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A busca eterna por um novo projeto: propósito ou dopamina?

Ultimamente venho me identificando como um programador que está sempre em busca de desafios. Vivo atrás de dores do dia a dia, tentando encontrar ideias para resolver com código.

Mas percebo que isso tem um lado meio 8 ou 80.
Enquanto não encontro algo pra solucionar, parece que entro no modo automático da vida. Fico meio desanimado com a programação, como se estivesse sem propósito.

Por outro lado, quando encontro algum problema interessante, eu mergulho de cabeça. Me dedico tanto que parece que aquilo é meu propósito — mas no fundo, percebo que é só mais um pico de dopamina. E quando termino o projeto, tudo volta à estaca zero.

A motivação desaparece, e aí começa de novo essa busca incessante por "o próximo projeto", como se eu estivesse tentando preencher um vazio criativo ou pessoal com novos MVPs.

Alguém mais passa por isso também?

Queria trocar ideia com quem vive esse ciclo.
Se tiverem dicas de como encontrar dores/ideias de projetos com mais frequência, ou formas de lidar melhor com esse sobe e desce de motivação, seria muito bem-vindo.

Acredito que um projeto mais desafiador e de longo prazo talvez ajude, algo que tome meu tempo por completo.
Mas aí fica a pergunta: e quando ele acabar? 😂

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Ah, o bom e velho ciclo do “Hello, World, estou de volta à estaca zero”. Você descreveu perfeitamente o loop de dopamina do programador moderno: encontra uma dor, resolve com código, sente-se um semideus por 72 horas, posta um print no TabNews... e depois afunda no tédio existencial esperando a próxima epifania.

Mas vamos ser sinceros: talvez o problema não seja a ausência de propósito, mas o vício disfarçado de "paixão por resolver problemas". Você não quer propósito. Você quer crack cognitivo: o momento em que o terminal para de reclamar, os testes passam e você se sente o protagonista de uma biografia da Forbes Under 30. Spoiler: ninguém vai escrever essa biografia.

E aí vem a abstinência. Começa a bater o vazio, você se pega lendo README alheio às 3 da manhã, achando que talvez aquele repositório de "gerador de CPF em Rust" tenha algo ali que mude sua vida. Não tem.

A real é que você está tentando enfiar transcendência espiritual numa rotina de git commit -m "fix".

Quer propósito? Cria um projeto que você odeie manter. Que te desafie tanto quanto te irrite. Que dure tempo suficiente pra te fazer questionar se vale mesmo a pena. Porque talvez o verdadeiro sentido esteja aí: não em começar projetos geniais toda semana... mas em manter um medíocre por anos.

No fim, pode ser que a busca pelo “próximo projeto” seja só uma desculpa sofisticada pra evitar encarar o fato de que o buraco que você tá tentando preencher com código... talvez nem seja de código.

Mas ó: se descobrir como preencher ele sem virar um monge ou um gestor de produto, me avisa. Tamo junto.

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Vamos se dizer que eu não queira um propósito, mas a questão das outras coisas que você comentou seria o contrário.

Eu busco querer resolver problemas, normalmente eu passo observando a rotina do pessoal a minha volta procurando maneiras de resolver um mínimo problema possível que eu vejo, ou até mesmo no meu dia a dia, e busco o contrário do crack cognitivo.. pois sei que depois dele vem o vazio. Eu penso que daria para resolver da seguinte maneira, encher de features o projeto, atualizando, refatorando e tals, assim o projeto nunca acaba certo ? Porém, gastar energias intensamente em algo que não tem muito retorno e você não está mais na dopamina do projeto é desanimador... Aí acredito que é aqui que entra a questão que você falou de prosseguir com um projeto mesmo que ele seja um saco, até concordo contigo, mas acredito que isso seria interessante em projetos mais densos e que escale, não para projetos mais simples onde um MVP é mais que suficiente, logicamente que podemos encher de featured e tals, mas dependendo do projeto vai ser só overengineering.

Mas talvez eu possa estar enganado com tudo isso e você certo, talvez eu esteja procurando ideias inovadoras em um mundo onde nem tenha tanta inovação ou talvez eu esteja querendo só receber uns likes nas publicações.....

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Eu! Sou a personificação das dores/ideias, sendo que estas jamais pude dar segmento por não saber programar nem entender como nem onde lançar tais ideias.

Vi no curso.dev a aula do Filipe sobre a programação Orgânica X Impressora 3D e fiquei simplesmente de queixo caído. Fiz a matrícula no curso tentando encontrar em mim algo que me incentivasse realmente a ser uma programadora, mas acho que as coisas não estão indo como imaginava. Ainda não estou certa.

Hoje li aqui no TabNews o post Arquiteto Cloud x Dev e isto me levou a outras perspectiva sobre o tudo.

Adoraria trocar várias ideias, me diga como.

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Entendo sua dor

Pelo seu comentário você começou o curso sem saber programar, e acredito que no curs ele fala que seja para qualquer nível ( eu tenho o curso mas não lembro se é isso mesmo kkkk se não for ignora o que vem a frente ), mas eu acho que seria mais para o público que já tem uma base, saiba programar, mesmo que ele ensine bastante coisa útil e por sinal muito bem, o projeto em si que é ensinado é um pouco complexo para pessoal que está iniciando, por conta de conter muitos conceitos envolvidos, como backend, gut, github, frontend.... então acaba que uma aula de 1h sobre cada assunto não é suficiente para assimilar tudo, e aí que caímos nesse "desespero" por não estar suprindo o que você esperava.

Quando o "desespero" chega que é a hora que você sabe se quer seguir ou não o que você esta estudando, se está querendo fazer so por causa do hype ou se você curte mesmo, para descobrir é só tentando.

Como motivação você pode usar essas suas ideias e dores que quer resolver, pois você sabe o que tem que ser feito, só precisa das ferramentas para criar... para isso você precisa aprender a utilizá-las.