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Conversei com alguns milionários e descobri porque TANTOS DEVS FALHAM COM SAAS

Meu nome é Henrique, sou dev e há um bom tempo tenho me metido no mundo do empreendedorismo, estou focando bastante em criar um produto rentável pra montar minha própria Startup.

No último mês entrei no cofounder matching do Ycombinator e bati papo com uns 10 empreendedores diferentes por vídeo chamada, alguns deles eram faria limers, outros eram pobres e ficaram milionários, alguns jovens e outros velhos, mas todos eles tinham fundado empresas, criado produtos incríveis e colocado muito dinheiro no bolso.

No final de cada conversa, eu ficava pensando em como eu estava longe de saber o que é criar uma startup, começaram a falar de vários conceitos que nunca vi em foruns e grupos de SAAS, comecei a ouvir coisas como:

Criei 6 mvps em 6 meses, até encontrar o market fit e receber investimento de $1M

“Melhorar” um produto que ninguém quer é uma forma sofisticada de procrastinar.

“Encontrei 1 empresa, construí o produto pra ela sendo pago por isso e depois de validar eu lancei pro mercado”

“Nenhuma ideia é boa até ser validada” (There is no facts inside the building)

“Demorou 3 meses pra fazer um protótipo? Que deseperdício de tempo, lança logo!”

E também ouvi conceitos diferentes como:

  • Product Market Fit, Problem–Solution Fit

  • Hipótese de valor e de crescimento

  • Métricas acionáveis

  • Motor de crescimento

  • Validações sem produto: MVP Concierge, MVP mágico de Oz, Fake Door Test, teste A/B

  • Tipos de pivotagem: zoom in, zoom out, de seguimento, plataforma, canal, tecnologia…

  • Churn, Moat

Por que os experts de SAAS do YouTube não falam sobre isso????

A minha cabeça explodiu com esse assunto, há uma distância gigantesca entre o “fazer um SAAS pra ganhar renda extra“ e o método de Startups de quem realmente tem resultados.

Nós desenvolvedores só sabemos codar, nossa cabeça não pensa muito no cliente final, temos PAVOR de vender, fazer pitch, fazer networking, etc.

Somos acomodados numa bolha intocável que pensa mais em ganhar salário do que criar valor real pro cliente.

Se vc acha que eu to brincando, hoje mesmo se vc entrar num fórum de devs Saas vc vai ver um monte de gente com perguntinha tipo:

“Qual é o mercado mais quente pra entrar?”

“Terminei meu app de finanças, mas ninguém baixa… o que faço?”

“Fiz uma plataforma robusta com Clean Code, será que vende?”

“Terminei meu app, mas não conheço ninguém do nicho… e agora?”

“Alguém conhece algum bot de IA pra vender meu produto?”

E com isso, não me entenda mal, tem muitos devs Saas ganhando dinheiro, acredito que o arroz e feijão é o que faz a diferença, mas quanto tempo não poderia ser economizado se tivessemos menos esse pensamento de criar coisas e mais o de descobrir oq o mercado de fato está precisando?

Foi aí que tudo começou a fazer sentido.

A diferença não é técnica, é mental! É como a diferença entre um artesão e um cientista.

O artesão se apaixona pelo código limpo, pela arquitetura robusta. Ele passa meses esculpindo uma obra-prima e, no final, sai em busca de alguém para mostrar ela. O foco é o construir.

O cientista se obceca com a hipótese, o problema do cliente. Ele não constrói a solução final de uma vez.

Primeiro, ele vai até o cliente para entender a dor de verdade, depois, constrói um "mínimo viável", o experimento mais barato possível para testar sua hipótese, e caso for comprovado, ele segue com o mesmo ciclo! O código é apenas o uma parte do processo. O foco é a evidência e o aprendizado validado!

No fim, você acaba descobrindo que:

  • A única métrica que importa no começo é o aprendizado validado. Não são downloads nem likes. É a evidência de que você resolveu uma dor real para alguém disposto a pagar ou usar de forma consistente. É a busca desesperada pelo Problem-Solution Fit.
  • Startup não é sobre ter ideias, é sobre ter um método para matar ideias ruins. Sua ideia não vale nada até ela sair do escritório e encontrar o mercado. A velocidade com que você a descarta ou valida vale tudo. "Trabalhar em silêncio" é o jeito mais caro de se enganar.
  • O produto final é a consequência, não o ponto de partida. O ponto de partida é sair do prédio. O MVP não é para "lançar", é para aprender. Você constrói a versão mais simples que consegue para testar se está no caminho certo para o Product-Market Fit, e então itera ou pivota. O resto é vaidade.
  • Seu ego é seu maior inimigo. "Melhorar um produto que ninguém quer" é procrastinação. "Ignorar feedback" é suicídio empresarial. O cientista de verdade ama quando uma hipótese é refutada, porque isso o poupa de meses ou anos de trabalho inútil.

Espero que esses pensamentos possam trazer uma inspiração pra quem está na mesma fase que eu passei, comenta aí se você concorda com essa mudança de mentalidade no mundo dev.

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Meus 2 cents,

Bem, confesso que cheguei ao final do post com sentimentos divididos:

  • Por um lado, eh positivo ver que uma postagem que fala alem do codigo, falando da realidade do SaaS: negocios sao feitos para dar lucro, e com SaaS nao eh diferente.

  • Alem disso, eh lembrar que existe metodo: existe vasta bibliografia (fundamentada) indicando caminhos para se construir um negocio de sucesso, seja ele digital ou nao. Ou simplificando: "enxergo mais longe porque me apoiei no ombro de gigantes".

  • Entretanto, ao mesmo tempo o post da um certo desanimo - porque o que nao falta sao posts/comentarios aqui mesmo no TABNEWS falando justamente disso: o caminho mais seguro para o sucesso eh validar sua ideia. Discussoes sobre ICP, churn, MVP, MRR e todo vocabulario da parafernalia associada a um negocio digital eh muito, mas muito frequente - e pelo tom do post parece que isso nunca foi abordado aqui (quando eh exatamente o contrario - as vezes cansa ver as mesmas dicas serem repetidas dia apos dia, perdidas como palavras escritas na areia e lavadas na proxima mare).

Enfim - obrigado por compartilhar !

E que possamos ver melhores negocios se consolidando !

Saude e Sucesso !

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O que mais tem é desevolvedor que coda e valida meses depois, descobrindo que o mercado não quer aquela solução, pelo menos não da forma como foi apresentada.

Aprendi esse ano sobre validar e depois começar a construir. As vezes até vender sem ter nada construido e correr atrás para entregar o que você apresentou ao cliente na validação.

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Eu sempre tive um problema: varias ideias surgiram na minha mente, eu pensei tanto, planejei tanto, e não executei.

E pior, nas vezes que tentei executar eu dourei tanto a pilula, tentando fazer um codigo bonito, uma estrutura bem feita, robusta, que acabei demorando tanto e desanimando, ou perdendo o timming.

Recentemente eu me pus um desafio: vou lançar um saas que eu sempre pensei em lançar. E assim esotu fazendo, da forma mais rápida o possivel. Criei 90% do codigo com o chatgpt, sem perder horas me afundando em documentação de uma framework que não uso há anos. Em pouco mais de uma semana estou com um produto semi-funcional, faltando integrar um split de pagamentos.

Acho que o que ninguém entende é que uma coisa é saber programar um SaaS. Outra coisa totalmente diferente é transformar ele num negócio. E pra ser um negócio, o investimento (tempo) deve ser o menor o possivel, assim qualquer retorno será alto.

Uma coisa que aprendi é que tudo, absolutamente tudo é retorno sobre o tempo: Se eu gastar 1 dia pra fazer um SaaS que lucra 100 reais por mês, é o mesmo de gastar 100 dias para um SaaS que lucra 10.000 por mês.

Só que: arriscar 1 dia da minha vida por algo é uma coisa. Arriscar 100 dias é outra totalmente diferente.

Todos esses termos que você nunca ouviu falar, são termos que só a mentalidade empresária tem. Um programador ta cagando pra tudo isso.

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O foco tem que ser a validação, uma vez que você prova q pessoas estãp dispostas a pagar pelo produto, vc itera.
Parabéns pela trajetória

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Vou colocar aqui algumas explicações curtas dos conceitos que me ajudaram a ler:

Moat é a barreira estrutural que sustenta vantagem competitiva — pode vir de dados proprietários, lock-in tecnológico, custos de troca altos ou efeitos de rede

Churn é o indicador de evasão de clientes ou receita recorrente, medido por coorte e usado em métricas como Net Revenue Retention (NRR) e Gross Churn, impactando diretamente o MRR growth e a previsibilidade do modelo SaaS.

Resumo de 10 tipos de Pivotagem conforme o artigo esse artigo https://ideapartner.com.br/tipos-de-pivot

Zoom In – focar num único recurso do produto e torná-lo o produto inteiro.

Zoom Out – ampliar o escopo do produto de um recurso para um conjunto completo de solução.

Segmento de Cliente – mudar o foco para outro tipo de cliente que realmente precisa da solução.

Necessidade do Cliente – manter o cliente-alvo, mas alterar a solução para atender uma dor diferente.

Plataforma – migrar de/mover para outra plataforma (ex: de app simples para plataforma completa).

Arquitetura de Negócio – alterar o modelo de negócio, como estrutura de valor ou escopo de oferta.

Captura de Valor – mudar como você monetiza ou captura valor da oferta.

Motor de Crescimento – modificar o mecanismo de aquisição/expansão de clientes (viral, pago, etc.).

Canal – mudar o canal de distribuição ou entrega do produto.

Tecnologia – entregar o mesmo valor, mas por meio de uma tecnologia diferente que traga vantagem.

Tipos de MVP: https://caroli.org/tipos-de-mvp

Porta Falsa (Fake Door): Simula um produto ou funcionalidade via botão ou link para testar interesse antes de construir.

Teste A/B: Lança duas (ou mais) versões de um produto/feature para medir qual gera melhor resposta do usuário.

Landing Page: Cria uma página única que descreve a proposta de valor para validar interesse ou captar pré-inscrições.

Vídeo Explicativo: Usa um vídeo para apresentar o produto hipotético e medir interesse antes do desenvolvimento.

Campanha de E-mail: Envia uma campanha para validar a reação do público a uma proposta de valor antes de construir o produto.

“Uma Funcionalidade”: Lança apenas uma funcionalidade central para validar sua aceitação antes de desenvolver o conjunto completo.

Fatia Fina (Thin Slice): Entrega um fluxo de ponta-a-ponta simplificado do produto (menos funcionalidades) para validar todo o processo.

Pré-venda: Oferece o produto para venda antes de estar completo, para validar demanda e gerar receita antecipada.

Concierge: Realiza manualmente o serviço/produto prometido (em lugar da automação) para testar valor e fluxo antes de escalar.

Mágico de Oz: Dá ao usuário a impressão de que o produto está funcionando automaticamente, mas por trás há operação manual escondida.

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Sobre validação, eu pessoalmente acho o processo todo bem difícil. Participei de treinamento, palestra , programa, para ganhar um pouco de conhecimento, uma coisa que ouvi repetidas vezes por diversas pessoas no meio:

  • 90% das startups Falham
  • Venda primeiro e faça depois

Eu não consigo deixar de ver a correlação entre essas duas coisas.

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Pois é, a questão de tentar vender primeiro é totalmente conectada com isso, tudo q vc faz é uma tentativa de perder menos tempo em dinheiro e saber logo se a ideia vai dar retorno de vdd

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Melhor ainda: Getting Real, do Basecamp (tem free na internet). Comprei o livro físico de tão bom que é, tá todo marcado de caneta marca-texto. Mudou minha forma de desenvolver.

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Sabe aquele gráfico que correlaciona o baixo conhecimento com a alta confiança? Acho que é isso que muita gente enfrenta. Eu incluso rs. Há cerca de 6 meses comecei a tirar uma ideia do papel e só quando estava perto de ter o MVP pronto me dei conta o quão difícil é a etapa de distribuição do produto. Depois de idas e vindas até hoje não me dou por satisfeito da primeira versão existente desse produto, mas pretendo nos próximos dias finalizar 100% e dar como concluido.

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Haha pois é, tem todo um processo, recomendo tentar seguir a metodologia lean startup, assim vc foca em validar mesmo sem ter o preciosismo do produto perfeito

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É exatamente isso, morro de medo (por estar começando na programação por conta de uma oportunidade em uma Startup) ficar com a mentalidade de só codar. Mas graças a Deus, eu tenho uma grande paixão por Business.

Cara, entregar um produto final que não interessa nada pro cliente é desperdício de tempo e de trabalho e isso é frustrante. Por isso é interessante ver o problema, se interessar pelo problema que as pessoas tem e aí oferecer uma solução.

Caso a solução não for boa, não agradar o cliente tem que descartar e matar tudo. Tudo gira em torno do problema e não da solução.

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