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Por Que 90% dos Devs Não São Contrataveis (E Como Encontrar os 10%)

Recado: Antes de mais nada, estou contratando! Se você é um Dev Fullstack (NextJS) e estiver interessado, entre em contato pelo whats: +55 (51) 98612-7959. (R$10k - R$20k)

Os devs de hoje são incompetentes?

Sim! A síndrome do impostor deixou de ser algo a ser tratado no psicólogo e passou a ser algo real e que deve ser tratado com estudo. A pergunta é simples, porém reflete uma realidade brutal: o sarrafo de conhecimento nunca esteve tão baixo, e pior... está despencando em velocidade recorde.

A profissão de engenheiro de software furou a bolha "nerd", parando de ser uma profissão de vocação e passando a ser uma de ganância.

Se você trabalha com recrutamento, sabe EXATAMENTE do que estou falando. Mas calma, devs competentes ainda existem, e nos meus últimos meses de contratação encontrei um método que fez com que nunca fosse tão fácil encontrá-los.

A dolorosa jornada

Antes de te contar minha história, você precisa saber que eu mesmo sou um engenheiro com background extremamente técnico. Atualmente sou Founder Engineer @ Cluely e atuo como software engineer há cerca de 9 anos.

Em meados de 2018, contratar bons devs era tão fácil quanto escrever um hello world. A profissão ainda era nichada e os incentivos eram direcionados ao longo prazo. Se você queria ser dev, provavelmente era porque gostava de tecnologia. Simples assim.

Fast forward para 2023-2024: o mercado virou um caos absoluto.

Bootcamps vendendo sonhos de salários de $10k em 6 meses. LinkedIn cheio de "influencers tech" com 3 meses de experiência dando aula de arquitetura. E o pior: uma enxurrada de candidatos que decoraram respostas do ChatGPT mas nunca debugaram uma API na vida.

Meu processo de contratação virou um pesadelo:

  • 200+ candidatos por vaga
  • 90% não passavam em FizzBuzz (sim, em 2024!)
  • Currículos recheados de buzzwords: "AI enthusiast", "Cloud native", "Microservices expert"
  • Na prática: dificuldade pra fazer um CRUD e manipular array em JS

Gastei 3 meses tentando preencher UMA vaga. Fiz mais de 40 entrevistas. Resultado? Nenhuma contratação.

O ponto de virada

A ficha caiu quando um candidato, com um currículo impecável (React, Node, AWS, Docker, Kubernetes), não conseguiu me explicar a diferença entre null e undefined em JavaScript.

Percebi que estava jogando o jogo errado. Estava filtrando por keywords no currículo quando deveria estar filtrando por capacidade de pensar.

Mudei completamente minha abordagem e criei o que chamo de "Filtro Anti-BS" (bullshit).

O Filtro Anti-BS: Como encontrar devs de verdade

0. Onde encontrar the real deal

Fácil e rápido: a maior taxa de conversão de candidato para contratado que tenho é em hackathons, startup week, Twitter e blogs tech (tipo o Tabnews kek).

1. Esqueça o currículo tradicional

Sério. Pare de ler currículos como se fossem um checklist de tecnologias.

O que importa:

  • Projetos pessoais no GitHub (código real, não forks vazios)
  • Histórico de commits (consistência > quantidade)
  • Pull requests em projetos open source
  • Blog posts ou Stack Overflow (capacidade de articular pensamento)
  • Histórico vencedor (vencedor de hackathon, programação competitiva ou premiado)

Se o candidato não tem nada disso, é red flag. Não me importa quantos cursos da Udemy ele completou.

2. O teste de 15 minutos que filtra 80%

Antes de qualquer entrevista formal, mando um exercício simples:

Crie uma API REST que:

  1. Aceite uma lista de números
  2. Retorne a mediana
  3. Salve o resultado em memória
  4. Tenha um endpoint para buscar histórico

Tempo: você decide
Stack: a que você quiser
Entrega: link do repositório + README explicando suas escolhas

O que estou avaliando:

  • ✅ Consegue completar? (50% não conseguem)
  • ✅ Código é limpo e legível?
  • ✅ Trata edge cases?
  • ✅ O README demonstra raciocínio?
  • ✅ Escolhas tecnológicas fazem sentido?

Não me importa se usou Express, Fastify ou Hono. Quero ver como pensa, não o que sabe decorado.

3. A entrevista técnica de verdade

Se passou do teste, fazemos uma call de 45–60 min. Mas nada de LeetCode ou algoritmos de faculdade. Como trabalho na Cluely, sei exatamente qual direção isso pode tomar kkkk.

Faço o candidato:

  1. Fazer code review do próprio código do teste
  2. Debuggar um bug que eu injeto na hora
  3. Refatorar uma função ruim que apresento
  4. Discutir trade-offs de diferentes abordagens

Isso revela:

  • Humildade (consegue criticar o próprio código?)
  • Pensamento crítico (identifica problemas de design?)
  • Comunicação (explica decisões claramente?)
  • Pragmatismo (balança teoria vs. realidade?)

4. O teste de cultura (o mais importante)

Técnica se ensina. Atitude, não.
Perguntas que faço:

  • "Me fala de uma vez que você quebrou produção. O que fez?"
  • "Qual foi o último conceito técnico que aprendeu? Por quê?"
  • "Você já teve strong opinions de produto ou discussão com colega em um projeto? Como resolveu isso?"

Quero ver:

  • O MAIS IMPORTANTE: Ownership (assume responsabilidade)
  • Curiosidade (aprende por interesse, não obrigatoriedade)
  • Opinião própria (questiona decisões com argumentos)

Se o candidato concorda com tudo que falo, é red flag. Quero gente que me desafia.

Os resultados

Depois de implementar esse processo:

  • Tempo de contratação: 3 meses → 2 semanas
  • Taxa de aprovação: 2% → 15% (ainda é baixa, mas são devs de verdade)
  • Turnover: 0% nos últimos 6 meses
  • Produtividade do time: aumentou absurdamente

Contratei 3 devs nos últimos 4 meses. Todos seniors/mid-level. Todos excelentes.

O segredo? Parei de procurar "o melhor dev do mercado" e comecei a procurar "gente que pensa como engenheiro".

Lições aprendidas

  1. Senioridade não é tempo de casa

    • Conheci senior com 10 anos que não sabia Git direito
    • Conheci junior com 1 ano que tinha raciocínio de arquiteto
  2. Stack importa menos do que você pensa

    • Um bom dev aprende qualquer framework em semanas
    • Um dev ruim vai ser ruim em qualquer stack
  3. Cultural fit > Technical skills

    • Técnica se treina
    • Ego, preguiça e falta de curiosidade não têm cura
  4. Seja brutalmente honesto no processo

    • Mostre o código real do projeto
    • Fale dos problemas que estão enfrentando
    • Se o candidato fugir, melhor agora do que depois

Pra você que é dev e está lendo isso

Se você se sentiu ofendido com o título desse post, provavelmente é parte do problema.

Os melhores devs que conheço têm síndrome do impostor justamente porque sabem o quanto não sabem. É o Dunning-Kruger ao contrário.

Como se destacar nesse mercado saturado:

  1. Tenha presença técnica

    • GitHub ativo (não precisa ser o próximo Linus, mas mostre código)
    • Blog onde compartilha aprendizados
    • Contribua em open source (mesmo que seja documentação)
  2. Profundidade > Amplitude

    • Melhor ser excelente em 2–3 tecnologias do que mediano em 20
    • Entenda os fundamentos, não só a sintaxe
  3. Aprenda a se comunicar

    • 50% do trabalho de dev é comunicação
    • Saiba explicar decisões técnicas pra não-técnicos
    • Documente seu raciocínio
  4. Seja humilde, mas confiante

    • Admita quando não sabe
    • Mas demonstre capacidade de aprender rápido

Conclusão

O mercado de tech está saturado de pessoas querendo "virar dev". Mas está carente de engenheiros de software de verdade.

A diferença? Engenheiros pensam em sistemas, trade-offs, manutenção. Não só fazem o código funcionar — fazem o código durar.

Se você é recrutador, empresário ou tech lead: pare de usar processos de contratação dos anos 2000. O jogo mudou.

Se você é dev: seja a exceção, não a regra. O mercado está ruim, mas sempre tem espaço pra gente boa.

E se você leu até aqui e achou que tem o perfil: meu WhatsApp está lá em cima. Vamos conversar.


PS: Esse post vai gerar polêmica. Vão me chamar de elitista, arrogante, gatekeeping. Tudo bem. Prefiro ser honesto e polêmico do que politicamente correto e inútil.

Se você tem uma opinião diferente, adoraria ouvir. Me manda uma DM ou comenta. Mas traga argumentos, não sentimentos.

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Excelente post, apenas vai ser um pouco desagradável pra muitos.
Entendo muito essas dores, mas na posição de candidato. Trabalho na área há 6 anos e nunca consegui entrar numa empresa por meios tradicionais, ou seja, currículo e entrevista. Todas as minhas contratações foram através de reuniões sinceras e objetivas, abertura pra ser sincero e falar no que sou bom e onde sou ruim, isso nao existe no modelo de contratação tradicional. E por fim sempre fui contratado após entrevistas técnicas onde eu tinha que desenvolver e explicar meu código, no mesmo modelo que tu apresentou no post.

Conclusão, o modelo de contratação tradicional não funciona. Apenas segmenta currículos que podem ou não refletir a qualidade do profissional. Eu sou o profissional que não tem um currículo excepcional mas que sai na frente em entrevistas e conversas reais e sei que não sou o único frustrado.

Espero que teu post possa ser útil para os devs que querem se qualificar melhor para bons recrutadores como vc e também ajudar a recrutadores a entenderem e se adequarem à realidade do mercado.
Excelente Gui, parabéns e obrigado pela colaboração pra uma melhor comunidade!

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Meu, só não consegui dar mais pontos pq o sistema limitou a 3. É a primeira vez q faço isso, pois esse tipo de post mostra exatamente o q as pessoas q estão entrando precisa enxergar, pois programação não é bicho de sete cabeças, mas não é fácil.

Muito do que vc falou aqui eu nem passou pela minha mente, pois nunca cheguei nessa etapa de ter q contratar pessoas e não sabia exatamente das dores de um contratante, mas ver alguém q tem experiência e mostra a verdadeira necessidade da empresa, é muito bom para que os candidatos entendam q não é simples assim entrar no mercado (a não ser q elas consigam aquelas vagas meia boca).

Eu venho tentando ajudar as pessoas perdidas ou desesperadas por aqui no TabNews e agora tenho uma referência de post para as próximas pessoas que começarem a reclamar do mercado. Espero q ajude eles a enxergar a realidade e se esforcem mais para aprender programação como precisa ser aprendido.

Bom, desejo boa sorte ai nas buscas pelos novos colegas de trabalho na sua empresa.

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Ola!!

Eu venho tentando ajudar as pessoas perdidas ou desesperadas.

Acredito que sou uma dessas pessoas!! Rs
Poderia avaliar meu Github?
A forma como estou escrevendo os commits, não sei se está certo o que estou escrevendo saca?
Meu GitHubGitHub.

Obrigado

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Bom, vou ser direto, olha a diferença entre o seu github e o meu:

seu: https://prnt.sc/4tTO4L08AzVm
meu: https://prnt.sc/yk5_O1eXWrmg (antes de procurar por um emprego em 2021)

Acho q o problema pode começar ai. Vc está realmente programando? Ou vc só está assistindo vídeo? Pq assistir não é aprender a programar, programar é codificar. É igual ganhar um certificado. Ele comprova só a participação, mas a aprendizagem msm vc só comprova com código no github.
Só quis mostrar isso pra ver o quão longe vc ainda está de ser contratado. Vc pode até ter sorte, mas lembre q depender de sorte é igual pular de um avião com um saco de supermercado. Eu sugiro não correr esse risco. Claro q a comparação tbm é desigual, já q nesse momento eu era mais ou menos no nível pleno, mas isso mostra quantitativamente q vc ainda precisa codificar mais.

Então antes de sair tentando vagas aleatória, eu recomendaria vc pelo menos 1 ano no mínimo focar só no estudo (o bom q vc está na facul, então ainda dá tempo pra aprender mais), então esquece essa coisa de currículo, esquece essa coisa de ficar aplicando pra vagas. Vc pode tentar aplicar pra vaga? Óbvio, mas lembre q vc só estará perdendo tempo e energia, pois vc não está preparado pra competir com outros, ainda mais nesse cenário atual onde a competição entre iniciantes está maior.

O q recomendo, primeiro é definir uma stack, tipo, backend, frontend, mobile, jogos, devops, etc. Definindo algo q vc quer fazer, já filtra 90% da tecnologia pra vc aprender por agora (no futuro vc pode aprender outras coisas, mas sua etapa agora é aprender a virar um programador júnior). Definindo o q vc quer, sugiro mto só focar em 1 tecnologia, pois isso vai ajudar a vc estudar melhor. Vc pode até ter mais de 1 tecnologia, mas vai por mim, sem a base de programação, tu vai sofrer mais pra aprender mais de 1 tecnologia. Eu vi q vc está tentando python e vc já fez algo em typescript pra facul. Bem, escolha apenas um. Vai facilitar na hora do estudo. Ai no python por exemplo, vc acha algum framework desejável.

Agora vamos para os estudos.

Primeiro eu recomendo q vc aprenda a dominar o básico da linguagem. Não precisa dominar 100%, até pq as linguagens de programação estão sempre em evolução. Mas vc precisa estudar pq vc precisa entender o mínimo dela para iniciar a programar. Isso vai desde if, else, funções, blablabla, até como usar estrutura de dados, POO, etc. Uma coisa q recomendo é vc iniciar pelo https://judge.beecrowd.com/en ou pode ser sites similares. Ele simplesmente permite q vc escolha um exercício, ai vc implementa aquele exercício na linguagem q vc escolher lá e executa. Ele dará uma resposta se o código funcionou ou não. Isso é mto bom pra vc treinar lógica e tbm algoritmos e estrutura de dados da linguagem. E lembre, quanto mais fizer, mais vc aprende. Vc pode até colocar no currículo.
Se vc não souber de algo, simplesmente pesquise. Hj o q não falta é informação de como programar. Vc pode achar nos docs oficiais da linguagem, vc pode achar em blogs, youtube, comunidades, pode até perguntar em grupos de discords específicos para linguagem/framework q sempre terá alguém q pode ajudar lá.
Vc tbm pode usar livros de algoritmos para aprender, mas sinceramente... só use isso pra consulta, pq é chato pacas. Por isso dei a alternativa de vc ter esses exercícios, pois são legais pra vc aplicar os algoritmos.

Agora vamos para a segunda etapa. Começando o processo do estudo mais real. Eu sugiro mto q desista a nesse momento criar um super projeto. Infelizmente isso é um mata-iniciante, pois além de ser algo complexo pra alguém q iniciou, as pessoas tendem a demorar pq desanima no meio do caminho pq não consegue finalizar. Ao invés disso eu recomendo focar na msm coisa q o algoritmo do quick sort utiliza: dividir pra conquistar. Ao invés de fazer o projetão, faça mini-projetos. Ou seja, cada mini projeto precisa ter um começo meio e fim bem definidos e com foco único. Não tente fazer um frankstein pq só irá te atrapalhar.
Por exemplo: comece com um todo list, onde vc só irá focar na parte lógica e visual dela. ai todos dados vc salva na memoria, nada de API ou comunicação externa, apenas fazer funcionar e ficar bonitinho. Se futuramente vc quiser adicionar coisas, duplique o projeto e melhore ele, ou coloque uma Tag (ve como faz isso no github) pra marcar como finalizado essa primeira etapa. Mas vc pode focar em outras coisas, pois exemplos não faltam. por exemplo, colocar o google maps dentro de uma página web, fazer um formulário, fazer uma API pra comunicar a todo list com servidor, fazer um chat (esse é um pouco mais complexo, mas é possível), fazer uma tabela simples estilo google sheets (observe q destaquei simples, oks?), como integrar um gps no site, como fazer aqueles troços de senha de 4 dígitos q vc ve em SMS, fazer um paint simples e aprender a manipular imagens, fazer um carrousel de imagens na tela, aprender a usar banco de dados em algum dos seus projetos já feitos, fazer uma playlist de mp3 simples, etc. Pode até pensar em um joguinho, como jogo da velha ou bricks, bem ideia é o q não falta. E pode até pedir pra IA dar ideias de projetos simples. Só não vai pedir pra ela gerar código, oks? Pois vc ainda está na fase de aprendizagem.
Vc percebe q com isso, além de praticar a linguagem/framework, vc estará aprendendo a fazer mais coisas diferenciadas. Por isso focar em pequenas coisas e com isso vc vai aprendendo a lidar com isso. E o melhor q vc vai acostumando a fazer o q nós fazemos. Nós não sabemos tudo, estamos sempre em constante aprendizado. Por isso se por exemplo, eu precisar um dia criar um site q ache a localização da pessoa, se eu já tiver mexido com gps, meu, eu já tenho noção do que correr atrás, pois eu já tive uma breve experiência no passado. Saber um pouco de cada coisa vai ajudar no seu futuro.
E é a msm coisa q o outro, quanto mais vc fizer, melhor pra vc msm. Eu recomendo no mínimo uns 10, mas sugiro passar de 20 mini-projetos pra vc praticar msm.
Extra: comece a fuçar os githubs dos outros e veja como é a documentação do README. APRENDA ISSO. Ninguém vai te ensinar como fazer, então apenas vai olhando, vendo o q parece legal e aplique no seus projetos. Como vc terá um monte de projetos, vc pode fazer variações, e com o tempo, vc vai perceber q vc irá achar o seu jeito de documentar. Não existe o jeito certo, só existe documentações boas de ler e documentações péssimas. Cabe a vc praticar e ir melhorando os seus. O msm vale pra commit. Sinceramente nem eu sei ql é o melhor jeito de escrever um commit, mas sei q ela precisa conter uma descrição direta e sucinta sobre o q vc fez e onde. Imagino q só isso basta.

Por último é a hora do portfólio. Isso é uma coisa q não pode faltar. Esse é uma coisa q vc terá q por em prática. É aqui q entra os projetões e devops. É nesse momento q vc terá q aprender a lidar com algo a ser feito do início ao fim. Claro q vc pode usar seus projetos de estudo aqui, mas não recomendo lotar, pois aqui os projetos principais é onde vc irá mostrar o q vc aprendeu na etapa anterior com a união de todo conhecimento.
Nesse eu recomendo vc fazer de 3 a 5 projetos. No mínimo 1 tem q estar online e funcional. Se for site, q seja site, se for mobile, play store, se for jogo, itch.io, e assim vai. Além disso, vc terá q documentar bem, pois é nesse momento q vc terá q saber tudo q vc fez e o pq fez aquilo. É como se fosse uma apresentação de final de ano, pois se perguntarem o q vc fez em tal projeto, é obrigação sua explicar sobre aquilo.
Agora o q fazer? Bem, depende do q vc quer fazer. Qndo eu disse projetão, vc não precisa fazer algo completo, oks? Até pq isso é qse impossível pra iniciante. Mas vc precisa é saber integrar visual, lógica e dados (e saber colocar online). Como? É ai seu desafio. Um deles q até recomendo é vc fazer um site sendo o site sua própria página para apresentar o portólfio. E é ai q entra a criatividade, qnto mais chamativo, melhor.

Recomendações extras:

  • Aprenda a usar git (a ferramenta msm, e não só o github).
  • Aprenda devops (se possível aprenda sobre CI/CD).
  • Recomendo utilizar a IDE mais popular q normalmente a comunidade utiliza para tal linguagem/framework, pois isso facilita na aprendizagem.
  • De uma olhada no clean code, tem um pessoal q condena, mas é pq esses são pessoas ranzinzas, não vai na delas. O clean code é bom, mas não precisa seguir a risca, lembre disso. Um bom código é um código legível e o clean code ensina algumas técnicas para fazer isso.

Se eu fosse contratar alguém, eu focaria mais no github dela ao invés do currículo dela (claro q isso é pra mim, não respondo pelas outras empresas). Eu por exemplo, fui contratado pela empresa q trabalho até hj, pq eu apliquei partes dessa técnica de estudo e eles contrataram pq gostaram do meu app q tinha postado na play store (eu sou dev mobile).
Por isso eu divulgo esse estilo de estudo, pois percebi q além de aprender coisas bastante diferenciadas, eu consigo demonstrar o q fiz, como eu fiz e q sou capaz de fazer. Se vc não tem nada disso, ninguém vai querer te contratar, afinal assim como vc espera entrar em uma boa empresa e ganhar bem, a empresa tbm espera q vc seja bom para resolver o problema q ela tem. Não espere caridade, são raríssimas empresas q fazem isso, e é o q disse, não conte com a sorte, pq no fundo, quem constrói sua carreira não é a empresa e sim vc e apenas vc.

Espero q com isso ajude a dar um norte no seu trajeto. Boa sorte e bons estudos.

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Olá!
Não tenho como descrever o meu agradecimento por ter me respondido e ter me dado essa AULA e norte para MINHA VIDA!

Já imprimi tudo que escreveu e estou lendo e anotando cada ponto!
Estava no caminho errado completamente, tentando fazer coisas que realmente não entendia direito, indo por conselho de instagram que no fim nao me levaram a nada.

Vou seguir a risca esse conselho que você me deu, e pode ter certeza que serei ETERNAMENTE grato a você!!

Muito obrigado mesmo!!
Grande abraço!

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Não tenho mto q analisar, ahahah. Vi nos comentários aqui no tab news e vc diz ser senior, nem sei pq está pedindo pra mim, kkkkk.

Mas dei uma olhada no seu github, pelo menos pra mim parece bom. Não cheguei a olhar o código até pq não tenho nenhum domínio em NodeJS e similares, pois sou dev mobile flutter. Porém dei uma olhada e vc documenta bem.
E gostei bte da sua página inicial, está até melhor q o meu (faz um bommm tempo q não atualizo tbm ahahah).

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Em um post anterior, comentei que via a programação como qualquer outra profissão decente: não iria fazer milagres financeiros, mas poderia ganhar minha vida com ela, a escolhi porque gostava de tecnologia, da mesma forma que escolheria física se gostasse de fenômenos físicos. Me entristece muito ver muita gente tentando entrar na área achando que irá mudar completamente de vida do dia para a noite, não gosto desse tipo de marketing agressivo, que faz com que suas palavras, absolutamente realistas, possam ser duras para alguns. Não há nada de duro aí, é apenas realidade. Há mesmo de se dedicar por pelo menos um ano para conseguir alguma vaga, como em qualquer outra profissão por aí, como dito anteriormente.

Vi, em um grupo de desenvolvedores, gente reclamando que cobraram funções recursivas e orientação a objetos em uma entrevista para Django, falando que era muito complexo. Embora tenha ficado calada para evitar confusões, imagino que qualquer dev com seis meses de experiência deveria saber fazer um fibonnaci recursivo, entender os problemas disso, imaginar uma árvore de recursão e obviamente entender o básico de orientação a objetos. Na hora, pensei: "será que estou sendo muito tóxica? O cara parece tão triste e acabou de perder uma vaga, não deveria pensar sobre isso".

Ainda estou em uma fase da carreira em que não há sindrome do impostor -- sou mesmo impostora, sinceramente. Tem muito que não sei (acabei de aprender o que é edge case com seu teste de 15 minutos, inclusive) e certamente passo longe de ser contratável, mas não vejo problema nisso por ora. Ando empolgada para aprender e me planejo para encher esse mercado de currículos em alguns poucos meses, após me especializar direito em algo. Até lá, vou organizar meu github (que, graças ao bom Deus, já está ativo) e colocar meus pensamentos em algo além do tab news -- fiquei muito feliz por minha primeira postagem ter sido minimamente relevante, aliás. Enfim, sem me extender tanto, irei seguir o que foi dito no post e fico agradecida pelas dicas.

Indo um pouquinho além em seu post, eu pessoalmente colocaria a temida matemática básica. Não limites, integrais e derivadas, mas aritmética, algebra e lógica. Saber fazer questões básicas de uma olímpiada de programação não deveria ser exceção, mas a regra. Acho muito estranho que grande parte dos programadores que aspiram a profissão não gostem de matemática, já que são áreas tão relacionadas entre si.

E se você leu até aqui e achou que tem o perfil: meu WhatsApp está lá em cima. Vamos conversar.

De toda forma, se a Cluely aparecer com vagas para pessoas que estão entrando no mercado daqui algum tempo, certamente estarei tentando provar meu perfil. Preciso aprender mais um tanto ainda, mas certamente sei a diferença entre null e undefined.

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Curioso pensar que tudo o que você disse se aplica para desenvolvedores mais experientes ou seniores, mas também funciona para júniors, afinal, a postura desejada é a mesma.


Concordo que o mercado está saturado de pessoas desinteressadas por tecnologia, mas a proporção 90/10 me impressiona. Essa proporção vem da análise fria dos seus números de recrutamento ou é um percepção empírica colocada em número?

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Achei muita exigência. O importante para mim é o dev se adaptar às situações e resolver problemas. Trabalho com excelentes devs e muitos deles relataram que foram reprovados no live código em outras empresas.

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Cara, até alguns anos atrás, antes da IA se tornar comum no nosso dia a dia, eu conseguia realizar essas atividades de forma tranquila: escrevia o código como se fosse um diário, consultava uma documentação ou algum blog ali, e tudo fluía melhor.

Hoje me vejo pegando muito código das IAs. Mesmo refatorando, ajustando, tirando uma coisa aqui, mudando o nome de uma variável ali, ainda assim sinto que é Ctrl+C e Ctrl+V dos prompts retornando.

As IAs, de fato, me ajudaram a entender mais coisas, construir projetos mais rapidamente e até consegui subir um SaaS em três meses. Mas fico com uma dúvida: como está sendo para vocês, tech recruiters, que realizam entrevistas, lidar com pessoas que usam IA? É errado usar IA? (Creio que não).

Qual é a linha tênue para utilizar IAs na criação de código?

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Consigo concordar em quase tudo, menos no quesito do open source. É foda o dev que trabalha 8h por dia, quer cuidar da saúde numa academia, e ainda o pouco tempo que resta do dia dele, é para estudar as coisas que ele precisa, ao invés de participar de open source. Já conheci muito dev bom que não tem nehuma contribuição com open source.

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Cara, não sei como vc imagina o significado de contribuir. Assim, tem mtos projetos abertos de packages no flutter e eu contribui com alguns deles. Fiz grandes features lá? Óbvio q não, pois não tenho tempo. A minha contribuição foi abrir PR e corrigir bugs. E não necessariamente de packages aleatórios e sim de packages q utilizo.

Ou seja, no fundo, por mais q seja algo egoísta, pois eu fiz focado pra mim, no fundo acabei ajudando a comunidade. É uma pequena contribuição q acaba impactando aqueles que utilizam aquilo.
Cada um precisa saber seus limites, e principalmente, saber como ajudar o próximo com as ferramentas e conhecimento q tem.

E tbm até abrir uma Issue pode ajudar, mas claro q precisa ser algo bem detalhado pq não adianta nada abrir uma Issue e esperar q eles descubram como vc achou o erro. Ai é falta de noção da pessoa q abriu a Issue.

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Fiquei com preguiça de ler até o final.

Você tem um excelente ponto para contratação e foi sua maior jogada para as pessoas lerem o post: Botou o salário logo de cara.

Eu entendo ser difícil achar bons devs. Já trabalhei com gente que recebia mais que eu, não cumpria prazo, o que eu fazia com 2 dias, a pessoa levava 1 mês.

A moral da história é que tech hoje virou leilão de salário, com várias softhouses vendendo sênior para clientes em contrato e entregando estagiário/junior com dias ou semanas de experiência. Só está tendo no mercado, o que o mercado quer. Se não tivesse casos de empresas contratando junior, com salário de junior para serviço de pleno, a régua mesmo cortaria o povo que você reclamou.

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Qual o nível de qualificação que você procura nos candidatos?

Porque pelo que eu entendi no tópico 2 você apresenta um teste para eliminar os candidatos que não conseguem programar um CRUD básico, coisa que um iniciante com estudo consegue fazer, mas no tópico 3 você faz uma entrevista técnica e pede um code review que indica que é não parece ser uma pergunta a se fazer a iniciantes na minha opinião.

O nível de candidatos mid e sênior está tão baixo que você precisa adotar essa primeira filtragem ou a entrevista para esses candidatos tem mais etapas e perguntas mais específicas?

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Publicação altamente relevante. 👌

Às vezes penso o quão tentador é abrir mão da flexibilidade em troca de uma regulamentação da profissão de dev. Isso evitaria casos como os que foram mencionados de candidatos que mal sabem o básico.

Eu não gostaria de ter uma casa projetada por um cara que apenas viu um tutorial no YouTube.

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Obrigado por esse Post!

Tenho 36 anos, estou tentando entrar na área, dificil encontrar alguem falando a "real" assim.
Cada página que entramos ou estão oferecendo cursos ou estão falando que a I.A vai ficar no lugar de todos os programadores.

Enfim... Estou tentando, sem retorno algum.. mas tentando.
Acho que com esse post, consigo ter um norte melhor de como procurar uma vaga e conseguir uma oportunidade!

Muito obrigado!!

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agora tentando adicionar a conversa

O que importa:

Projetos pessoais no GitHub (código real, não forks vazios)
Histórico de commits (consistência > quantidade)
Pull requests em projetos open source

Eu até entendo tua lógica, mas sempre que falam isso eu lembro de 3 dos melhores devs que eu conheço não tem um perfil publico no github

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Se a pessoa é capaz de comprovar a capacidade técnica dela, é óbvio q não precisa de um github. Mas hj em dia, com uma competição enorme, ou vc entra via recomendação ou via processo seletivo, mas nem todos conseguem a primeira via, ou seja, terá q dar um jeito pra batalhar no processo seletivo. É ai q entra demonstrar o q é capaz de fazer, pq se não tiver como mostrar, como vc mostrará? Ainda mais pra iniciantes q tem dificuldade em criar um projeto e colocar em produção.

Por isso eu ainda acho válido seguir esse caminho de um bom github, pq se vc considerar a "exceção" como regra, ninguém vai conseguir entrar. É igual as pessoas copiarem a rotina de um bilionário. Elas podem até copiar, mas a pessoa nunca será bilionária por isso.

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Boom!! Caiu como uma bomba..
Tenho 44 anos e 25 como desenvolvedor. Já passei por muitos processo e sempre me admiro com as mudanças de exigências em processos seletivos.

Lendo seu Post, vejo que mais uma vez vamos ter de apertar e estrangular a passagem para evitar os "aventureiros". Isso já não é a primeira vez que vejo acontecer, se trata de um movimento cíclico.

Ser "Nerd" Virou moda ...

Parabéns pelo artigo.

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Ser "nerd" virou audiência de conteúdo pop consumido pelos nerds raiz de anos atrás.
Ter zerado Super Mário e assistido X-men na década de 90 virou sinônimo de nerd.

Acho que devemos isso ao Big Bang Theory que mostrou, que apesar de todos os personagens nerds serem prodígios acadêmicos, eles ainda vivem problemas mundanos e gostam das mesmas coisas que todo mundo costuma gostar.

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Post incrível! Concordo muito com o que disse sobre um dev de verdade aprender qualquer stack. Os processos seletivos estão horríveis, ficam exigindo tecnologias super específicas que a pessoa conseguiria dominar em dias.

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Excelente reflexão, Gui 👏

Concordo muito com a visão — principalmente na parte sobre soft skills.
Na prática, o que mais diferencia um bom profissional não é apenas o quanto ele domina uma stack, mas como ele pensa, se comunica e reage diante de problemas reais.

Já vi muitos casos em que o “dev que sabia tudo” travava quando precisava colaborar ou pedir ajuda. Por outro lado, quem tinha uma boa base, curiosidade genuína e humildade pra aprender, evoluiu rápido e se tornou peça-chave no time.

Hard skill a gente ensina.
Mas caráter, comunicação e senso de responsabilidade são o que realmente fazem a diferença no longo prazo tanto pra entregar quanto pra crescer junto com o time.

Excelente ver alguém trazendo esse tema de forma direta e honesta.

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Como programador sênior, me sinto até aliviado em ver recrutadores pensando dessa forma. Mas, saindo um pouco do foco principal do post, preciso dizer que, infelizmente, ainda há muitas empresas que preferem contratar cinco juniores pelo preço de um sênior, mesmo sabendo dos problemas que isso pode causar.

Elas contratam um júnior e esperam dele um desempenho de pleno, preferem “moldar” o profissional e até pagar cursos para que ele evolua, mas mantêm o salário baixo. Isso acaba sendo ruim tanto para o júnior quanto para o sênior e eu vou explicar o porquê. Não dá pra dizer que as empresas estão completamente erradas, muitas realmente não têm recursos para pagar o valor que um sênior pede, e acabam optando por arriscar com profissionais mais novos.

Um dos últimos casos que ouvi foi de um amigo meu, júnior, que trabalhava em uma empresa de médio porte que faz licitações para o governo e também atua como software house. Eles até poderiam pagar por desenvolvedores sêniores, mas todos os cerca de 15 devs eram juniores. O dono da empresa, que era quem validava tudo, era o único com nível sênior.

Meu amigo dizia que frequentemente precisava trabalhar fora do horário e, quando surgia algum bug (o que é normal entre devs juniores), o dono acabava esculachando o time, cobrando resultados de nível pleno ou sênior. Chegaram a me chamar para uma vaga de programador, sem especificar o nivel, eu me ofereci e mesmo oferecendo um valor bem abaixo do mercado como Sênior, acharam caro — rs.

Hoje meu amigo já saiu de lá, mas ainda me conta histórias inacreditáveis. Vários dos sistema deles está cheio de gambiarras e bugs absurdos.

Mas é isso, o mercado em geral está muito ruim, muitas empresas (não todas) , não sabem o valor e as vantagens que um bom profissional de alto nível pode trazer para elas. Então eu adimiro muito empresas como a sua e recrutadores que fazem esse filtro.

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