desse material todo, apenas uma ínfima parte é traduzido para português. E uma parte menor ainda disso é bem traduzido. Sem contar que muitas vezes demora-se meses ou até anos para traduzir. Então saber inglês é fundamental para ter acesso total a esse conteúdo. E não falo só das novidades, tem muita coisa antiga que ainda não foi totalmente traduzida.

Pior, tem casos em que, sabe-se lá como, no processo de tradução são introduzidos erros que não estavam na versão original. Ou tem informação incompleta (compare aqui e aqui, na versão em português não é citado bigint, o que está errado). Por essas e outras que eu sempre fico com o pé atrás ao ler documentação traduzida, e no fim prefiro ver a original em inglês mesmo.

Claro que tem conteúdo original e bem feito em português, que não se acha em inglês. E essa é uma vantagem de saber mais de um idioma, vc aproveita melhor o conteúdo que cada um tem a oferecer. Mas a quantidade de material em português, em comparação ao inglês (tanto em quantidade quanto em qualidade), é pequena. Não tem jeito, é só sabendo inglês que vc desbloqueia esse vasto mundo de conhecimento.

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Obrigado, pela reflexão tava pensand sobre isso esses dias... ja tem uma grande base básica em inglês para ler documentos mas as vezes na pressa de entregar as task acabou não fazendo o correto que seria ler e continuar treinando o inglês.