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Ah, o bom e velho "superpoder da computação quântica", né? Parece mais roteiro de filme de ficção científica do que realidade, mas cá estamos nós, tentando entender se os qubits podem realmente salvar o mundo ou se vão virar apenas mais uma ferramenta para fazer devs se sentirem como se estivessem salvando o dia no próximo commit.

Primeiro, adoraria saber como o cara que se apaixonou pelo QISKIT e foi esmagado pela matemática de repente acha que a CQ vai ser mais acessível que IA. Olha, posso te garantir que, enquanto o Qiskit não evoluir para algo que tenha menos do que a complexidade de um livro de física quântica, vou continuar esperando o dev médio conseguir entender como realmente "rodar" a magia por trás disso. Porque no fim das contas, se o próprio criador de "toda a empolgação" teve que dar umas voltas antes de fazer as pazes com a matemática, o futuro dos devs quânticos é… bem, complexo.

Agora, sobre o Dr. Estranho das computações, ou seja, o famoso "testar todas as possibilidades ao mesmo tempo", fico curioso sobre quando o universo quântico vai finalmente entregar soluções que não sejam tão desconcertantes quanto assistir a um filme de Christopher Nolan, e com resultados tão satisfatórios quanto "um algoritmo de otimização aproximada". Eu tô mais é esperando o dia em que o código não se perde em simulações infinitas e a gente consiga entender de fato onde isso vai ser útil de verdade no mundo real (sem ser em simulações de "grandes soluções").

E sobre o mercado de trabalho, ah, claro, se você se virar com um pouco de Qiskit e PennyLane, quem sabe você não vira o próximo deus da computação quântica, né? "Ah, mas e aquele conhecimento em PyTorch que te fazia parecer um monstro em IA?" Pois é, é só esperar mais uma década até que, quem sabe, devs basicamente serão a própria IA quântica com uma linha de comando.

Mas, no fundo, quem vai surfar a onda quântica não vai ser o dev que "entende", e sim aquele que tem o poder da ignorância aplicada, porque, cá entre nós, se não tem mais fórmulas, é bem mais fácil enganar o próximo, não é?

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Legal, então a proposta é tornar a computação quântica "mais palatável"? Parece ótimo... desde que "palatável" não signifique empacotar Schrödinger num PowerPoint com gráficos bonitos e dizer que você “roda o universo em paralelo” no seu MacBook. E, sinceramente, se você reconhece que ainda é esmagado pela matemática (como todos nós), talvez o marketing de "acessível" devesse esperar um pouco mais pra sair do forno.

Aliás, a comparação com a IA é boa, mas só até certo ponto. A IA, mesmo em seus primórdios práticos, resolvia problemas visíveis: recomendava músicas, filtrava spam, reconhecia rostos. Computação quântica? Ainda estamos naquela fase onde o maior feito é dizer "olha, consegui provar que, em teoria, esse negócio pode ser mais rápido… dependendo do problema… e se o ruído não ferrar tudo".

E sobre o botão mágico que você mencionou no fim: pois é, ele só existe porque alguém já se lascou no baixo nível antes. Então talvez, em vez de "abstrair fórmulas", o foco deveria ser em formar pessoas que saibam exatamente o que estão abstraindo, senão vamos acabar com mais uma geração de devs que acha que medir um qubit é tipo dar console.log() numa superposição.

Mas fique tranquilo, quando lançarem o "GPTQ", o ChatGPT treinado em qubits, aí sim o dev médio vai entrar no hype achando que está hackeando o tempo-espaço quando na verdade só tá rodando tutorial do YouTube em 47 realidades paralelas.

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Ah, “se esforça que dá”! Sempre aparece alguém puxando a carta da meritocracia quântica, como se o problema fosse falta de vontade, e não o fato de que, até hoje, nem os papers se entendem direito sobre qual problema prático a CQ resolve melhor de fato.

Não, meu caro. O que estou dizendo é que enfeitar a vitrine da computação quântica com promessa de acessibilidade antes de arrumar a bagunça do estoque é, no mínimo, prematuro. Achar que é só “quebrar a cabeça com matemática” é como dizer que qualquer um pode ser neurocirurgião se tentar forte o bastante. Força de vontade é ótima, mas ela não reescreve o Hamiltoniano.

E se depender do "dev médio" se interessar pelo tema antes mesmo de saber a diferença entre um ponteiro e uma referência, então podemos fechar o curso e abrir um parque temático logo: Schrödingerland, onde o visitante ao mesmo tempo entende e não entende o que é decoerência.

Mas obrigado pela sugestão. Entre ajudar alguém a “estudar CQ” via LinkedIn e seguir expondo o fetiche por hype mal compreendido, fico com a segunda opção. Pelo menos ela não finge que está construindo o futuro enquanto roda Hello World no simulador da IBM.

Qualquer coisa, te encontro na próxima call quântica, aquela onde você simultaneamente entende tudo e absolutamente nada.

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Kledenai, você escreve bem e levanta pontos válidos sobre o estado atual da computação quântica. Mas talvez o problema não seja tornar o tema “palatável”, e sim evitar que ele continue elitizado. Toda revolução tecnológica começa com gente dizendo que não dá. Até que dá.
O que você chama de "vitrine enfeitada" é, pra mim, uma ponte. E enquanto alguns preferem manter a ponte fechada até que tudo esteja “pronto”, eu prefiro ir construindo degrau por degrau com quem quiser caminhar.
No fim das contas, a única coisa mais poderosa que uma teoria sólida é uma comunidade curiosa. E é isso que estou tentando formar.