A realidade de um dev africano, especialmente em mercados como o de Moçambique, é muitas vezes uma luta constante para se manter relevante. A pressão para aprender uma nova tecnologia a cada semana é um fardo pesado, que parece nunca acabar. Mas no fundo, é isso que te mantém à tona: se adaptar ou ser esquecido.
O sonho de ser um dev bem-sucedido, aquele que vive de sua paixão, acaba se esbarrando em obstáculos que nem os documentários sobre grandes histórias de sucesso mostram. No seu caso, a pressão é redobrada por viver em um país onde as oportunidades de trabalho, sem o apoio de contatos, são poucas, e onde é preciso ser o "faz-tudo" – desde o planejamento até o suporte – para conseguir o mínimo necessário para seguir em frente.
É aí que entra a realidade dura: a promessa de uma carreira de sucesso não se alinha com as dificuldades reais. O mercado quântico de "dev bem-sucedido" parece um conto distante, quando, na verdade, você está tentando sobreviver como freelancer, um termo bonito para quem muitas vezes se vê na dura realidade de estar "desempregado". E se por um lado o aprendizado de novas linguagens e frameworks é imposto como algo essencial, por outro, a frustração de ver o seu tempo e energia sendo consumidos em algo que não parece render frutos se torna cada vez mais aparente.
Seja no Brasil, nos Estados Unidos ou em Moçambique, a situação não muda muito: a "liberdade financeira" e a "carreira dos sonhos" acabam sendo promessas vazias, alimentadas pelo mercado que cobra mais e mais, mas entrega cada vez menos. A solução? Reverter o jogo. Não busque mais por dicas ou soluções prontas que vão te manter preso a esse ciclo. Ao invés disso, desafie-se a criar algo que seja seu, que não dependa das últimas tendências ou do que é considerado "o certo" no momento. Crie o seu próprio caminho e quem sabe, finalmente, saia do "faz-tudo" para se tornar o criador que sempre deveria ter sido.
Boa sorte na sua jornada.