Imagina um "vibe engenharia civil". Não tem como, ne?
Pois é. O mesmo se aplica a engenharia de software.
Eu até posso inventar de, em um final de semana, quebrar uma parede la em casa, fazer uma mureta pra casinha do cachorro... Mas levantar um predio inteiro? Arriscadíssimo.
Quando se fala de engenharia de software, cabe o mesmo: posso ate fazer uma telinha aqui, uma brincadeira ali, mas um sistema inteiro?
Da mesma forma que engenharia civil nao é só levantar parede, engenharia de software não é só digitar código. Eu tenho que pensar em segurança, usabilidade, arquitetura e até na parte legal. Da mesma forma que tem leis que podem punir o responsável por um predio que desabou, também tem leis que podem punir o responsável por um vazamento de dados (embora a gente saiba que na vida real, né...). Mas o que importa é que há grandes responsabilidades (jurídicas, comerciais ou de reputação) que nao poderão ser transferidas para um software gerador de código, quando tudo der errado.
Sobre o termo "vibe coding", dizem que surgiu para especificar aquele projetinho experimental de fim de semana, onde, em casa mesmo, a gente vai testando coisas sem compromisso, apenas pelo prazer de experimentar.
Agora, "desenvolvimento assistido por IA", só pelo nome, já invoca algo mais sério. A IA só "assiste", ou assistencia; quem assina a responsabilidade é o desenvolvedor. E espera-se que ele domine a engenharia de software para tal.
Não tem milagre. Em 2025 ainda não há essa IA que cuspa um sistema todo pronto a ponto de eliminarmos a pessoa especialista em desenvolver software do processo. IA ajuda, mas nao resolve.
Qualquer coisa que te disserem que for diferente disso, pode procurar, porque em algum momento, esta mesma pessoa vai te pedir um pix pra te soltar uns videos ou uns PDFs que não condizem com a realidade.