Seu comentário me atravessou. Porque é exatamente isso: a criação “inútil” hoje precisa de justificativa, quase como um pedido de desculpas ao sistema. Como se o simples desejo de explorar algo pelo prazer de entender, criar, existir… fosse uma afronta.
A gente aprendeu a pedir licença pra ser livre. E isso me inquieta também.
O GIZos não é sobre mercado, é sobre memória. Sobre não esquecer que ainda somos capazes de criar com intenção, com profundidade — e não apenas com foco em entrega. É sobre não deixar que a rotina nos anestesie a ponto de acreditarmos que viver é sinônimo de funcionar.
Talvez resistir hoje seja isso mesmo: cultivar o jardim quando todo o resto insiste em virar cimento.
Obrigado por esse comentário. De verdade. É esse tipo de troca que me lembra que não estou cavando sozinho.