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Por que mesmo com projetos pessoais fodas no ar (tipo um SaaS completo) eu ainda não arrumo emprego como dev?

Fala, galera do TabNews 👋

Tenho mais de 4 anos de experiência como dev .NET (trabalhei em algumas empresas, criando APIs, microsserviços, automações, OCR, aplicações do zero até eu mesmo subir em produção). Consigo várias entrevistas iniciais, mas nunca passo pra próxima etapa, tipo teste técnico ou conversa final.

Aí nas horas vagas eu ralei meses e lancei meu maior projeto pessoal até hoje: o ExtractLab , um SaaS de processamento inteligente de documentos brasileiros (NF, boleto, holerite, etc.) usando OCR + IA.

É full-stack de verdade:

  • Backend .NET 9 com Clean Architecture, Hangfire, SignalR, segurança corporativa (2FA próprio, BCrypt, rate limiting)
  • Microsserviço de IA em Python (Doctr + OpenCV)
  • Frontend Razor + Tailwind
  • Tá no ar, 100% gratuito por enquanto, arquitetura escalável...

Pra mim foi um laboratório insano: integrei ecossistemas diferentes, pensei em performance e segurança desde o dia 1. Acho que é um projeto "foda" pro portfólio, mostra que eu consigo entregar algo profissional sozinho.

Mas... na prática, isso não tá me ajudando a conseguir emprego. Recrutadores olham, elogiam, mas no fim não rola.

Perguntas que não saem da minha cabeça (quero opinião sincera de vocês):

  • Com 4+ anos + 2 projetos full-stack completos como esse no ar, ainda sou considerado júnior no mercado? Ou já dá pra mirar pleno sem medo?
  • Por que projetos pessoais assim não pesam mais na hora de contratar? RH ignora? Falta "experiência empresarial"? Mercado tá saturado só pra quem não é sênior?
  • O que mais tá faltando no meu perfil pra passar nas entrevistas? (LinkedIn: linkedin.com/in/m-gomesss/)
  • Alguém passou por isso e virou o jogo? O que mudou pra vocês conseguirem recolocação?

Desabafo tá aí, tô frustrado pra caramba.

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Sinceramente não sei, pois pra mim vc parece ter skills boas. Então eu vou apontar coisas q talvez possa estar afetando. Não sei se será a solução do problema, pois depende de cada empresa, de cada recrutador. Se existisse uma fórmula mágica, nem existiria processo seletivo. Então a única coisa q consigo te ajudar aqui é indicar o q vejo q vc pode melhorar e assim vc achar um jeito de se destacar.

Começando pela parte técnica:

  • primeiro q olhei seu github, dá pra dar uma melhorada nele. Pra mim a tela inicial está ótima, mas sabe qndo parece q seu github tá abandonado, msm sabendo q não tá abandonado? dá uma olhada no seu repository e veja quais foram seus últimos projetos. E não estou dizendo q vc não fez nenhum projeto, até pq vejo um monte de commit privado. E isso é o problema... Ao meu ver, qndo alguém ve seu github, não vai ser a pessoa do RH, aquela q não tem conhecimento técnico. Vai ser aquela pessoa q sabe o q está procurando. Como vc quer mostrar algo q sabe fazer sem ter algo pra provar? Claro q imagino q será uma minoria q fará isso, mas essa minoria ela irá ver seu código, sua documentação. Então talvez vc precise ter mais códigos disponíveis ali.
  • dá uma prioridade no README do seus projetos. O readme é a porta de entrada para entender sobre o q se trata o projeto. Se eu fosse alguém analisando um projeto, o mínimo q espero é saber sobre o q se trata o projeto e como vc fez ele. Afinal vc está usando esses projetos como portfólio, né? Sobre o projeto deu pra entender do q se trata, mas acho q poderia explicar melhor como foi feito. Tipo, falar sobre arquitetura utilizada e o pq, quais organizações utilizou, referências caso vc teve algum, se teve algo diferente ali q vale a pena destacar. Documentação é algo essencial na nossa área. Poucos focam nisso. (e não recomendo IA pra gerar o texto, pois dependendo de como é o texto, fica fácil ver qndo vc usa IA ou não. Eu não recomendo usar, pois vc é legal vc demonstrar sua capacidade)
  • cade os testes de unidade? de integração? nem vou estender nesse assunto.
  • revise seu currículo. Tem coisas q parece desatualizado.

Agora vamos falar da parte subjetiva. E lembre, eu não conheço vc, não leve pro lado pessoal. Eu me baseio em suposição, então se não for o caso, ignore. Ah, e não precisa responder pra mim, responda pra si msm, até pq são coisas pra vc refletir.

  • vc se considera júnior ou pleno? Eu sinto q vc está confuso nisso.
  • como é a sua forma de trabalho?
  • como vc se veste?
  • como vc fala? E seus gestos?
  • tem confiança no q fala?

Bom, pra mim vc já está conseguindo mais coisas do q qqr outro, ser chamado pra uma conversa inicial. Talvez seu problema esteja em como vc se comporta na entrevista. Mas isso é suposição. Por isso das perguntas, pra vc pensar em como se comportar nas entrevistas.

Outra coisa pode ser pq vc realmente não se encaixa no time, por isso vc pode ter sido "desclassificado". Até onde entendi, a empresa ela busca por alguém q tenha a msm vibe do time. Então normalmente a parte técnica é o filtro, a parte de entrevista é a escolha. Claro q isso não deve ser pra todos, eu sei q tem empresas q buscam só o lado técnico da pessoa. Então é uma possibidade q esse infelizmente vc não tem como controlar.

Tbm tem o efeito q estamos tendo hj. Excesso de iniciantes para poucas vagas. Não sei se é seu caso, mas o poder está nas mãos deles, pois se tem mta oferta pra pouca demanda, eles podem controlar quem eles querem contratar, assim eles afinam mais o filtro. Por isso saber se vender é uma coisa q está sendo obrigatória. Aquela parte q falei do github é uma delas.

Eu posso dar exemplo meu, claro q isso pode ser uma exceção, mas foi ela q me deu emprego. Ah, e antes dela só tive 2 entrevistas e recebi um monte de ghosting e nãos.
O q realmente me impulsionou pra chamar a atenção deles foi meu projeto de portfólio. Eu fiz um app exatamente para entrar na área. Nele eu foquei em ser algo diferente, mas q fosse de minha autoria, no sentido de não ser uma cópia de outro. Outra coisa é q foquei na documentação. E a terceira é colocar no ar. Eu conversei com eles depois de um tempo e eles disseram q gostaram mto do meu projeto, tanto q meu processo seletivo foi meio q... perda de tempo, kkkk. Pq eu fiz a prova e na entrevista eles simplesmente ignoraram ela, foram direto para me conhecer e me contratar (por isso eu acho q posso ter sido uma exceção).

Então assim, comece a mudar de estratégia. Comece a ver onde pode estar sendo o motivador pra não seleção. Infelizmente não é fácil msm, até eu odeio isso, e é algo q sempre irá existir, então não tem como pular isso.

Uma das coisas q vc pode procurar é QI (quem indica). É dificil pacas, pois exige a parte social e presença. Pode ir em eventos, pode entrar em grupos (não sei se vc já faz isso, e se sim, seja mais ativo). E parece q não, mas ser presente faz vc ter mais oportunidades.
E tem gente q faz até faculdade só pra ter contatos (atualização: acabei de ver q vc não fez faculdade. Talvez esse possa ser um motivo tbm das pessoas te filtrarem, pois dependendo da empresa, faculdade é um grande diferencial, e não q goste disso, mas é como funciona nas maioria das empresas BR).

Bom, imagino q eu consegui ter dado uma noção do q vc pode ajustar (isso se precisar, vai q não precisa) e tbm alguns motivos de não estar conseguindo q está fora de sua alçada. Agora a unica coisa q vc pode fazer é... fazer algo, ahahaha. Ficar parado é q não dá. Boa sorte ai na sua caçada e espero q consiga logo, pq ficar sem renda nesse país é complicado.

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Fala Matheus, eu vou te dar alguns feedbacks e algumas visões de alguém que já passou por todos os níveis até CTO. Vai ser longo haha

Verdades duras:

  1. A maioria do mercado brasileiro não se importa com o quanto você sabe de uma linguagem;
  2. O time de Recursos Humanos não fazem ideia do que você está falando quando entra no modo técnico;
  3. Self-employed não conta como experiência válida, e;
  4. O que você faz, qualquer um faz.

Não desanima, ok? Meu intuito não é te botar pra baixo, mas te falar o que provavelmente nunca te falaram ou quebrar um sonho que te venderam de forma irreal. Além de te mostrar como o mercado te enxerga. Isso não é absoluto, ok? É só uma experiência que quero compartilhar com você pra te elucidar.

A contratação ela é uma estratégia de venda como qualquer outra, mas a diferença nisso é que você está vendendo seu tempo e suas habilidades. Então perfis de desenvolvedores do tipo "não encosta senão eu mordo", não serão contratados tão cedo.

Talvez um alivio: Por outro lado, o mercado americano já é mais focado em profissionais especialistas, com foco absurdo em uma linguagem ou ponto técnico específico (além de brasileiros serem 6x mais baratos). Agora vem a pergunta, como está o seu inglês? (Por isso o "talvez").

Vamos voltar ao mercado Brasileiro e explicar agora o que realmente acontece, dividido por tópicos.

Empresa contratante:

Geralmente existe um budget máximo para uma vaga e, para empresas pequenas, toda redução de custo é necessária, já para grandes empresas, toda redução é bônus para quadro de gestores, diretores e sócios.

No fim, os perfis escolhidos são SOMENTE os que estão dentro da faixa aceitável para pagamento.

Se uma vaga para pleno for, supondo, R$ 7.500,00 - o candidato que cobrar menos, leva. Se dois candidatos pedirem o mesmo valor, então temos o segundo filtro: Skills.

Recursos Humanos

Não estão preocupados com o seu nível técnico e, na verdade, não fazem a menor ideia da sopa de letrinhas de dev que você (e o mundo) rasga na frente deles com o peito estufado.

Um ponto importante: O RH sempre que olhar o seu perfil, vai se questionar o motivo de você estar tanto tempo desempregado. Isso pra eles é uma red flag, infelizmente.

Eles funcionam da seguinte forma:

  1. Realizam o hunting baseado em critérios onde gestores ou áreas demandantes solicitam.
  2. Encontram os candidatos com esses critérios.
  3. Organizam entrevistas.

E qual é o flow na entrevista?

  1. Validar se realmente você é o que estava no seu currículo e, pasme...
  2. Filtrar você como pessoa profissional.

Nessa etapa, eles estão preocupados em te encaixar no budget, ao mesmo tempo tentando entender se você tem soft skills boas de comunicação, se está bem arrumado e combina com o ambiente, se tem estudo, se não fala "elado", etc.

O candidato que tiver a melhor comunicação, já está à frente da grande maioria.

Uma coisa que nunca mudou no mundo (e não vai mudar tão cedo): Primeira impressão conta e a aparência importa.

Você já viu algum posto de gasolina só com mulheres trabalhando? Geralmente de calça legging? Ou até mesmo empresas SaaS com o time comercial só de mulheres? Se você reparou e entendeu o motivo, você já entende como funciona o jogo. Não corroboro, então não estenderei esse assunto, mas é só pra te confirmar o que estava acima: Aparência importa.

"Ah eu sou feio, então ja era" Não, não é isso hahaha é vestimenta e postura. Você não vai de regata num jantar a luz de velas e também não vai de terno na feira.

E empresa pequena? Startup?

O cenário muda. Agora você pode ser techniquês SE quem te entrevistar for técnico. Nessas contratações, o budget é extremamente importante, já que são empresas que não tem margem pra brincadeira.

Então como é definido? Preço e "o santo bater". Sim, é pessoal. Já vi vários gestores falando exatamente isso: "Eu gostei dele. Parece gente boa" e isso significa que você já foi contratado na mente dele, só você não sabe. Claro, isso pode mudar, pode surgir alguém que se encaixe melhor nas necessidades, cobre menos, etc. Ou até mesmo encante tanto quanto no aspecto pessoal.


Agora vamos falar de você diretamente, só olhando de forma analítica o seu perfil do linkedin:
Ps: "Ah, meu perfil não ta atualizado" Então você já começou errado.

  1. Você só tem um ano de experiência comprovada. Você não é pleno. Pleno é plenitude de conhecimento, não só em linguagem, mas em negócios e solução de problemas. Linguagem é só um meio pro resultado. Esse termo linguagem existe justamente por isso, é a forma como você comunica com o computador, ou seja, traduz requisitos DE NEGÓCIO pra máquina.
  2. Você não tem faculdade, isso pesa bastante pra grandes empresas (ou só não cadastrou no LinkedIn). O motivo na visão deles? Você não é tão valioso quanto quem consolidou estudo + trabalho. Isso, pra alguns contratantes, mostra disciplina. Faculdade não é commodity, é conhecimento E networking. O foguetinho roxo não te coloca perto de quem fez faculdade. Nesse caso, não perca tempo. Faça nem que seja uma uniesquina e depois aprimore com pós graduações e continue o fluxo.

Se o texto todo já tava ruim, agora vai ficar mais difícil...

Sabe o motivo dos recrutadores te elogiarem e não contratarem? Vamos supor 1 deles e deixo a seu critério definir:

  • Você está cobrando caro demais pelo o que seu perfil mostra.
  • Você declara estar desempregado e não possui estudo.

Qual dos dois você acha que estou supondo?

Eu sei que nada disso do que eu escrevi até agora te traz conforto, mas minha ideia aqui é justamente essa. Você realmente precisa se sentir desconfortável e tomar alguma ação pra contornar isso. Seu código, plataformas, etc, não estão funcionando, mude a rota.

Seu preço ta muito alto se alinhar ao perfil do linkedin? Talvez, então desça o degrau. Profissionais empregados tem maior visibilidade e vou te dar um feedback que já ouvi de 3 RHs distintos: "Dev bom não fica desempregado" ou, pior: "Se está desempregado, tem algum problema ai". Não concordo com ambas as frases, mas faz parte do jogo.

As vezes nem tem problema, o mercado está menos aquecido que uns anos atrás, a bolha estourou, não tem espaço pra todo mundo, mas o processo de contratação não olha pra isso.

Bom... Talvez o problema não seja o mercado de trabalho... talvez.


O que eu encaro como possíveis soluções pra você:

  1. Se não tiver um inglês B2+, começa por ai e mira no mercado externo. Você tem que se destacar de alguma forma e esse é um caminho "mais fácil" de seguir.
  2. Você pode definir uma nova estratégia pro curto prazo: Baixar pretensão salarial drasticamente e conseguir entrar em uma empresa. Nesse patamar, você pode escolher crescer dentro da empresa ou usar de escada para ganhar experiência e pular para outro desafio.
  3. Estudar para entrar com bolsa em uma Universidade ou pagar uma uniesquina mais em conta, isso já vai te colocar num patamar acima dos outros candidatos. Você pode não ter experiência na área, mas tem estudo.
  4. Não crie amores por uma linguagem ou exacerbe o seu ego. Elas são só um meio. O conceito é o que realmente importa. Então estude outras linguagens: Java, Python, JavaScript, TypeScript, etc... As vezes um leque maior se encaixa numa especificidade que ninguém mais consegue cumprir.

Essas dicas não são fórmulas mágicas.

Agora sobre o mundo real, pode ser que isso não funcione. Pode ser que nunca consiga entrar em tech e isso faz parte do mercado e da vida. Eu evito romantizar essas questões. O mundo lá fora é bem mais difícil e você sabe disso. As pessoas não possuem as mesmas instruções de ensino, dinheiro, família, suporte... É difícil.

MAS, PORÉM, NO ENTANTO, TODAVIA (momento coach blergh)

Você precisa continuar tentando, mudando as estratégias, estudando, lapidando. O melhor do humano é a adaptabilidade.

Se você não começar os estudos numa universidade, se você não começar a mudar as estratégias, se você não começar a aprender inglês... Tudo vai parecer muito difícil. Depois que começa, fica fácil. Depois que você pega o SaaS e sai fazendo, vai ficando cada vez mais fácil.

O mais difícil é começar.


Sinta-se livre pra me criticar, xingar ou simplesmente conversar. Estou aqui pra ajudar e, as vezes, a ajuda precisa ser mais dura do que imaginamos.

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Cara, entendo bem. Tenho 3 anos de experiencia com freelances e ao todo 4 anos de estudo e tambem não consigo arrumar emprego, até mesmo cheguei ao ponto de desenvolver uma biblioteca (que inicialmente seria um backend) que gera api e faz o envio com funilamento streams para escalabilidade e mesmo com um git bonito e todo documentado e com um linkedin atualizado não consigo encontrar vaga (mesmo batendo 90% dos requisitos das vagas), o que tenho feito é sendo ousado e aplicando para pleno como já tenho experiência com freelance e projetos proprio.