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Aprender algo é abrir uma nova janela no cérebro.

“Feito imperfeito vence perfeito nunca feito.”
Aldo Novak

Eu disse isso outro dia, talvez alguém já tenha dito antes, mas para mim fez sentido agora.

Abrir uma janela é permitir que o vento entre, que a luz mude, que você veja algo diferente do que sempre viu. Aprender é isso: deixar o mundo entrar.

E para isso… é preciso quebrar padrões.

Quando comecei a pós-graduação em Ciência de Dados com Big Data e descobri que não teria nenhuma vídeo aula, apenas PDFs longos, pensei:

“Misericórdia… como vou sobreviver a isso?”

Eu estava tão acostumado a estudar ouvindo alguém explicar tudo mastigado que ler, realmente ler, parecia difícil demais. Mas esse desconforto acabou sendo uma das melhores coisas que já me aconteceu.

A armadilha das vídeo aulas
As vídeo aulas são confortáveis. Você assiste, repete, acha tudo incrível e sente aquela falsa sensação de progresso.

Mas pense comigo:

Quantas vezes você configurou seu ambiente de desenvolvimento acompanhando o vídeo? E quantas vezes realmente consegue lembrar de como fazer tudo sozinho?

O professor fez testes, resolveu erros, escolheu o melhor caminho e entregou tudo pronto. Você só repetiu. Sem suor. Sem tropeço. Sem batalha. E, sem batalha, quase nunca há memória.

Eu percebi que estava preso em um padrão mental: consumir conteúdo passivamente e achar que estava aprendendo.

Foi aí que decidi mudar.

Como comecei a quebrar esse padrão

Hoje faço assim:

Assisto a aula inteira sem tocar em nada.
Depois volto assistindo e anotando que o professor quis ensinar, não o que ele falou.
Depois, pego uma máquina virtual limpa e tento repetir tudo sozinho (no caso de configuração de ambiente), sem voltar no vídeo.
Por que faço isso?

Porque errar, apagar, refazer, testar, configurar de novo… É isso que cria memória real. É isso que ensina.

Lembra da frase? “A repetição é a mãe da retenção.”

Esse processo é cansativo? Sim.

É desconfortável? Sim.

Mas é aí que está a quebra de padrão.

E estudar por leitura?
Ler é diferente porque devolve a imaginação para você. Não é a experiência do professor. É a sua!.

Quando você lê, o autor pode controlar o conteúdo, mas não controla como você aprende.

Você pode pensar:

“Puxa, isso aqui poderia ser usado assim…”

E pronto, nesse mesmo istante você criou uma conexão nova. Ali já existe um início de transformação.

Mas leitura exige outra coisa que muita gente evita: Leitura ativa.

Ler
Meditar
Reescrever com suas próprias palavras
Praticar
Não é sobre vencer páginas.
É sobre vencer conceitos.

Quando você escreve o que entendeu, você está dizendo ao seu eu futuro: “É assim que você faz. Sem depender de ninguém.”

Errar também é parte da jornada
Thomas Edison dizia que não falhou mil vezes. Ele apenas descobriu mil maneiras de não construir uma lâmpada.

Isso é ouro!

Errar é parte do aprendizado. E cada erro é um padrão que se quebra:

“Eu pensava que era assim…”
“Não era.”
“Então vamos tentar de outro jeito.”
Conclusão:
não é sobre estudar. É sobre mudar a sua mente.

No fim das contas, vídeo aula ou leitura são só ferramentas, o que realmente transforma é a forma como você encara o processo.

Se você continuar estudando do mesmo jeito, vai continuar obtendo os mesmos resultados.

Agora, se você assumir o protagonismo, suar, anotar, testar, falhar, levantar e tentar de novo… Aí sim você abre novas janelas no cérebro.

E é disso que este blog trata: quebrar padrões mentais para construir caminhos novos.

Me conta: qual é o próximo conteúdo que você vai tentar aprender de forma ativa, enfrentando o desconforto para crescer?

Hoje, sinto que cresci um pouco mais.

Porque, no fim das contas…

Não é sobre o simplesmente aprender.
É sobre mudar a sua mente.

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Bem, vídeo aula não é armadilha. Uma boa vídeo aula, realmente ensina.

Aprendizado é um assunto bem abstrato e até subjetivo. Por exemplo, eu eliminaria muitos processos que você falou. No momento estou lendo um livro chamado: C programming language a modern approach para aprender C e estudar um outro livro que utiliza C intensivamente. O processo: Leio, confirmo o que leio codificando. Repito o processo. Isto tem funcionado para mim.


Aprender é uma palavra bem forte. A maioria das pessoas entende algo, mas aprender, é realmente um processo suado. Algumas pessoas podem ler o seu relato e achar que isto é a forma do sucesso ou que vai aprender qualquer coisa assim, até chegar num assunto relativamente complicado chamado: Matemática discreta e perceber que o processo de estudo muda completamente. Nesse momento, essa pessoa vai travar e talvez venha aqui falar que é papo de coach.

Digo isso, pois achei teu post interessante. A única crítica a ele é a organização do texto, que é difícil de ler para mim, e que o processo nem sempre é este, especialmente quando o assunto é muito teórico, como kernels, compiladores e coisas do tipo que dificilmente conseguimos criar sozinhos, a menos que seja uma versão "mini" que é bom, mas não aproveita 100% do assunto. Para esse tipo de aprendizado, é necessário abordagens diferentes.

Outro ponto é que, a parte mais difícil não é descobrir isso, mas fazer de fato. Será que conseguiram fazer isso por uma semana? um mês? por anos? Bem, poucos conseguem de fato, mas o que conseguem colhem bem depois.

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É verdade Programmer404,
você tem toda razão e em seu colocação uma máxima no que diz respeito ao ser humano é reafirmada: "Nada que se diz a respeito do ser humano é 100%".
Há diversidade entre os métodos de aprendizado que se adequa a cada um. Relatei neste post as minhas impressões de 19 anos de experiência como professor de Física e Matemática, dentre outras disciplinas. Com alunos ingressos na Universade Federal da Bahia, na época entre os vestibulares mais difíceis do Brasil. COmo monitor de Físicas 1 e 2, Calculos 1, 2 e 3, Geometria Analítica na graduação de Engenharia Elétrica, anos atrás. Mas ainda assim, provavelmente não tenho a experiência necessária.

A armadilha da vídeoaula que me referi, não é a VIDEOAULA em si. Mas a forma que muitos estudam com videoaulas, simplesmente repetindo tudo o que o professor faz na videoaula e ter a falsa sensação de aprendizado. Armadilha esta, que eu mesmo me fiz vítima. Importante citar que tudo que escrevi foi por experiência pessoal, e aí quem se identificar, pode tentar o caminho que eu tentei. Entende?

Mas de fato a tua abordagem é completamente válida, entretanto, assim como a minha, não é a única verdade. Espero que entenda, o que quero dizer!
Fico com uma gratidão sem tamanho por tua contribuição ao meu processo de aprendizado na área de tecnologia, que afina é muito insipiente, se comparada à tua. Sou realmente, e de fato, um iniciante que nem me considero um dev júnior. Por isso meu nick: guedesInDev.

Valeu mais uma vez meu caro!

Muito sucesso para ti e para todos nós, cada um com seu processo!