Olha, eu sinceramente discordo.
É verdade que muitas empresas consolidadas disputam mercado com empresa menores e estas tomam cada vez mais fatias de mercado daquelas, porém quem rouba a fatia de mercado da Meta, Google e ByteDance (donas das plataformas citadas)? Não temos muitos casos de desenvolvedores indies que criam redes sociais que estouram. Na verdade quase qualquer iniciativa nesse sentido já nasce fadada ao fracasso, esquecimento ou extremamente nichada (o que não traz retorno financeiro considerável).
Os filmes que você fala são razoáveis não se pensarmos na maioria das empresas — porque aí entramos na questão que você abordou —, mas sim se pensarmos que todas as empresas agora dependem de plataformas consolidadas de grandes corporações (recentes) para se sustentar. Como as plataformas são globalizadas, elas possuem um poder, de certo modo, global. Mas é claro que tem muita coisa nessa discussão e eu simplesmente não tenho interesse de continuar: só achei prudente dar meu ponto de vista
O texto tá bem simplificado, não quis me delongar muito pra não ficar muito extenso. Mas peço desculpas se gerou confusão. A ideia que defendo não é no curto ou médio prazo, é no longo prazo. Um ponto no futuro onde Google Search talvez nem exista mais, e Facebook / Instagram / TikTok seja só uma lembrança, assim como MySpace / Orkut / Google+. Afinal a internet é um cemitério de plataformas.
Google e Meta são big tech, mas estão consolidadas sobre software. Quando houver um software melhor, acaba a hegemonia. E software é democrático, não precisa de licença do governo (como TV e ráio), não precisa de amplo terreno (como shopping) e nem investimentos milionários, e não precisa ser Phd, basta saber programar. Google já começou a sentir na pele isso, o market share das buscas começou a mudar, perderam mercado pro ChatGPT e outras IA's.
Diversos comerciantes utilizam Instagram e TikTok. Isto pra mim é uma primeira fase, o fato de ser necessário um software para iniciar um negócio. Quando a sociedade estiver consolidada sobre este conceito, qualquer software melhor irá atender, pode ser um Mastodon ou Nostr. Instagram e Tiktok hoje serão Outlook e Gmail no futuro. Não importa onde tu crie conta de email, basta poder enviar e-mail e já atende. Se quiser um email melhor, Proton atende.
As empresas que vendiam enciclopédias eram gigantes. Wikipédia é um software, democratizou enciclopédias. E tem vários, como Investopedia. Mas não tem alguém que domina, porque é democrático. Você pode criar uma enciclopédia, e pode ser útil pra alguém, mas não quer dizer que você irá dominar o mercado.
Imagina o esforço e investimento para criar um banco há algumas décadas. Era algo monumental. Hoje um banco é uma plataforma de software financeiro, uma fintech. Já parou pra ver quantos bancos hoje tem no Brasil? Tem um em cada moita. Até o ano 2000 havia em torno de 200 bancos no Brasil. Hoje esse número passa de 2000. Cartão de crédito então, pulverizou total. É só uma questão de tempo até as bandeiras MasterCard e Visa terem mais concorrentes de peso, porque é software. Não precisa de cabeamento dedicado ou linha discada, tem internet.
O que eu acredito, é que no futuro não haverá big players. Isso atende investidores que querem dominar mercado para faturar mais, querem monopólio, que é o desejo de toda a Silicon Valley. Não vai durar, não tem como. Software vai quebrar a perna de qualquer um que queira hegemonia no futuro.