“Já tentaram substituir humanos antes… com um micro-ondas”
Em 1963, a New Yorker publicou uma frase do dono do restaurante Tad’s, em Manhattan:
“No futuro só vão existir dois tipos de restaurantes: os muito caros e os que usam micro-ondas para servir comida.”
Na época fazia sentido. O micro-ondas tinha sido inventado em 1945 e começou a se popularizar nos anos 60. A promessa era tentadora: comida pronta em minutos, sem precisar de cozinheiro, garçom e nem grandes estoques de ingredientes. Para os donos de restaurante, era o sonho — cortar custos e ganhar agilidade.
Mas o que parecia o futuro acabou virando sinônimo de comida sem graça. Até hoje, quando falamos em “comida de micro-ondas”, pensamos em algo industrializado, sem sabor e meio duvidoso do ponto de vista nutricional.
E aí vem a comparação com os dias de hoje. Assistindo ao vídeo do Dechamps, “Agora Querem RECONTRATAR HUMANOS Para Isso!!”, em que ele fala sobre a inteligência artificial e como, no fim das contas, ainda precisa de gente para corrigir erros ou dar aquele toque humano. É impossível não fazer a ponte: será que queremos mesmo trocar um parmegiana com fritas por um prato congelado? ou pendurar na parede uma arte gerada por IA em vez de uma pintura feita por alguém que dedicou anos àquilo?
Nem sempre o mais rápido ou o mais barato é o que a gente realmente precisa. O micro-ondas acabou achando seu espaço — ninguém abre mão da pizza requentada do dia anterior. Mas ele nunca substituiu de verdade o prazer de comer algo feito na hora. Aposto que com a IA vai ser parecido: vai estar em tudo, ajudando no dia a dia, mas dificilmente vai tirar o lugar da criatividade, do julgamento e do afeto que só uma pessoa consegue colocar no que faz.
E o Tad’s? Sumiu. Se você passar hoje pela 18 East 42nd Street, em Nova York, vai encontrar um McDonald’s no lugar. Talvez essa seja a moral da história: apostar todas as fichas numa revolução pode parecer genial no começo… mas nem sempre dura.
Referências:
Self Help — The New Yorker, 1963
Agora Querem RECONTRATAR HUMANOS Para Isso!! — Dechamps (YouTube)
Obs.: escrito com auxílio do GPT