Em um post anterior, comentei que via a programação como qualquer outra profissão decente: não iria fazer milagres financeiros, mas poderia ganhar minha vida com ela, a escolhi porque gostava de tecnologia, da mesma forma que escolheria física se gostasse de fenômenos físicos. Me entristece muito ver muita gente tentando entrar na área achando que irá mudar completamente de vida do dia para a noite, não gosto desse tipo de marketing agressivo, que faz com que suas palavras, absolutamente realistas, possam ser duras para alguns. Não há nada de duro aí, é apenas realidade. Há mesmo de se dedicar por pelo menos um ano para conseguir alguma vaga, como em qualquer outra profissão por aí, como dito anteriormente.
Vi, em um grupo de desenvolvedores, gente reclamando que cobraram funções recursivas e orientação a objetos em uma entrevista para Django, falando que era muito complexo. Embora tenha ficado calada para evitar confusões, imagino que qualquer dev com seis meses de experiência deveria saber fazer um fibonnaci recursivo, entender os problemas disso, imaginar uma árvore de recursão e obviamente entender o básico de orientação a objetos. Na hora, pensei: "será que estou sendo muito tóxica? O cara parece tão triste e acabou de perder uma vaga, não deveria pensar sobre isso".
Ainda estou em uma fase da carreira em que não há sindrome do impostor -- sou mesmo impostora, sinceramente. Tem muito que não sei (acabei de aprender o que é edge case com seu teste de 15 minutos, inclusive) e certamente passo longe de ser contratável, mas não vejo problema nisso por ora. Ando empolgada para aprender e me planejo para encher esse mercado de currículos em alguns poucos meses, após me especializar direito em algo. Até lá, vou organizar meu github (que, graças ao bom Deus, já está ativo) e colocar meus pensamentos em algo além do tab news -- fiquei muito feliz por minha primeira postagem ter sido minimamente relevante, aliás. Enfim, sem me extender tanto, irei seguir o que foi dito no post e fico agradecida pelas dicas.
Indo um pouquinho além em seu post, eu pessoalmente colocaria a temida matemática básica. Não limites, integrais e derivadas, mas aritmética, algebra e lógica. Saber fazer questões básicas de uma olímpiada de programação não deveria ser exceção, mas a regra. Acho muito estranho que grande parte dos programadores que aspiram a profissão não gostem de matemática, já que são áreas tão relacionadas entre si.
E se você leu até aqui e achou que tem o perfil: meu WhatsApp está lá em cima. Vamos conversar.
De toda forma, se a Cluely aparecer com vagas para pessoas que estão entrando no mercado daqui algum tempo, certamente estarei tentando provar meu perfil. Preciso aprender mais um tanto ainda, mas certamente sei a diferença entre null e undefined.