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Como um hobby virou uma comunidade de OSDev em português

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Como um hobby virou uma comunidade de OSDev em português

Quando comecei a desbravar o mundo de OSDev, tudo era um universo estranho e maravilhoso: documentação em inglês espalhada e pela metade, respostas que vinham às vezes em dias… Mas cada vez que eu trocava uma ideia com um hobbyista lá fora, meu jeito de encarar um bug no bootloader, uma rotina de interrupção ou até uma simples impressão no console mudava completamente.

Vi gente usando técnica A pra resolver problema X, outra adotando B, e até quem inventasse uma “C” improvisada que funcionava melhor em certos casos. Foi aí que pensei: “Se isso já acontece em uma comunidade dispersa e em inglês, imagine o quanto a gente poderia crescer falando a nossa língua.”


Minha jornada até aqui

  1. Noob total em arquitetura: Quebrando a cabeça pra entender por que o QEMU não conseguia dar boot num .bin.
  2. A primeira “eureca!” ao achar um post explicando compilação de ELF de um jeito simples – Estava a horas com esse problema.
  3. A segunda grande “eureca!” ao achar um post explicando paging de um jeito simples – Estava a semanas sem entender e quase desistindo, isso foi dezembro passado .
  4. Dúvidas que se multiplicavam: “Como gerenciar alocação de memória em X bytes ao inves de blocos fixos?”, “Melhor forma de fazers stubs pras interrupções?”, “Ate que ponto memoria fisica continua vale a pena ao inves de mapear virtualmente paginas continuas?”
  5. Trocando ideias com gringos: Mesmo sem falar tudo perfeitamente em inglês, descobri soluções que jamais teria achado sozinho, como na manhã que estou escrevendo esse pos.

Em cada passo, aprendi algo novo – e quase sempre foi porque alguém mostrou outro ponto de vista.


Por que criei o OSDev Brasil

  • Conversa sem barreiras linguísticas: Termos técnicos são difíceis, mas a gente sofre menos quando está falando a nossa língua.
  • Aprendizado colaborativo: Compartilhar erros, acertos, scripts, trechos de código e até memes de kernel panic.
  • Diversidade de soluções: Se você resolve um probleminha no x86 com uma gambiarra genial, divida com a galera.
  • Espaço pra todo mundo: Do novato que nunca viu Assembly até o veterano que já escreveu driver de som para FPGA.

O que vem por aí

  • Devlogs semanais: Poste seu progresso em #diário-de-bordo e inspire outros.
    Mentorias informais: você manja de algo (paging, UEFI, interrupções)? pega um novato pra trocar ideia. o servidor vai facilitar essa ponte.

  • Repositório comunitário: um projeto open source com contribuições da galera — kernel experimental, lib utilitária, init, driver, sei lá. a ideia é construir algo junto no tempo livre.

  • Canal de referências vivas: coletamos tutoriais, links, PDFs, specs antigas e novas. e o melhor: comentados e traduzidos informalmente quando necessário.

  • Hall da vergonha (e da glória): espaço pra compartilhar bugs absurdos, mensagens de erro malucas, ou hacks criativos que resolveram o impossível. rir e aprender com os erros.


Se você já se matou de googlar specs de disk I/O, se perdeu em fóruns tentando entender interrupções ou simplesmente acha que “é muito legal fazer um SO do zero”, vem pra cá. O OSDev Brasil está no ar para ser o primeiro (que eu saiba) ponto de encontro 100% em português.

Compartilha suas dúvidas, seus hacks, suas vitórias e, claro, os fracassos — porque é neles que mora o aprendizado mais divertido.

Link: Discord

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Legal a iniciativa, tomara que vá bem.

A crítica que eu tenho é geral, é o erro monumental das pessoas estarem criando grupos em zap, discord e outros para compartilhar conhecimento. Isso não faz o menor sentido, é talvez a ferramenta mais mal usada que já vi em tecnologia. È até possível ver esses canais auxiliares para algumas discussões informações que depois serão formalizadas sem perder nem o contexto da decisão.

Aprendizado público é na web, não importa a plataforma (algumas podem importar, mas em geral é só questão de ser um pouco melhor ou pior). E eu sou a pessoa que reclama das pessoas fazerem aplicações web onde deveria ser um app, ou seja, é uma inversão total.

Mas nós já sabemos, a sociedade está cada vez mais tomando decisões erradas e nada faz mudar isso. Estou só aproveitando aqui para defender essa ideia, o projeto em si é super válido.

S2


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui no perfil também).

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Valeu pelo comentário, eu concordo com você sobre a importância do conhecimento estar indexado em uma busca, já que esse é o canal principal de comunicação quando você tem uma dúvida, e que de certa forma é o que transforma o aprendizado individual em algo coletivo.

Mas também acho que a crítica aos grupos privados não pode virar uma negação total desses canais. Eles têm um papel importante na fluidez das conversas, na criação de laços entre as pessoas e no volume de troca que acontece no dia a dia. O problema real é quando esse tipo de espaço vira o único meio, como se fosse suficiente por si só, aí sim é uma falha de projeto.

Se fosse pra ter o melhor dos dois mundos, o ideal seria um fórum: discussão pública, permanente, pesquisável, mas com uma interface e dinâmica que favoreçam a troca constante. Só que fórum, na prática, tem barreiras: você precisa criar conta, lembrar de acessar, e interface nada amigavél pra quem nao esta acostumado a participar de forúms, etc... e isso assusta ou desanima gente nova. Já o Discord, por exemplo, muita gente já tem conta, já usa diariamente, e a curva de entrada é quase nula e os canais de voz trazem uma dinamicidade que trocas por texto carecem, por esses fatores a movimentação ali tende a ser muito maior, cosequentimente o objetivo de troca de ideias é potencializado pelo ambiente mais acessível e dinâmico.

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O que confirma o que disse, ladeira abaixo no conhecimento, no raciocínio, adaptabilidade, as pessoas ficarem na zona de conforto e ter informação escondida, e pior ter que ficar respondendo a mesma coisa várias vezes, gerando a improdutividade que a computação deveria evitar, mas não tem tecnologia que funcione quando o ser humano não quer que ela funcione.