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Eu tive esse mesmo dilema enquanto cursava a faculdade.

Primeiro meu contexto:

Antes de entrar pra engenharia da computacao eu queria ser desenvolvedor de jogos ou desenvolvedor de firmware. Dois pontos diferentes, mas o "desenvolvedor" estava presente. Entao o que eu fiz : Antes de entrar pra qualquer faculdade de engenharia eu iniciei uma graduação de ADS so pra entender se era isso que eu queria mesmo.

Quando eu entrei pra Engenharida da Computacao eu ja cursava ADS e estava no 2 período, ja tinha passado pelas materias basicas e tudo mais.

E eu estava nesse mesmo dilema. Eu precisava sobreviver e ter um salario... Tentei e juro que tentei conciliar ambos os cursos. Me formei em ADS no 3 periodo de Eng de computacao e nunca do terceiro periodo ate o 8 me surgiu uma vaga para ser (de fato) engenheiro de computacao. Era sempre "Dev" com formação em engenharia de computação, ciência de computação ou áreas tangentes.

No sétimo periodo eu ja estava migrando para Dev pleno, e eu sempre achei que pessoas como eu (que fizeram um tecnologo) nunca seriam tao requisitadas assim, foi quando percebi uma coisa muito sutil que mudou completamente minha visão de mercado: Engenheiros de computacao formados nessa area competiram as mesmas vagas que alguém que cursou ADS (como eu) e fez alguma pós técnica em alguma area.

Como resultado eu simplesmente tranquei o curso de engenharia. Já estava formado em ADS e 3 mensalidades do curso de engenharia eram equivalentes a uma pós inteira em uma faculdade de nome.

Eu nunca consegui de fato equilibrar o "ser engenheiro" com "ser desenvolvedor". Mas de vez em quando como Hobby eu gosto de brincar com baixo nível.

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Valeu por compartilhar sua experiência.

A impressão que eu tenho é que essa diferença de caminhos acontece principalmente por conta da demanda do mercado. Quase toda empresa, até a mais simples, precisa de alguém que desenvolva um site, um sistema interno ou alguma ferramenta web pra rodar o negócio. Já alguém que trabalha com firmware, sistemas embarcados ou eletrônica só é necessário em empresas muito específicas — e normalmente concentradas em poucos polos do país.

No fim, isso cria um funil: quem estuda engenharia acaba caindo nas mesmas vagas que quem se formou em ADS, porque é onde existem oportunidades reais. Não porque falta capacidade técnica, mas porque falta espaço para aplicar aquilo que a gente estudou.

No meu caso, segui até o fim da engenharia, mas no final tive que buscar as mesmas vagas de dev, justamente porque era o que existia e pagava as contas. Acabo mantendo a parte “engenharia” mais como interesse pessoal, assim como você mencionou.

Obrigado pelo comentário