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🐍 "Python Não Presta"

Então Explica Por Que o Mundo Inteiro Usa

🤔 Por que essa birra contra o Python não faz sentido nenhum

De tempos em tempos, alguém aparece decretando a falência de uma linguagem. Já foi com o Java, já foi com o PHP (spoiler: ainda roda uma porrada de sites e ganhou fôlego novo com o Laravel) e agora o alvo da vez é o Python. A frase da moda é: "Python não presta".

Sério mesmo? 🧐 Então todas as empresas, universidades e projetos open source que rodam Python estão errados… e o YouTuber do clickbait tá certo?

🎯 Quem Fala Que "Python Não Presta"?

Geralmente vem de três grupos:

🚀 1. Os obcecados por velocidade – vivem de benchmark. Pergunta sincera: quantos negócios no planeta precisam lidar com milhares de requisições por segundo como Google ou Netflix? A maioria esmagadora das empresas roda muito bem abaixo disso — e nesse patamar, Python resolve com folga.

🌈 2. Os caçadores de hype – trocam de linguagem toda semana, antes mesmo de aprender a usar bem a anterior. Acham que se não for a "nova queridinha do Hacker News", não serve.

⚡ 3. Os desenvolvedores sérios com necessidades específicas – e olha, esses têm razão. Se você tá construindo um sistema de trading de alta frequência, um driver de hardware, ou precisa de concorrência real pesada, Python não é a melhor escolha. E tá tudo bem admitir isso.

📊 Popularidade + Mercado = Difícil Ignorar

Python aparece entre as linguagens mais usadas do mundo em praticamente todos os rankings (GitHub, Stack Overflow, TIOBE).

E a demanda no mercado acompanha:

  • 🇧🇷 Brasil: milhares de vagas abertas que exigem Python em diferentes níveis
  • 🇺🇸 Estados Unidos: centenas de milhares de posições ativas listando Python como skill necessária

Ou seja: se "não presta", por que o mercado está contratando tanta gente que domina Python?

🔗 O Universalismo do Python: Um Stack Que Não Te Abandona a Cada Hype

O poder do Python não está só na linguagem em si — está na capacidade de se conectar com tudo que você precisa para construir soluções completas.

  • 📊 Python + SQL → manipula dados, bancos e relatórios sem dor de cabeça
  • 🌐 Python + Front-end → FastAPI ou Django no back, React/Vue no front: aplicações web completas, modernas e escaláveis

O resultado? Um combo poderoso e estável que te permite construir soluções reais do início ao fim sem ficar correndo atrás da framework da moda toda semana.

🐢 Lentidão Não É Inutilidade

Pensa no seguinte: você vai fazer a compra do mês com a família. Vai de Ferrari 🏎️, que é linda e veloz, mas não cabe nem o carrinho de bebê? Ou vai de carro familiar 🚗, que pode não acelerar tanto, mas leva gente, sacolas e até o fardo de papel higiênico sem drama?

Python não é a Ferrari da performance — e nem precisa ser. Ele é o carro que resolve a vida real.

E quando você realmente precisa de velocidade? NumPy, pandas, PyTorch — todas escritas em C/C++. Você escreve Python e roda código compilado por baixo dos panos. É literalmente ter o melhor dos dois mundos.

🚨 As Críticas Que Fazem Sentido (Sim, Elas Existem)

Olha, vou ser honesto: Python tem limitações reais e fingir que não existem é desonestidade intelectual.

🔒 GIL (Global Interpreter Lock): Limita concorrência real com threads. Se você precisa de paralelismo pesado, vai ter que usar multiprocessing (mais pesado) ou considerar outra linguagem.

🕵️ Tipagem dinâmica: Em projetos grandes, pode virar bagunça. Por isso surgiram ferramentas como mypy e type hints — reconhecendo o problema e oferecendo solução.

📦 Packaging: Historicamente foi uma dor. Melhorou muito com Poetry e uv, mas ainda não é perfeito.

⚡ Performance bruta: Sim, é mais lento que linguagens compiladas. Não dá pra negar.

E sabe qual a diferença entre um desenvolvedor maduro e um fanboy? O maduro admite as limitações e escolhe a ferramenta certa pro problema. Muitas vezes é Python. Às vezes não é.

🏆 Por Que Python Continua Prestando

O que sustenta uma linguagem não é a sintaxe bonitinha, mas o ecossistema e a comunidade. E nisso o Python sobra:

🤖 IA e Data Science: pandas, NumPy, PyTorch, TensorFlow, scikit-learn — o domínio é absoluto.

🌐 Web: Django (maduro, robusto), FastAPI (moderno, rápido), Flask (flexível).

⚙️ Automação: de scripts DevOps até raspagem de dados, passando por testes automatizados.

🎓 Educação: ainda é a porta de entrada de milhões de novos programadores por ser legível e ter curva de aprendizado suave.

🔄 Versatilidade: da análise exploratória no Jupyter até APIs em produção, passa por automação de planilhas e scripts de sistema.

Quando startups, multinacionais e universidades dependem de você, é difícil dizer que "não presta".

💡 A Pergunta Que Importa

Não é "Python presta ou não presta?". A pergunta certa é: "Qual ferramenta resolve MEU problema específico?".

Precisa validar uma ideia rápido? Python. Quer entrar em IA/ML? Python. Tá montando um sistema de baixa latência pra mercado financeiro? Talvez C++ ou Rust sejam melhores.

E se você consegue criar MVPs rápidos, automatizar processos chatos, trabalhar em áreas que estão explodindo de vagas como IA e dados, e ainda assim ter código legível que qualquer um entende... a resposta já tá dada.

✅ Conclusão: Maturidade > Fanatismo

Python não é perfeito. Nenhuma linguagem é. Mas é extremamente útil pra uma gama gigante de problemas reais.

Os que ficam brigando por linguagem geralmente são os que têm pouca experiência resolvendo problemas de verdade. Quem trabalha de verdade sabe: às vezes você usa Python, às vezes Go, às vezes JavaScript. O que importa é resolver o problema e entregar valor.

Então sim, Python presta. Assim como Go, Rust, Java, C# e tantas outras. Cada uma com seus pontos fortes e fracos.

E você o que acha?

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Acho que o pessoal diz que Python nao presta mais pelo meme, ta ligado?

Penso que ser fanboy de linguagem de programacao eh um dos piores habitos que um programador pode ter (na minha humilde opiniao).

Aqui na empresa demos o kick start com inteligencia artificial usando diversas POCs com Python e Ollama, sinceramente fiquei pasmo com a facilidade que eh desenvolver algo que soluciona uma dor de uma forma tao simples, acho que nem em Golang eu poderia fazer algo parecido ashuahsaushs.

Otimo post!

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Falar q não presta é forte demais, mas tb não gosto.

Sobre ponto de performance em específico: Concordo, geralmente na maioria dos casos de uso, não são os milhões de TPS a mais q um .net da vida tem nos benchmarks que farão a diferença real.

Geralmente a maior parte das lentidão de software corporativo estão no tempo de espera de serviços externos (dbs, cache, apis, arquivos, etc), do q em processamento bruto. Embora performance de Python me incomode, não uso isso como muleta pra não usar.

Sobre "capacidade de se conectar com tudo que você precisa para construir soluções completas."
Isso é o básico, qualquer linguagem q se preze oferece isso. Sem isso já estariam mortas de verdade. Não considero isso um ponto positivo válido na análise.

Sobre popularidade
Popular sim, mas popularidade não siginifica ser bom, significa apenas que caiu no gosto popular - se as pessoas são qualificadas pra analisar se é bom, ou se estão apenas seguindo a manada, é outra história. Muita coisa ruim é popular - músicas, filmes, programas de tv, e tecnologias tb.

Mas acho q a simplicidade de criar um script, instalar pacotes e executar; aliado a baixa verbosidade de codificação, foram fatores importantes, válidos e realmente bons para o aumento da popularidade.

Issi colaborou pra ser uma porta de entrada no ensino de programação, e contribuiu muito pra popularidade.

Agora, meus pontos sobre não gostar
Venho de paradigmas orientado a objetos e tipagens fortes (C# como principal lang). Meu primeiro contato com Python foi por volta de 2010 pra aprendizado, fiz uns cursos, e na época não gostei. Depois no decorrer da vida, só pra coisas simples, como lambas, pequenas automações e pipelines. Agora recentemente começei um projeto Python devido a frameworks de Gen IA onde ele está realmente a frente das outras langs. Dessa vez criando um sistema corporativo, com perspectiva de uso por 5k de users únicos por dia, e 20k mensal em média. Minha opinião atualizada: Achei uma experiência de desenvolvimento horrível.

Meus pontos:

  • Tipagem fraca pode ser bom pra início, mas se torna facilmente um incômodo (mesma treta do js). Problemas q pegariamos em tempo de build, só aparecem em tempo de execução ou no teste automatizado se cobrir tudo (q é muito trampo). Isso força mais nossa cognição no dia a dia.
  • Intellisense infere muita coisa q não funciona devido ao problema de tipagem, e novamente, só vemos em tempo de execução.
    • Exemplo: Um método q recebe um argumento tipado, mas um dos locais q chama manda um dict por engano, e outro local manda o objeto. Isso funciona, mas dependendo das funções utilizadas internamente, pode dar erro.
  • Mutação da estrutura de classes: Isso de permitir definir/excluir atributos dinamicamente no objetos além dos definidos na classe é um ponto periogoso para desorganização.
  • Lentidão para startup de projeto em debug: lentidão pra iniciar o projeto FastAPI em modo debug é irritante no dia a dia - Não sei se é coisa do meu setup, mas percebi a lentidão a partir do momento q começei a usar fastapi.
  • Muito dos benefícios q muita gente exalta, não passam de wrappers em cima de outros projetos compilados nativamente para o SO; e, q na maioria dos casos tb possuem wrappers para outras linguagens (ex.: tesseract para ocr, opencv para imagens, sphinix para audio, etc..). Sendo, os ports das langs fortemente tipadas mais intuivos de usar.
  • Muito sobre a baixa verbosidade tb exaltada como benefício, no fim são design de classes e libraries, não méritos sintático da linguagem.
  • Embora performance bruta não seja meu principal fator, o mal suporte a mutli-tread, não aproveitando arquitetura de cpu multi-core de hoje em dia, é um forte ponto contra. Nao digo nem pra um processamento bruto de um job pesado em cpu, mas para performace várias pequenas coisas paralelas em ambientes de alta concorrência. Isso pode afetar bem o workload.
  • Outra coisa q me incomoda bastante é o gerenciador de dependências muito fraco. O pip install adiciona pacotes ao ambiente global, e não ao projeto. Então o dev desavisado atualiza um pacote em outro projeto, e tem impacto global. Depois esquece de atualizar o requerements.txt. Tb não há uma boa experiência para salvar novos pacotes no requerements.txt. Sei dos ambientes virtuais do pyenv/venv pra resolver conflitos, mas em geral, é uma estrutura arcaica, e que demanda outro aprendizado extra (aqui aquela facilidade inicial do contato com a linguagem, começa a se complicar). Outros gerenciadores de pacotes e build como nuget, mavem, gradle já resolvem de forma melhor e intuitiva.
  • Mal planejamento de retrocompatibilidade: Quem é mais velho provavelmente tem um rancor guardado das breaking changes das versões 2.7 pra 3.x kkkk.
  • Também senti falta de "syntax sugars" como:
    • operadores ternários (fáceis de concatenar várias operações)
    • colaescing operator
    • pattern match um pouco verboso pra condições complexas.

E, pra falar uma coisa boa q gostei: Curti o conceito de "union" pra informar que um argumento pode assumir N tipos de dados diferentes. E, estou pensando se considero falta de overload de métodos como algo ruim, ou se union vai me fazer não achar isso incômodo.

Pra finalizar: Como dev, gosto de contratos fortes, explícitos, q deixam claro o propósito do desenvolvimento, e evitam desvios acidentais. Digitar mais código por isso não é um malefício na minha filosofia - e, apenas se muletar em cima de verbosidade de código pra dar hate na lang, tb é apenas uma visão míope da situação.

#paz kkkk

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o pattern matching do python é absurdamente poderoso, você consegue validar absolutamente qualquer coisa que você pode imaginar.

o python possui operador ternário: x if condition else y. Se tu tá usando ternário pra algo além de uma coisa ou outra, você está errado e não deveria estar fazendo isso.

colaescing operator realmente faz falta.

Mal planejamento de retrocompatibilidade: É isso que se chama breaking changes. quando você evolui da 2.x.x para 3.x.x as mudanças quebram a compatibilidade, manja? é assim que funciona kkkkk, qual a surpresa?

Sobre o gerenciador de pacotes. Se te incomoda use outro gerenciador, o python tem vários. pip serve tranquilamente pra projetos pequenos/médios. Só saber usar.

Sobre o python não ser verdadeiramente multi-thread, esse assunto ja é antigo e o python está mudando, o problema é que as libs foram criadas usando esse bloqueio do interpretador para deixar seguro o acesso à shared states. Se fosse simples só desligar o bloqueio, isso teria sido feito à anos.

baixa verbosidade: não entendi se isso é uma critica ou um elogio

Ninguém, absolutamente ninguém está surpreso que o python é um frontend de outras linguagens.

Lentidão de startup, tu vai ter isso em absolutamente qualquer projeto de qualquer linguagem. Compila um projeto em rust, go, etc. Vai ser lento igual ou até mais. A gente até pode discutir sobre o startup em ambientes produtivos, mas se tu precisa construir e destruir o ambiente na sua maquina, tu vai ter um baita trabalho com qualquer linguagem. Até pode ser mais rápido em alguma linguagem compilada, porém eu duvido que no mesmo tempo gasto, tu consiga ser mais produtivo do que em python.(A não ser que tu seja um idoso com 50 anos de C).

O python tem varios type checkers pra você usar, tu deveria dar uma estudada. O sistema de tipagens do python está ficando cada vez mais robusto. Se tu precisa daquelas mensagens visuais que um lsp mostra no editor quando há incompatibilidade de tipos, tu consegue isso facilmente em python.

Mutação da estrutura de classes: ou você sabe o que está fazendo ou você não sabe. É assim que o python pensa.

pra finalizar a questão da tipagem: tu quer fazer um script simples? não coloque tipos. quer fazer um sistema mais complexos? coloque tipos. Simples assim.

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Muito dos benefícios q muita gente exalta, não passam de wrappers em cima de outros projetos compilados nativamente para o SO; e, q na maioria dos casos tb possuem wrappers para outras linguagens (ex.: tesseract para ocr, opencv para imagens, sphinix para audio, etc..). Sendo, os ports das langs fortemente tipadas mais intuivos de usar.

Muito obrigado, eu esta procurando por isso!

Python é magnitudes de diferença em questão de desempenho comparado a linguagens compiladas, a velocidade do Python é na verdade c/c++ com bindings para o CPython.

A minha visão sobre Python é:
Desenvolvedores C/C++ cansaram da verbosidade e complexidade para atividades simples.
Eles criaram uma casca sobre toda essa complexidade, o Python.
Agora eles continuam programando em C/C++ e portam suas libs para Python.
Assim o código cliente é menos tedioso e a lógica negocial complexa é escrita e compreendida muito mais facilmente.
O desempenho está em C/C++, a regra negocial em Python e todos viveram felizes para sempre.

Dito isso quem usa Python achando que é o santo graal e quer fazer um sistema completo nele tá dando um tiro no próprio pé.

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📦 Packaging

Quem nunca teve uma build EM DOCKER que do nada parou de funcionar em produção sem alteração de código e precisou ser refatorada da noite para o dia?

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seu requirements.txt está com alguma lib sem a versão específicada? Se tu quis montar seu requirements.txt na unha sem dar o pip freeze, é isso que acontece. Vai quebrar.

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FROM python:3.13-slim AS builder

WORKDIR /app

RUN apt update && \
    apt install -y supervisor freeglut3-dev libglib2.0-0 libsm6 libxrender1 libxext6 \
    && apt clean

COPY requirements.txt requirements.txt
RUN pip install --no-cache-dir -r requirements.txt

COPY . .

CMD ["supervisord", "-n", "-c", "/app/supervisord.conf"]

sim, até porque existe uma forma de instalar bibliotecas sem update ...

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Porque usar supervisord em container de aplicativo? Geralmente containers executam um unico processo, pode ser que tenham processos pendurados no seu container por causa do supervisord.

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porque é um container de workers, cada container tem 5 processos rodando simultaneamente.

pode ser que tenham processos pendurados no seu container por causa do supervisord.

Não, a cada X horas o processo é morto e sobe um novo e, claro, fico monitorando os recursos dos servidores

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Não vejo essa frase da moda. Na verdade minha observação é que está menor do que já foi. E está menor que várias outras linguaguagens. E Python tem lá seus defeitos, como toda linguagem, e com o tempo e a pessoa vai se aprofundando mais vai descobrindo novos defeitos. Quem não se aprofunda na computação, não entende o todo, e não se aprofunda de todos os mecanismos que uma linguagem oferece, não consegue fazer uma boa avaliação, e geralmente cai em algo extremamente opinativo e sem muita sustentação, seja uma avaliação positiva ou negativa.

Na verdade, para entender melhor seria bom dar uma lida em https://www.tabnews.com.br/maniero/faq-do-programador-perdidao.

A forma coo coloca os 2 grupos mostra um viés e já coloca de uma forma como se esses grupos estivessem fazendo algo errado e quem não está neles é que são "os certos". Pois bem, na verdade só tem dois grupos dos que falam que Python não deve ser usado ou não presta, e essas duas formas de qualificar já é indício de qual grupo a pessoa pertence. Se ela fala que Python não presta é do grupo das pessoas que não tem a menor ideia do que está falando. E as que sabem onde Python deve ser usado ou não, e tem vários lugares que não deve, mesmo que funcione, e quem tem viés ou não domina a computação, não sabe como agregar valor ao negócio da melhor forma, acaba não sabendo fazer essa escolha e vai escolher usar ou não usar pelos motivos errados, novamente, pode "atender" a necessidade ou não, pode ser o melhor ou não. Somente pessoas com amplo domínio da computação, mente orientado à ciência e experiência sabe fazer a escolha certa. É aquela pessoa que nem defende e nem ataca tecnologias, mas expões defeitos e anuncia qualidades, quando for pertinente. Em geral é mais importante falar dos defeitos porque são eles que morderão sua bunda um dia.

Mercado não define se a linguagem presta ou não. O argumento do mercado não se sustenta porque ele é volátil e oferta e demanda tendem a se alinharem e sempre acaba indo mais para um lado ou para outro. Há um hype grande para as pessoas irem para JS, tão grande que é uma das tecnologias mais difíceis de conseguir uma vaga, apesar do mercador enorme. Mas daqui um tempo se alguém ler isso aqui, pode percewber que já não é mais assim. Ainda que não veio a frase "Python paga as contas". Essas é uma das frases mais estúpidas já ditas por algiém, porque todas as linguagens pagam as contas, algumas são mais agradáveis que outras. Mas o que conta no final, em termos de valor a receber ou agradabilidade ou ainda se a pessoa consegue empregos mais facilmente, é mais a pessoa do que o todo, não podemos universalizar isso.

A seção de universalismo vale para quase todas as linguagens mainstream, não tem diferencial aí. Vale até para JS que é a única stack que sai framework novo quase a cada dia, mas na prática, nenhum vinga mais.

Lentidão é aceitável ou não depende de cada projeto. Muitos projetos começam aceitando e um dia descobrem que o requisito mudou, aí até pode dar conta, mas vai gastar muito mais e ter que fazer adaptações complexas. Em computação em nuvem, mobile e outros cenários não é questão de ser rápido ou não é de gerar custo ou não, de acabar com a bateria rápido ou não, de atender a expectativa do usuário pelo resultado ou não. Não é fácil decidir por isso, a não ser que tenha outros fatores que se somam a este e torna mais fácil, 7x1 é mais fácil de dizer o que é superior do que 4x4 (embora em alguns casos esse 1 pode ter um peso tão grande que ele pode bater os outros 7, tem que tomar cuidado com isso).

Bom mostrar que tem deficiências, tem várias outras, algumas mais pontuais, algumas decisões erradas, tem que analisar que a linguagem tomou um rumo que desagradou até seu criador e ela não evolui de forma tão bem gerida como antes (embora não seja tão trágico quanto algumas outras linguagens).

Python pra mim é para fazer scripts, alguns até mais poderosos, mas não para aplicação, embora algumas quase se confundem com aplicações. Acho Python um salto quando a pessoa não está mais conseguindo fazer algo no Excel ou até um Power BI. Não tenho nada contra programadores sérios usando Python, porque ela pode ser útil em cenários mais de desenvolvimento de software, mas eu vejo Python mais usado por "não programadores". Note que não estou dizendo que só ou "não programadores" deveriam usar, desenvolvedores podem se dar bem com Python em muitos cenários, mas aí Python já não tem tantos pontos fortes, é só fazer uma análise sem viés, com experiência, talvez usando a técnica SWOT. Para scripts nem precisa pensar muito, Python ganha fácil.

Devemos tomar cuidado com o "se tais instituições usam, então deve ser bom". Isso não se sustenta, isso não tem valor para seus casos. É como microsserviços, serve uma p um ou outro caso, e quero reforçar que é um ou outro, mas uma quantidade brutal de organizações está adotando só pelo hype. Ter adoção não é o mesmo que ter qualidade.

É verdade que o certo é adotar a ferramenta certa para o problema, e isso envolve muitas vezes aspectos mais políticos do que técnicos, e o fato de você ser e sua equipe serem bons em uma linguagem tem um pes o enorme, não tem nada de tão errado assim em adotar algo porque você gosta, desde que saiba que está fazendo por esse motivo e não seja uma discrepância tão grande, e entenda que terá algumas deficiências que não teria com outra ferramenta, mas que elas são aceitáveis para o projeto.

Existe um certo mito de que toda tarefa tem uma solução ideal e isso é inexorável. A melhor ferramenta para a tarefa é uma pergunta simples de fazer, mas muito difícil de responder certo.

Muitas vezes a solução ideal passa por linguagens que são boas em vários pontos, mas não perfeita em um deles. Então Java, C#, Kotlin, Swift, Go, entre outras pode ser a solução meio termo ideal. Tanto que são linguagens que geram muitos empregos, diferente de C++ ou Rust que estão aí para projetos muito específicos, a comparação de Python com essas últimas não é nem justa, tamanha a diferença de características.

S2


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui).

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Suas observações se alinham bastante com o que apresentei no texto — especialmente a ideia de que nenhuma linguagem é perfeita e que maturidade é reconhecer as limitações e aplicar a ferramenta certa para cada caso. Python realmente tem defeitos, como qualquer linguagem.

Entendo seu ponto sobre a divisão dos grupos, mas meu texto também considera o grupo maduro, aquele que sabe onde Python deve ou não ser usado. Ressalto isso em duas partes distintas do texto.

"Os desenvolvedores sérios com necessidades específicas – e olha, esses têm razão. Se você tá construindo um sistema de trading de alta frequência, um driver de hardware, ou precisa de concorrência real pesada, Python não é a melhor escolha. E tá tudo bem admitir isso."

"E sabe qual a diferença entre um desenvolvedor maduro e um fanboy? O maduro admite as limitações e escolhe a ferramenta certa pro problema. Muitas vezes é Python. Às vezes não é."

Quanto ao viés, ele está presente em praticamente tudo: desde a escolha de uma camisa até a pauta de um jornal, mesmo as decisoes que tenham critérios mais técnicos definidos. Nenhuma decisão é completamente neutra, e reconhecer isso não diminui a validade de uma análise; ao contrário, ajuda a torná-la mais consciente e fundamentada.

Na minha opinião, o mercado que contrata e produz aplicações profissionais e comerciais é quem realmente define a utilidade de uma linguagem, por meio da demanda que gera.

Apesar das mudanças e do hype, nao considero o mercado volatil, pois a sobrevivencia da empresa depende em gerar valor. Volatilidade so traz retorno em mercadoespeculativo. Vejamos algumas linguagens que desde que foram lancadas sao o eixo principal da sua area de atuacao:

SQL, lançado em 1974

HTML, lançado em 1993

CSS, lançado em 1996

JavaScript, lançado em 1995

Nao consigo citar em nenhum momento dos 30 anos que essas linguagens foram lancadas que o mercado tenha adotado outras por hype.

Concordo que todas as linguagens podem, teoricamente, ‘pagar as contas’, mas na prática algumas cumprem esse papel muito melhor do que outras. Por exemplo, SQL têm muito mais relevância, vagas e demanda do que linguagens antigas e que so existe em sistema legado, como COBOL ou Pascal. Comparar linguagens ativas com essas mostra que a utilidade da ferramenta não é só teórica: é também determinada pela aplicabilidade real no mercado.

Acredito que a universalidade das linguagens que citei (SQL, HTML, CSS e JS) existe justamente porque são mainstream há muito tempo. Estarem consolidadas há várias décadas permite que sejam usadas de forma consistente em múltiplos contextos, com ecossistemas robustos e integração confiável. E, na minha crença, o Python também se tornará uma linguagem universal, devido à sua simplicidade e a forma como se conecta com essas linguagens e se torna a preferencia em novos paradigmas, como IA.

Concordo que a 'lentidão' é relativa ao contexto do projeto. Parâmetros de benchmark que podem parecer lentos em comparação a linguagens compiladas podem ser totalmente aceitáveis para negócios com menor demanda. Não é necessário ter capacidade para responder a 10 mil requisições por segundo se o seu sistema não precisa disso, por nao have demanda prevista no medio prazo.

É verdade que Python tem deficiências e algumas decisões polêmicas ao longo do tempo, e que até o próprio Guido van Rossum já expressou insatisfação com certos rumos da linguagem. Mas vale lembrar que isso é comum em projetos grandes e complexos. Por exemplo, Linus Torvalds já demonstrou frustração com algumas direções do kernel Linux, mas isso não diminui o fato de que o Linux continua sendo extremamente robusto, amplamente adotado e evoluindo de forma consistente. Da mesma forma, o fato de Python ter desafios ou decisões criticáveis não invalida seu uso e sua relevância nos projetos certos.

Respeito sua opinião sobre Python ser mais adequado para scripts, mas essa visão ignora o ecossistema e o uso profissional da linguagem. Frameworks como Django e FastAPI permitem construir aplicações web completas, escaláveis e manuteníveis, cobrindo praticamente qualquer necessidade de backend, APIs ou integração com bancos de dados.

Empresas conhecidas que usam FastAPI:

Uber: No framework Ludwig para ML, para servir modelos de forma rápida e documentada.
Netflix: Em ferramentas internas de gerenciamento de crises e operações.
Microsoft: No Azure Machine Learning e em serviços internos para implantação de modelos.
Nvidia: Em projetos de pesquisa de IA, como visão computacional e NLP.
Booking.com: Em microserviços de backend que exigem baixa latência.
Zillow: Em serviços que alimentam sua plataforma imobiliária.

Além das já mencionadas, empresas como Cisco e Expedia Group também foram reportadas como usuárias do FastAPI, consolidando a posição do framework como uma escolha de ponta para o desenvolvimento de APIs de alta performance no ecossistema Python. Nao me parece que esta sendo usadas por nao programadores que chegaram ao limite do Excel.

Sobre "se tais instituições usam, então deve ser bom" , reforco o que disse antes, quem paga desenvolvedores em sua larga maioria são as empresas, e elas usam linguagens com base na demanda e na capacidade de gerar valor e resultados concretos. Se uma empresa escolhe Python, SQL, JavaScript ou qualquer outra ferramenta para atingir seus objetivos, isso já é um indicativo forte de que a linguagem funciona no mundo real.

Concordo plenamente com o ponto levantado: nem sempre existe uma linguagem perfeita para todos os requisitos. Linguagens como Java, C#, Kotlin, Swift e Go realmente funcionam como soluções de meio termo ideais em muitos projetos, combinando versatilidade com demanda de mercado.

Agradeço seus pontos de vista e a discussão que estamos tendo. Debater com diferentes perspectivas é sempre saudável, e permite aprofundar o entendimento sobre as limitações e pontos fortes de cada linguagem, além de reforçar que a escolha certa depende do contexto e da experiência do time.

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Meu cliente trabalha somente com python, ultra big large company , processo milhões de requisições por minutos via streaming, todos os dados eu faco tratativas de melhoramento de dados, cleanse , extração de patterns etc, tuso via python, me peegunte qual meu SLA para processar tudo isso? 680ms ... Precisa falar algo a mais em relação a velocidade? Acho que nao, programo em outras linguagens e sei que python é utilizado em pipes complexos, pois é basicamente o melhor de velocidade com menos complexidade.

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Meus 2 cents,

Parabens pelo post !

Python eh vida - de script a app, tem uma versatilidade absurda.

Uma das coisas que mais gosto nele eh a velocidade de criar prototipos e PoC (Proof of Concept) - estes dias precisei escrever um MCP server para integracao com uma aplicacao e em menos de 1 dia ja tinha tudo funcionando e validado, usando FastMCP (e pydantic).

Sim, a velocidade final do app talvez esteja longe do ideal - mas para o dia-a-dia funciona que eh uma beleza e a manutencao eh simples.

Saude e Sucesso !

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concordo com vc.

para o dia-a-dia nao tem nada melhor. parece q os caras q reclamam de performance estao com demanda de requisicao por segundo igual ao ifood ou o mercado livre, mas a vdd q a maioria de projetos são de pequeno a medio porte.

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Eu amo python, python é vida!!!
Vou sair pra almoçar e vou lendo o texto todo, nem pude parar pra ler.
Espero me surpreender com isso kkkk, volto pra editar depois...

Sensacional o texto, muito obrigado por isso.

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PHP ontem, hoje e sempre! "Vivinho da Silva", e sempre será pra mim. De longe minha primeira opção. E "php vanilla", salvo um dotenv do vlucas e um dumper do symfony, de resto tudo na unha. Opção mesmo. JS na segunda posição, vanilla também. E python em terceiro. Começando "esboços" com flash... Nunca vai haver a linguagem perfeita, como não existe pessoa perfeita. E infelizmente mi-mi-mi sempre vai ter. Cabe a nós ignorar e não contribuir pra "morte" da nossa linguagem querida e usual por boatos e comentários sem fundamento.

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PHP eh a prova viva realmente. Este sofre a mais tempo com a difamação e com os decretos de morte!

Como uma linguagem usada em +70% de todos os sites da internet, não presta, eh galinha morta?.
Wordpress diz que não tem a minima intenção de troca-la.

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Meus 2 Cents:

🚨 As Críticas Que Fazem Sentido (Sim, Elas Existem)
Olha, vou ser honesto: Python tem limitações reais e fingir que não existem é desonestidade intelectual.

🔒 GIL (Global Interpreter Lock): Limita concorrência real com threads. Se você precisa de paralelismo pesado, vai ter que usar multiprocessing (mais pesado) ou considerar outra linguagem.

🕵️ Tipagem dinâmica: Em projetos grandes, pode virar bagunça. Por isso surgiram ferramentas como mypy e type hints — reconhecendo o problema e oferecendo solução.

📦 Packaging: Historicamente foi uma dor. Melhorou muito com Poetry e uv, mas ainda não é perfeito.

⚡ Performance bruta: Sim, é mais lento que linguagens compiladas. Não dá pra negar.

E sabe qual a diferença entre um desenvolvedor maduro e um fanboy? O maduro admite as limitações e escolhe a ferramenta certa pro problema. Muitas vezes é Python. Às vezes não é.

Eu amo Ruby, e posso dizer RUBY NÃO PRESTA.

É o tipo de baboseira que vai perseguir qualquer iniciante no mundo da prgramação.

Mas, vamos olhar por outro lado.

Veja que toda linguagem vai ter dialetos (Ruby tem o JRuby), Python tem o IronPython, StacklessPython, ...

A arquitetura de software permite a mixture of experts onde um mesmo sistema pode ser um pipeline onde a melhor linguagem/ferramenta atua no seu melhor caso de uso.

O que resta são três perguntas:

  • Onde?
  • Como?
  • Porquê?

Escolhi C.

  • Onde?
    Em embarcados
  • Como?
    Utilizando para orquestrar o microcontrolador
  • Porque?
    Porque C é a linguagem que melhor atua no baixo nível

Eu escolhi Ruby

  • Onde?
    Backend Web
  • Como?
    Através do framework RubyOnRails
  • Porque?
    As gems são facilmente integraveis, a comunidade é grande e o framework é maduro

Tudo que precisamos é de uma base e uma decisão, não precisa ser cargo cult de uma linguagem, os melhores não são. Eles busccam entender o problema, e escolher o que melhor se adapta a este problema.

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Depende totalmente do tipo de problema que está sendo resolvido. Cada linguagem tem seus pontos fortes e limitações, e não faz sentido generalizar dizendo que “Python não presta” sem considerar o contexto e a natureza do projeto. Para tarefas de automação, scripts rápidos, prototipação e áreas como data science e machine learning, Python costuma ser insuperável em produtividade e facilidade de uso, além de ter uma comunidade enorme e muitos recursos prontos.

Mas, quando entra a questão de performance e principalmente redução de custos em cloud, aí a história muda bastante. Os benchmarks mostram que Python normalmente não consegue entregar o mesmo desempenho de linguagens como JavaScript (Node.js), Java, Go, ou Rust, principalmente em ambientes serverless, onde a performance tem impacto direto no tempo de execução e, consequentemente, no preço pago na nuvem. Vários estudos evidenciam que aplicações em Python demoram mais para processar a mesma carga que outras linguagens, encarecendo o custo operacional quando se escalam as soluções.

No final das contas, tudo depende da necessidade do projeto. Se performance bruta e custo em cloud são fatores críticos, principalmente em sistemas de alto volume ou que rodem com grande frequência, Python provavelmente não é a melhor escolha. Agora, se a prioridade for ir do zero ao MVP rapidamente, integração com bibliotecas de terceiros, ou trabalhar em áreas como ciência de dados, aí o Python brilha e entrega como poucas outras opções.

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Concordo com vc em cada linha.

Só a acrescentaria que existe dezenas de milhões de empresas PMEs que fazem coisas manuais ou no excel que se beneficiam muito de aplicações onde performance, cloud não são relevantes.. . eles não tem demanda de alto volume. Não são e muitas delas não serão o próximo ifood ou Mercado Livre

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Sim, com certeza, eu não uso Laravel, mas acompanho o framework des da versão 3, é incrível o que fizeram, e resolve muitos problemas que não vejo nenhum framework "web" resolver, o ecossistema só cresce e vejo muitos projetos novos feito com ele. O pessoal do Laravel é muito ativo e criativo. Alem do PHP atual que esta virando um Java mas sem as chatices dele, pessoalmente estou gostando muito do que o PHP esta se transformando e evoluindo.

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Não é a melhor, apenas popular. Representa bem a incapacidade da massa: enquanto o povo se torna cada vez mais limitado, as inteligências artificiais evoluem. Alguns “programadores” chegam a ter medo de quebrar a unha ao digitar um simples ; ou de fritar o cérebro por não saber que, ao abrir uma {, é preciso também fechar.