Executando verificação de segurança...
2

Esse tipo de iniciativa sempre me deixa dividido. Por um lado, é impressionante ver quanto avanço pode surgir quando você combina volume grande de dados neurais com modelos capazes de encontrar padrões semânticos que o próprio cérebro não explicita de forma consciente. Dez mil horas de EEG + fNIRS é um dataset que pouquíssima gente conseguiria montar.

Por outro lado, a fronteira ética aqui é extremamente delicada. Mesmo sendo um método não invasivo, você está coletando sinais cerebrais associados a intenção, linguagem interna e pré-formação de pensamento. Isso levanta perguntas que a gente ainda não tem resposta: quem controla esse dado, como ele é armazenado, o que acontece se o modelo começar a inferir mais do que o usuário pretendia transmitir?

É aquela situação em que a tecnologia pode abrir portas incríveis, mas também exige um debate sério sobre consentimento informado, privacidade cognitiva e limites de uso. Porque decodificar fala antes dela acontecer é fascinante, mas decodificar intenção sem consentimento é um território completamente diferente.

Interessante acompanhar, mas espero que o ritmo do hype não ande mais rápido do que o das discussões éticas.

Carregando publicação patrocinada...
1

Pior, a zona de pensamento é a única zona que afirma o que a gente é.

Onde se passa os pensamentos mais nócivos e tóxicos em relação a sociedade.

Imagina um sistema oraculo que consegue decidir se o seu pensamento sobre algo fosse algo "criminoso" ou "não".

Mesmo que não afete diretamente a pessoa, vai afetar a imagem que ela possui na sociedade.

1

Eu penso exatamente como você. Tecnologia pode alcançar marcos incríveis, mas o limitar entre ética e inovação é bem pequeno...

Esse tipo de matéria era algo inimaginável a umas décadas atrás, e por isso, não consigo de pensar: "Que massa".

Infeliz, junto com o sentimento de empolgação, vêm a alta possibilidade de uma tecnologia como essa ser militarizada ou ser usada em sua maior parte, para o mal. Treinar modelos de IA usando atividade cerebral pode trazer uma quantidade de informação significativa de coisas como: a tendência das pessoas em relação a X (muito útil para as grandes empresas para marketing, infelizmente para o consumidor, não posso falar o mesmo)

1

Acho que eles estão criando um headset para substituir teclado e mouse. Eles capturaram os users digitando... pegaram os sinais que a cabeça dá... em cima disso vão desenvolver o hardware apropriadamente... o treinamento foi para 'pegar' a dica que a cabeça dá quando o user quer digitar a tecla 'a' (por exemplo)