O Mito do MVP e a Armadilha da Undiferenciação
Pessoal, como vi que muitos aqui criam SAAS e produtos, coloquei um post que fiz a 2 semanas atás!
Você já pensou sobre o que realmente significa "Viável" em Produto Mínimo Viável (MVP)? A maioria das pessoas entende que é um produto pelo qual os clientes pagarão.
Mas aqui está o gap:
Imagine comprar um carro. Você espera que ele tenha freios, faróis, limpadores de para-brisa e dezenas de outros recursos básicos. Ninguém compra um carro por causa dessas funcionalidades; elas são o mínimo esperado.
A Dificuldade do Fundador
Para um fundador que está construindo um carro novo, esses recursos básicos explodem o escopo do MVP. Você é forçado a construir tudo isso e ainda criar algo novo e diferente ao mesmo tempo.
O problema é que, ao focar na "viabilidade" de que "clientes só pagarão por um produto completo que tem todos os básicos", você acaba construindo um:
MUP: Maximally Undifferentiated Product
(Produto Maximalmente Não-Diferenciado).
Você gasta todo o seu tempo e recursos construindo o que o cliente já espera, sem entregar a novidade que o fará mudar.
A Solução: De Viável para Valioso
É por isso que precisamos refinar o V em MVP. Em vez de focar apenas na Viabilidade, eu passei a ver o MVP pela lente do Valor.
O novo MVP (Minimum Valuable Product - Produto Mínimo Valioso) não aborda apenas a viabilidade, mas também a Desiabilidade do Cliente e a Viabilidade Técnica.
Em outras palavras, o foco muda para duas perguntas cruciais:
Eles vão querer isso?
(Desirability Foco na diferenciação de valor)
Podemos construir isso rapidamente?
(Feasibility - Foco na execução enxuta)
Não construa um MUP. Concentre-se em entregar o valor único que fará o seu primeiro cliente dizer:
"Uau, eu preciso disso!", mesmo que ele ainda não tenha todos os 'limpadores de para-brisa'.