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Está com dificuldade de entrar na área? Uma maneira de como melhorar sua qualidade no estudo.

Antes de tudo, eu acredito no 80/20 (parecido com o princípio de Pareto), onde suas conquistas vêm 80% do seu esforço e 20% através da sorte + outros fatores. Claro que existem exceções, mas nunca conte com essa ínfima minoria, pois a chance de você estar nela é rara.

Então se você acredita que é a empresa quem deve ser responsável pela construção de sua carreira, nem leia o resto, pois eu não estou aqui para passar a mão na sua cabeça e dizer que os outros são responsáveis pela sua educação. Mas se você entende que a vida nem sempre é justa e que você precisa batalhar para conseguir as coisas que deseja, por mais que tenha muitas pessoas pisando em cima de você, continue a ler.

Não venho aqui para oferecer um milagre (igual políticos fazem), mas sim uma ferramenta de estudo para conseguir aumentar seu conhecimento para sua batalha nos processos seletivos. Então cabe unicamente a você decidir se quer usar essa ferramenta para melhorar a si mesmo e construir seu próprio caminho para sua carreira. Lembre-se que todos iniciam colocando pedras, cabe a você decidir se quer colocar pedras firmes ou pedras instáveis.

Bom, se entendeu o mínimo de exigência, prepare-se porque escrevo bastante.

Eu irei dividir o estudo em 4 partes. Escolher um caminho a seguir, ambientar-se a esse caminho, começar a construí-lo e, por último, andar sobre ela.

Em busca por uma Stack

Primeiro, eu sempre recomendo aos iniciantes que pensem em apenas uma Stack por onde possam iniciar. Muitos já devem ter escolhido, então você pode até pular essa parte se não há necessidade. O motivo de escolher apenas uma Stack ao invés de várias é por causa do tempo, do dificuldade e, principalmente, do foco. Pense no seguinte: você só conhece o idioma português, mas decide estudar 5 idiomas de uma vez. Qual é a facilidade de aprender todos e ficar fluente em todos? Agora, pense que, ao invés de 5, você decida estudar um por vez. Qual é a facilidade de aprender os 5 e ficar fluente em todos?
A diferença entre os dois é que, se você focar em um idioma primeiro, aprender o segundo idioma será mais fácil, pois os idiomas têm algumas similaridades (claro que sei que depende da família do idioma). E se você pega a manha de como um funciona, o segundo fica mais intuitivo de assimilar (não que será mais fácil), pois você fará comparações.
E é isso que acontece com linguagens de programação, pois no fundo, todas têm uma base semelhante. Por isso eu recomendo que primeiro foque em uma e, no futuro você terá tempo livre pra pensar na aprendizagem de uma nova Stack.

Para a escolha de uma Stack, existem diversas áreas onde se pode atuar. As mais comuns são fullstack, frontend, backend, mobile e jogos, ou as menos populares como desktop, sistemas embarcados, automação/robótica, etc. Se for partir para fora do desenvolvimento, existem DevOps, Cloud Engineering, Análise de Dados, QA, DBA, Cybersecurity, UX/UI Design, Administração de Redes, Suporte, PO, etc. Meu foco aqui é mostrar o desenvolvimento em si, a parte em que você coloca o código na tela e o executa. Infelizmente não tenho conhecimento para ajudar em outras partes. Porém, a técnica é similar, e caberá a você usá-la no contexto de sua necessidade.

Então para procurar por uma Stack, aproveite que a internet está cheia de informações, principalmente no Youtube, onde as pessoas conseguem falar mais sobre as experiências pessoais delas. Veja também em blogs e fóruns como este daqui, informação é o que não falta, basta usar aquele campo PESQUISAR que as pessoas acham que não existe. Só não vai ficar vendo aqueles canais de desenvolvedores voltados para comédia... pelamor, não é momento pra ficar se entretendo, kkkkk. Um que sugiro muito é o Código Fonte TV. É uma ótima referência e eles até têm uma pesquisa salarial, caso você queira usar popularidade como base para a escolha.

Para facilitar, eu recomendo que conheça o roadmap.sh. É um bom site onde há tudo o que tal Stack normalmente necessita para o trabalho no dia a dia. Você não precisa aprender tudo, mas é bom saber de tudo que é necessário, pois algum dia você será forçado a usar tal parte do que é citado. Então, quanto mais conhecer, pelo menos o básico, mais fácil será aplicar no trabalho.

Escolhido uma Stack, aí você partirá para a escolha da linguagem de programação e do framework. Sei que algumas pessoas experientes irão me criticar quando falo pra escolher um framework, mas meu intuito aqui é direcionar você para que tenha um objetivo. Se quer mesmo ganhar um conhecimento diversificado na área de computação, tem faculdade e cursos técnicos para isso. Meu foco aqui não é esse, até porque eu não tenho capacidade de ensinar tudo, ainda mais em um post desse tamanho.

Bom, nesse ponto, ainda terá que fazer muitas pesquisas, pois o que mais temos hoje em dia são centenas de linguagens de programação e milhares de frameworks que fazem praticamente a mesma coisa. Você terá que buscar e escolher uma delas e, para isso, precisa pelo menos testar um pouco aqueles que os atraem mais ou ler sobre elas, pelo menos como funciona por cima. É trabalhoso, afinal, quando não se tem conhecimento, é difícil escolher algo. É como se você estivesse procurando uma agulha no meio do deserto. Portanto, veja aquilo que parece gostar e experimente-a. Se realmente no meio do processo se sentir perdido demais, tente outro. Não tem problema mudar, o problema só aparece se você, depois que pular para a próxima etapa do estudo, ficar mudando com muita frequência. Por isso, vai exigir um pouco de persistência na busca.
E não vejo problemas em escolher as linguagens/frameworks populares, pois o intuito aqui é aprender e se ambientar com a tecnologia escolhida. Depois você terá a capacidade para mudar se sentir desconfortável com ela no futuro. Eu fiz isso saindo de Java web e me tornando dev Flutter e me sinto bem satisfeito com essa escolha (e hoje ainda tenho um projeto de jogo que é em Godot, cabe apenas você aprender a escolher o que quer pra ti).

Falando em linguagem de programação...

Agora, escolhida a linguagem de programação, bora aprendê-la. Eu recomendo fazer qualquer curso que faça uma introdução à linguagem de programação, pois o intuito inicial é se ambientar com o básico da linguagem. Se já está num nível mais acima do básico, procure cursos com conhecimento intermediário. A regra é simples: quanto mais estudar, mais fácil será utilizá-la. Portanto, não pule essa etapa.

Aqui eu sugiro procurar aqueles cursos rápidos gratuitos como os oferecidos pelo Solo Learn. Não conheço outros sites para recomendar, pois usei esse quando precisei aprender algumas linguagens. Ele não é o top (nem sei se existe algum top), mas mostra o básico de uma forma até que legal, o que facilita muito entender alguns pontos da linguagem. Se fizer mais de um curso, pelo menos sempre tente ir do início ao fim antes de começar outro. Claro que, se for ruim mesmo, pare de fazer esse curso em específico, né? Não seja burro nesse momento, certas persistências só levam ao fracasso quando não há evolução explícita.

Após essa parte do estudo inicial da linguagem, ou até mesmo em paralelo a ela, eu recomendo que faça a próxima parte, pois ela é a parte do verdadeiro treino. Essa é a etapa dos exercícios, onde seu foco será duas: praticar a linguagem de programação e praticar algoritmos e estrutura de dados.

Para isso, dá até pra procurar por livros de algoritmos e estrutura de dados, mas o que recomendo para deixar o estudo mais dinâmico é utilizar as Plataformas de Desafios de Código. Esses sites nada mais são que um local cheio de exercícios que vão desde o básico até o complexo, em que você escolhe uma linguagem de programação (que eles aceitam), aí você irá codificar o que o exercício pede, executa e a plataforma informa qual foi o resultado do seu código.
Isso normalmente é usado para competição, mas, a meu ver, é muito bom para aprender a linguagem de programação, principalmente para treinar a lógica. No começo, pra quem nunca fez, pode ser um pouco desafiador, mas depois que pega o jeito, vai que vai. E como existem milhares de exercícios, é só ir escolhendo e fazendo.

Quando houver desafios maiores, onde você sentir que falta algo, recomendo dar uma pesquisada em como funcionam os algoritmos e as estruturas de dados. Pode ser livro, internet, IA, o que achar mais interessante. Só recomendo nunca procurar pela resposta, e sim por quais estratégias utilizar para aquilo, pois é impossível pensar em usar aquela solução se você nunca a usou/aprendeu. Por isso, foque na estratégia, aprenda como usá-la, aí implemente-a no exercício.
Aí se quer ficar no copy/paste... bem, cada um decide a capacidade que quer ter. Não sou seu pai para dizer como se comportar. Como eu disse, quem constrói o caminho da sua carreira é você.

Para fazer esses exercícios, eu recomendo o judge Beecrowd ou o Leet Code. Não precisam ser exatamente esses, mas eles parecem bons e ter bastantes exercícios para treinar. Fique à vontade para procurar outros parecidos. Só tente permanecer em apenas um para facilitar seus estudos. Pode até colocar no currículo.

Aqui eu recomendo que faça no mínimo uns 1000 exercícios... kkkk, brincadeira, de uns 200 a 500 imagino que seja o suficiente para ter se acostumado com a linguagem de programação. E se você diversificou os tipos de exercícios, tenho certeza que terá um conhecimento maior sobre como usar listas, dicionários, algoritmos simples e complexos de busca, ordenação, grafos, pilhas, etc. Então não fique só nos fáceis, use esse momento para treinar novos desafios.

Nosso trabalho como desenvolvedor de software é exatamente isso: pegar o que não sabemos, buscar como resolver e transformar aquilo em código. Então o mesmo será feito ali. E implicitamente você já estará treinando para seu futuro, e quanto mais cedo se acostumar com essa dinâmica, mais fácil será seu trabalho no dia a dia.

O desafio dos mini-projetos

Após se sentir confortável com a linguagem de programação, você pode começar a pensar no rumo para construir um portfólio. Porém, você ainda não está pronto para isso. Não ache que nesse momento conseguirá fazer um ZapZap ou qualquer Facebook da vida, que isso é impossível nesse momento de sua carreira (a não ser que já trabalhe a um bom tempo ou já tenha feito um). Para chegar a esse ponto, você precisará ganhar conhecimento nas tecnologias, que vai desde o uso do framework, aprender sobre modelar e usar um banco de dados, aprender sobre os dispositivos, aprender sobre comunicações entre os sistemas e assim por diante. E essas coisas não se aprendem da noite para o dia, pois cada assunto aqui leva tempo para ser assimilado ou até para entender como conectá-las.

Nesse momento, a primeira coisa que as pessoas fazem é buscar por um curso, tutoriais ou qualquer coisa que ensine a fazer sites simples, apps simples, jogos simples... bem, faça isso, ahahaha. Não dá pra aprender isso do zero sem nenhuma referência, então vamos aproveitar que existem muitos desses cursos disponíveis na internet. Eu recomendo dar preferência para os gratuitos, mas se quiser pagar, aí tem que ver sua condição financeira (pagar por um curso não significa que ele será bom pra você).
Nesta primeira parte, o que quero que aconteça é a sua imersão com o framework e algumas técnicas que serão utilizadas para fazer o software funcionar. E também sugiro que sempre foque em um, não saia fazendo um monte ao mesmo tempo, pois é desgastante. E se quiser fazer aqueles que vendem como "completão", bem..., vai fundo. Eu procuro não recomendar, pois tem o fator desânimo por ser longo demais, mas tem gente que consegue terminar eles. Mas veja qual é o melhor para você e se achar que a didática do que está assistindo está ruim ou que não está entendendo nada... meu, vai pra outro. Nem tudo que tem na net é bom.

Então, nesta etapa, o foco é buscar por cursos que sejam da Stack que você escolheu e que utilizem a linguagem e o framework que também foram escolhidos. Recomendo fazer pelo menos uns 3-5 cursos/tutoriais. É o que eu disse antes: quanto mais, melhor pra você.

Após esse momento, vem o primeiro grande desafio. Não espere que o Zord ajudará nesse momento, eheheh. Nesse ponto é onde você irá começar a fazer coisas mais parecidas com o que fazemos no nosso trabalho. É aprender a usar a ferramenta aplicando-a às regras de negócio de acordo com o que deseja aprender.

Para isso, eu recomendo que, ao invés de focar em criar um projetão, foque em criar vários mini-projetos. O motivo de serem vários é para forçar a repetição, pois você estará criando sempre vários projetos e fazendo coisas parecidas inicialmente. E também para variar as coisas a aprender. Ah, também tem o fator motivacional, porque nada mais chato do que fazer um software que nunca é finalizado, ainda mais quando seu objetivo é aprender e não lançar ao público.

Portanto, nesta parte, eu recomendo fortemente que use a IA a seu favor. E não digo pra você pedir para ela gerar o projeto, longe disso. E sim para que gere listas de projetos para estudos.
Aqui algumas ideias de mini-projetos que você pode fazer: um site pra guardar seus portfólios, o famoso TODO list pra treinar CRUD, jogo da velha pra treinar reatividade, calculadora, gerador de senha simples, etc. Também dá pra aprender coisas mais específicas, como colocar mapa do Google Maps no app/site, colocar para funcionar a câmera do pc/celular no site/app, ver como funciona fazer upload/download, mexer com banco de dados, manipular arquivos de imagens, textos ou PDFs, fazer uma estrutura de um chat simples usando websocket, fazer um gráfico, fazer um calendário, fazer um vídeo rodar no site/app, sistema de autenticação, criptografar/descriptografar um texto, aprender a usar/construir uma REST API, etc. O que não falta são ideias. Use e abuse da IA, elas estão ai para serem escravizadas, ahahahha (só espero que um dia elas não escravizem a gente, ahahah).

E como você viu, todas as sugestões são softwares simples ou partes de um software, e nunca um software complexo. Não tente bancar o Hércules, porque você não é ele, muito menos eu. Entenda o limite do nível de seu conhecimento e faça coisas que você sabe que consegue fazer. Então sempre busque fazer coisas menores e com um objetivo claro do que está querendo com aquilo. E, de novo, quanto mais fizer, melhor. Eu recomendo pelo menos uns 20-50 mini-projetos.

E não deixe de fazer uma boa documentação, principalmente no README, pois isso conta muito. Para ajudar nessa parte, você pode verificar no próprio GitHub como os projetos são documentados. Existem milhões de projetos por lá, saia caçando, pois existe o campo pesquisar caso não lembre. Com o tempo verá que existem modos legais de escrever/comunicar com as pessoas que estiverem lendo o projeto. Não existe o certo, existe apenas o modo bem descrito, o modo confuso e o modo "meu projeto é um lixo e não quero documentar". Cabe você escolher qual será sua documentação. E como você estará fazendo muitos mini-projetos, então terá bastante oportunidade para aprender a escrever. E aproveite para aprender a usar o Git, pois isso é obrigatório hoje em dia.

O bônus é que alguns desses mini-projetos podem até ser colocados em conjunto com o seu portfólio. Só não coloque todos, pois o foco da maioria deles é o estudo e não apresentar ao público. O portfólio deve ser a sua cara, com as suas coisas, com as suas ideias. Então é você pegar tudo o que aprendeu e usar isso para construir o que você quer.

Até onde sua capacidade criativa vai?

Essa é a última etapa do seu estudo, ou seja, a prova de final de ano. É aqui onde você deve mostrar tudo que aprendeu e botar pra funcionar. É nesse momento que você deve pensar: qual problema devo solucionar? É aqui que você terá seu real desafio: criar algo do zero e colocar para expor ao público.

Claro que pode pegar alguns de seus mini-projetos para isso, por exemplo, o site para guardar portfólios e colocá-lo em produção. Assim, ele já fica disponível para usar na hora de mostrar junto com o seu currículo.
Porém não é só isso que deve ser feito. Aqui eu recomendo muito que pense num "projetão", mas que, ao mesmo tempo, não seja grande. O foco aqui é juntar tudo que você aprendeu, ligar os pontos e mostrar ao público. E, assim como antes, pense como se fosse algum projeto real. Mas lembre-se: coloque limites, pois você ainda é iniciante. Aqui é o seu desafio, e não a sua martirização.

Uma dica para esta etapa é você procurar alguma dor que tenha para resolvê-la através do software. É difícil, pois você não está acostumado com isso. E é aí onde vem o pulo do gato. Isso é um treino para ti mesmo, pois nós que somos experientes passamos por isso a todo momento. Claro que no futuro existirão equipes/pessoas para fazer esse trabalho, mas nossa função primária é pegar aquilo e converter aquela ideia em linhas de código e quanto mais você aprender a dominar a aprendizagem da regra de negócio, mais fácil será para você entender como converter aquela ideia em linhas de código. As regras de negócio não é algo bem definido, somos nós que temos que olhar para aquilo e transformá-las.

Outra dica é procurar resolver algum problema de parentes ou conhecidos. E lembre-se: COLOQUE LIMITES senão eles podem abusar da sua boa vontade. Uma coisa que pode pensar é como ajudar seus pais no trabalho deles. Veja se tem alguma forma de facilitar a vida deles, seja criando um app, um site...

Ai a última coisa que deve fazer é colocar em produção. Se for um site, pode usar a vercel ou semelhantes, se for um jogo, tem a opção do itch.io, se for um mobile, pode colocar na play store... Em bonus, já aprende um pouco do trabalho de DevOps.

Conclusão

Como pode ver, não será fácil. Tudo isso pode levar mais de 1 ano, afinal estudo leva tempo, ainda mais se nunca teve experiência com isso. Não é fácil aprender programação, não estou aqui pra fazer promessas utópicas, mas saiba que não é bicho de sete cabeças aprender. Se eu aprendi, sei que qualquer um que se esforce é capaz de aprender. Mas precisa se esforçar pra isso, pois apenas você constrói seu caminho.

Bom, espero que tenha lido tudo, sei que escrevo demais, ahahah, mas tem coisas que não dá pra simplificar em poucas palavras. O método para ajudar a construir seu caminho está aí, então espero que isso oriente de alguma forma e boa sorte com o seu estudos.

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Só dei 3 upvotes porque o sistema me barrou hahahaha.

Seu artigo foi muito bom, de verdade. Pareceu que era o Fábio Akita falando comigo. Mas, uma pergunta, você acha que quem começou do jeito "errado" e está no meio da faculdade (estou no quinto semestre de Ciência da Computação) deveria voltar uns passos atrás para fazer esses exercícios de lógica?

No meu caso, eu até consigo fazer os "simples", mas quando entram os mais complexos...

Também falho muito nessa questão de levar as coisas até o fim (só fui dar atenção a isso recentemente e estou tentando melhorar), principalmente em cursos e projetos. Inclusive, acho que fazer esses mini projetos vai ser muito útil para eu me acostumar a levar as coisas até o fim.

Enfim, muito obrigado pelo tapa na cara! Tmj

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Ahaha, bem, peguei um pouco da essencia dele.

Bom, ao meu ver não existe jeito "errado", afinal uma carreira não é uma linha reta, cada um constrói o seu de acordo com as variáveis, tipo, o jeito da pessoa, personalidade, situações ao redor (como ter ddependentes), época em que estudou, tipo de ensino, localidade (como faculdade em que estuda), tipo de orientação (professores, vídeos, alguém dando apoio), pessoas influentes ao redor, etc.

Com tudo isso faz a pessoa decidir como se comportar e tomar decisões. Eu percebo que a sua decisão acabou indo pra fora da curva, mas não significa q vc não consiga melhorar. Eu posso dizer com clareza e experiência própria q vc é capaz de melhorar, mas é o que disse, depende mto do seu esforço em fazer acontecer. Eu considero q minha faculdade foi a mais improdutiva q poderia ter, pois msm ter feito BCC na USP, eu sai de lá com nota mediana, reprovei em algumas matérias, não sabia programar direito, nem consegui entrar na área de jogos (eu entrei por causa disso), ou seja, não aproveitei tudo que a faculdade tinha que oferecer. Felizmente o mercado de trabalho me ajudou a evoluir, mas não exatamente na área de programação (naquela época) e sim como cozinheiro. Ali foi o verdadeiro baque que me transformou e a partir disso que entendi o q é ser profissional. A gente como profissional não pode depender dos outros para construir nossa carreira e apenas nós mesmos podemos fazer isso. Por isso deixei claro no início do post para que as pessoas entendam q é apenas vc msm q pode fazer isso por vc. Foi ai qndo voltei pra área de desenvolvimento de software que implicitamente criei esse modo de estudo q no fundo acabou dando certo pra mim para melhorar minhas habilidades como desenvolvedor de software.

Bom, então assim, uma coisa q sei é q se eu fui capaz de mudar minha vida, qqr um consegue. Eu não me considero o melhor, mas comparado ao meu passado, melhorei exponencialmente, tanto que hj sou senior em uma empresa pequena e eu cuido de todos apps da empresa, sendo o único dev mobile. Isso é responsa.

Portanto posso dizer q vc ainda está no início, vc ainda vai melhorar. Primeiro passo é q vc entendeu o problema, agora vc precisa é ver como melhorar. E lembre, é um processo demorado, o bom q vc pode usar o resto da facul pra evoluir. A facul ela ensina de tudo, mas não te capacita em ter habilidades de fazer as coisas, pois isso depende unicamente do foco do estudante.
Por isso eu sempre recomendo iniciantes q querem entrar na carreira começarem a programar antes msm de fazer uma facul, se possível entrar no mercado primeiro, pois é o mercado q mostra o q ela precisa. A facul é um extra para ela ensinar conceitos e tudo q tem na área de programação, assim melhorando o conhecimento dela. Mas no seu caso, como já está na facul, então aproveite esse tempo pra melhorar a si msm.

Olhando o seu caso, eu recomendo q vc não pense q está regredindo. Qqr exercício melhora, por isso faça aqueles exercícios no beecrowd e tals. Pra ajudar, comece a fazer exercícios de nível médio pra cima, pois vc já sabe o básico. O intuito dessa etapa é praticar sua mente e aplicar os algoritmos e estrutura de dados. Vc msm disse q tem dificuldade com complexos, então foque neles. Ai depois vc pula para próxima etapa. Mas se quiser, já pode ir pensando em alguns mini-projetos em paralelo, só faça 1 por vez, pois vc tem q saber seu limite de tempo, por exemplo, vc tem q estudar pras coisas da facul, vc tem q fazer os exercícios, o mini-projeto e tbm vc tem sua vida, seu lazer e outras coisas. Então balanceie isso.

Bom, imagino q com isso vc já deva ter um norte do q fazer. Boa sorte ai nos seus estudos.

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Olá, tudo bem? Acredito que estou em uma situação semelhante a sua, comecei com o pé esquerdo no mundo da programação, por culpa da minha procrastinação excessiva, então decidi que iria fazer um bacharel para tentar girar essa engrenagem. Porém não me esforcei como devia e agora estou precisando dar vários passos atrás para me direcionar para o caminho certo.

Acredito que essa foi a melhor decisão da minha vida, recomeçar algo que não dei o meu melhor está sendo muito recompensador, pois estou me aprofundando como nunca antes nos estudos, acredito que é melhor dar uns passos atrás (Estava até pensando em refazer o meu bacharel ao invés de fazer uma pós, o que vocês acham? Perda de tempo?) e depois seguir na direção certa, do que continuar errado, ou no pior dos casos, desistir.

No mais é isso, se for para melhorar a sua carreira, dê quantos passos atrás forem necessários, afinal de contas, a sua carreira vale o tempo que for necessário, e pode ter certeza, um profissional que sabe dar alguns passos para trás, para depois seguir adiante, é um ser humano como qualquer outro, afinal, quem será esse, capaz de iniciar um projeto do zero e finalizá-lo sem cometer um erro sequer?

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Aew man, sei q vc não pediu resposta, mas queria comentar dessa parte.

(Estava até pensando em refazer o meu bacharel ao invés de fazer uma pós, o que vocês acham? Perda de tempo?)

Olha, na minha opinião eu recomendo não fazer. Mas a decisão é totalmente sua, oks? Vou falar do motivo.

Primeiro é q é perda de tempo. Vc já fez, vc tem uma ambientação no cenário da computação, não acho q precisa fazer 2 vezes para vc melhorar a si msm.

Outro é q vc dá pra evoluir sem alguém te ensinar. Por exemplo, vc consegue lembrar sobre compiladores né? Claro q não 100%, mas vc já tem uma base de conhecimento sobre o assunto, né? Eu tbm tenho. Pq vc msm não corre atrás das informações para entender melhor sobre o assunto?

Eu posso mostrar um pouco de uma q tive. Sobre criptografia. Não lembro exatamente qual era a matéria, mas eu estudei, sei q tirei uma nota mediana, pois isso nunca foi meu forte, e 2 anos atrás... pasmém, tive q usar no trabalho. E como usar se eu não sei de nada direito, pois eu fiz a matéria em 2012... acho, ahahah. Foi mais de 10 anos atrás. Então eu simplesmente comecei a estudar sobre. Assunto é o q não falta, e por já ter se ambientado previamente, não foi tão difícil me localizar no q precisava estudar. Claro q dá medo de tocar nisso, pois é um assunto até q sensível, pois mexe com dados de usuário, mas estudando novamente vc perde esse medo.

E eu precisei entrar numa facul ou qqr curso pra aprender? Não. Por isso eu não acho válido perder tempo fazendo de novo, mas isso é minha opinião. Sem dizer q vc terá q fazer provas... eita coisa chata de fazer, kkkkk. Tem gente q gosta, eu não, kkkkk.

Fazer uma pós eu até recomendo, mas vc tem q ter motivo pra isso, oks? Não faça algo achando q ele quem irá melhorar suas habilidades, pois como eu disse, é vc qm faz sua carreira e não os cursos e faculdades. Diploma/certificado é um bonus e não sua essência. Então depende mto do seu esforço em conseguir aprender.

Boa sorte ai.

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Excelente post pra inciar a semana. Organizou o simples mas com intensidade. São dicas que parecem ser "mais do mesmo" mas que muitos falham na execução. Parabéns pela dedicação.

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Excelente artigo!!!

Cara, outro ponto que quase ninguém fala é o currículo. Eu fiz uma transição de carreira de professor do ensino médio para programador, e dou os créditos à metodologia Currículo Vaca Roxa.

Basicamente é uma forma de você se vender para o recrutador, aproveitando todos os seus projetos e experiências (hackas, projetos pessoais, experiências profissionais, etc).

Com certeza um currículo otimizado abre muitas portas!

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