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O Vai-e-Volta Infinito da Web — De PHP Raiz ao Tal de Local First que Tá Devolvendo Tudo pro Cliente

Esses dias postei aqui no TabNews um papo sobre SSR (Server-Side Rendering) que a galera tava tratando como se fosse a revolução do século.

Sério? PHP e Python já fazem isso desde que o mundo é mundo!

OK, ATÉ AÍ TUDO BEM...
Eis que, zapeando pelo YouTube, me deparo com algo que me deixou mais bugado do que tentar entender callback hell depois de 3 cafés: o tal do Local First.

**Aí, do nada, me deparo com um monte de vídeo de gente maravilhada com esse tal de Local First. Tipo: **

“Nossa, que revolucionário, tudo funciona offline e depois sincroniza, que mágico!”

MEU DEUS! MAS NÃO ERA EXATAMENTE ISSO QUE A GENTE TAVA FAZENDO COM APPS NATIVOS, PWA E TECNOLOGIAS OFFLINE ANTES DO SSR VIR E DEPOIS O PESSOAL SIMPLESMENTE DEIXOU DE LADO

Como assim a gente abandona o offline e agora volta com essa hype toda?
Só eu que acho isso uma novela sem fim?

PHP e SSR: O tiozão que já sabia das coisas

Fazer renderização no servidor pra mandar a página pronta pro navegador não é nenhuma novidade. PHP, Python, Ruby e por aí vai já usavam isso desde que a internet era mato.

Na época, o navegador só tinha que exibir, sem frescura, sem JavaScript pesado. SEO? O Google adorava! Só que a experiência do usuário não era das mais dinâmicas.

React e SPA: a festa no cliente

Chegou o React, o queridinho dos devs modernos, falando: “Bora fazer tudo no cliente! Interatividade, velocidade, experiência top!”

Deu certo, mas nem tanto assim... O SEO virou dor de cabeça, o bundle ficou gigante e a primeira carga pesada virou o pesadelo da galera.

Next.js: o diplomata da renderização

Daí veio o Next.js, dizendo: “Calma aí, vou fazer um meio termo, server-side rendering para SEO e carga inicial leve, e client-side pra interatividade.”

A galera amou — e teve até quem achasse que era uma revolução!
Mas, na verdade, era só pegar o que o tiozão PHP fazia e dar um banho de modernidade.

Local First: o hipster do pedaço

Agora a moda é Local First: aplicativos que funcionam offline, salvam tudo localmente e sincronizam depois.

Parece magia? Nem tanto.

Isso já rolava em apps nativos e PWA, e até em bancos de dados como CouchDB e CRDTs, que discutem sincronização e conflito há anos.

O que mudou? O hype e o marketing, claro!

O dev no meio do fogo cruzado

Quem trabalha com isso se sente num eterno vai-e-volta:

  • Faço tudo no servidor?
  • Faço tudo no cliente?
  • Faço híbrido?
  • Faço local first?

Ou jogo tudo pro terminal rodar e torço?

É quase um episódio de “Escolha Sua Própria Aventura” que nunca acaba.

A moral que você precisa levar pra casa
No fim, tecnologia é cíclica. O que muda são as ferramentas, nomes e modinhas.

O que importa mesmo é:

  • Entender o problema do seu projeto.
  • Escolher a solução mais prática e eficiente.
  • Não se deixar levar por hype só porque parece “revolucionário”.
  • Priorizar a experiência do usuário e a manutenção do código.

Se você faz isso, não importa se é PHP, React, Next.js, Local First, ou o que vier depois.

Seu projeto vai funcionar, seu usuário vai ficar feliz e você vai dormir tranquilo.

Dica do tiozão dev

(to com 28 anos, não sei se já sou tiozão, mas me sinto como um porque comecei com PHP no auge dos meus 11 anos 🤣 🤣)

“Não caia na armadilha do hype. A melhor tecnologia é aquela que resolve seu problema de verdade, sem frescura e com café quente na mão.”

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Papo de influencer, eles precisam criar conteúdo e ficam revirando a web em busca de algo. YouTube tá cheio disso. De novo o que você nunca viu!

Dá uma olhada de vez em quanto no site InfoQ, tem muito artigo lá sobre coisas reais e inovadoras, criadas por gente focada no futuro...

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Mano, você traduziu exatamente o que muita gente sente e não consegue explicar! 😂 Esse looping infinito de tendências tech parece episódio de Black Mirror: todo ano reinventam a roda com um nome mais cool, aí a galera trata como se fosse a primeira vez que isso existisse.

Curto demais ver alguém lembrando que "offline-first" já era papo em PWA, CouchDB, até IndexedDB nos primórdios… e agora voltou com filtro retrô e nome chique.

No fim das contas, é isso aí: entender o problema > escolher a solução com bom senso. Hype nenhum substitui experiência real e código que se mantém de pé depois de 6 meses.

Valeu por esse conteúdo necessário! 👏

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Aprendi a programar com PHP e trabalho bastante com Laravel, embora eu já conheça outras linguagens hoje em dia eu sei que o PHP sempre vai ter um lugarzinho no meu coração já que foi com ele que eu tive as minhas primeiras "epifanias" de entender alguns conceitos básicos.

No final das contas eu não tenho tanto tempo assim na área, mas o pouco que eu tenho já escutei esse tipo de bafafa, acho que é como você mesmo disse, o foco principal é em entender o problema e desenvolver a solução que melhor resolva independente de hype, acho que essa é a parte mais dificil inclusive, simplesmente escolher baseado no "é a queridinha do momento" é muito mais fácil do que realmente sentar e analisar as opções pra fazer uma escolha apropriada.

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Disse tudo, é por isso que a muito tempo pra não perder o resto de sanidade que eu tenho(ou acho que tenho) eu só entro em hypes que passam pelo meu filtro que fazem sentido pra mim e meus problemas... a estratégia é bem simples e bem rígida, se eu não concordar com absolutamente tudo é porque é modinha.

Não que eu seja o dono da verdade, mas eu não conheço o dono então é o que posso fazer.

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Polemico, mas particularmente abracei o assunto e achei interessante.
Afinal de contas precisamos de novas demandas para não sermos substituidos pela I.A

Acabei escrevendo um artigo aqui no Tabnews, falando mais sobre.

LocalFisrt

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Não meu fi, NextJS é EXCELENTE se usado da forma certa. Não podemos demonizar uma tecnologia só porque ela é usada de forma errada.

Estou fazendo uma aplicação realtime e o next está sendo FANTÁSTICO.

Da mesma forma que estou fazendo uma aplicação de e-commerce com Laravel + Livewire e também está sendo fantástico.

Agora usar JQuery em pleno 2025? esse pensamento eu não entendo hahaha

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A questão não é demonizar nada não, eu sei que NextJS é excelente - tanto que sempre peço pra IA gerar interfaces usando ele. A questão é que PHP + jQuery era uma bosta monumental mesmo, todo mundo achava, eu inclusive. Mas era uma bosta simples.

Quem em sã consciência em pleno 2025 escolheria $("#meuElemento").show() em vez de, sei lá, 47 dependências, 3 bundlers, 2 transpiladores, 13 arquivos de setup só pra fazer um modal aparecer na tela? Seria loucura, né? Sim, porque basta usar js puro ;)

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Quem em sã consciência em pleno 2025 escolheria $("#meuElemento").show()

document.querySelector('#meuElemento').style.display = 'block'

nesse sentido não vejo motivo de usar JQuery.

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O problema é que esse tipo de coisa não é exclusivo da computação e sim da humanidade em geral.

Uma hora um é inimigo outro vira amigo, depois o inimigo vira amigo e vice versa

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Digo com base no que eu vejo entro da faculdade, estando no 7º período. Há um hype mt grande sobre as novas tecnologias dentro de todos os âmbitos praticamente
O único âmbito em que isso não possui é dentro do desenvolvimento de aplicações desktop e OS, e sabe porque? Porque eles não são os mais populares, logo não possuem o prestígio
que a maioria dos devs iniciantes buscam. Metade dos projetos ambiciosos, poderiam ser resolvidos com Flask, PHP, e quando necessitassem, uma api rest com Java e React no Front, nada mais

Mas infelizmente, essa cultura de Hype, cria uma necessidade falsa de trocar:

  • PostgreSQL
  • Java
  • Spring
  • Angular

por:

  • Next.js
  • Prisma
  • Microsservices (num produto de 10 clientes)
  • React + React Query
  • Bulma
  • tailwindcss

e oque era pra ser um projeto simples, vira uma sopra de tecnologias, que até mesmo uma sobrepõe a funcionalidade da outra, mas é "hype" ter ela no projeto. E digo que
não tenho nada contra essas tecnologias que citei, apenas que acho desnecessário escalar, algo que não precisa de escalabilidade, e deixar algo complexo, sendo que poderia
ser feito de maneira mais simples, e funcionaria igualmente bem

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