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Como saí do zero para Full Stack em 3 anos (trabalhando de iFood)

Faz cerca de 3 anos que estudo programação. Conheci a área por acidente: tentei empreender com dropshipping (sim, caí nessa kkk), precisava customizar minha loja, e no YouTube me recomendaram um vídeo de um cara criando um site com código, personalizado do jeito que ele queria.

Foi amor à primeira vista.

O começo torto (mas que deu certo)

Eu sempre quis empreender. Entrei no dropshipping no pior momento possível - quando TODO MUNDO caiu no slogan sexy: "VENDA SEM ESTOQUE, SEM DINHEIRO DE INVESTIMENTO".

Mas foi útil: ao criar minha loja, percebi que templates genéricos não funcionavam. Comprei um template de $23 dólares para relógios, trabalhei o design no Canva kkk, rodei no Reino Unido e consegui vender alguns produtos.

O problema? Eu era desempregado, rodava iFood de bike e não tinha grana para manter ADS nem comprar produtos para envio.

Foi aí que descobri que programação era meu negócio de verdade.

A virada: programação

Parei de seguir "gurus" e comecei a estudar conteúdo de qualidade (filtrava vídeos antigos, 2-5 anos, em inglês). Aprendi rápido porque sempre tive lógica boa.

Peguei meu primeiro freela: um site para a GAT Instrumentação - um amigo de infância que tinha um negócio. Fechamos um acordo e entreguei o projeto.

Continuei rodando iFood porque me dava liberdade para estudar no horário que eu quisesse.

O erro da faculdade

Pensei: "se eu entrar numa faculdade, consigo estágio rápido?" kkk NÃO!

Entrei na UNIP, presencial, NO MEIO DA PAULISTA. Morava na Vila Mariana, SP.

A conta não batia:

  • R$ 600 de mensalidade
  • R$ 20 de transporte por dia de aula (3x na semana)
  • R$ 400 de aluguel
  • Faturava ~R$ 1.600 no iFood

Larguei a faculdade e foquei em aprender de verdade.

O que construí nesses 3 anos

Ao invés de fazer faculdade fraca, investi tempo em projetos reais:

Hackathons (2024-2025)

  • Hackathon Interno PdA (jul/2025): Automação em TypeScript para serviços estudantis em sprint de 24h
  • Data Control (dez/2024): CRUD com exportação CSV para gerenciar dados de usuários
  • Hack Food (dez/2024): Plataforma para combater desperdício alimentar com autenticação e banco de dados

Projetos em Produção

  • Multify (2025): SaaS para creators - centraliza performance multicanal e automatiza outreach
    • Stack: Next.js, TypeScript, PostgreSQL, Tailwind, Stripe
  • E-commerce + PDV completo: Sistema de gestão total para a Criptonic
    • Controle de estoque, vendas, clientes, relatórios

Experiência Profissional

Criptonic & Co. - Full Stack Developer (dez/2024 - atual)

  • Desenvolvimento web com TypeScript, Node.js e Python/Django
  • APIs RESTful, infraestrutura, trabalho direto com stakeholders
  • Metodologias ágeis

Formação

Programadores do Amanhã - Full Stack (2024-2025)

Stack principal: TypeScript, Next.js, Node.js, Python/Django, PostgreSQL, Tailwind CSS

A realidade hoje

Trabalho remoto na Criptonic, mas ainda complemento renda com iFood às vezes kkk. É pouco, mas me dá flexibilidade.

Criei um projeto pessoal (sistema SaaS de assinaturas) que pode virar minha fonte de renda independente.

Portfólio completo: https://jonhvmp.vercel.app/pt

Minha pergunta pra comunidade

Para quem está começando ou também enfrentou dificuldades:

Como vocês estruturaram o portfólio para se destacar?

Tenho projetos, experiência, mas sei que o mercado júnior está competitivo. Quero ouvir de vocês:

  • O que fez diferença nas suas entrevistas?
  • Vale mais ter muitos projetos pequenos ou poucos projetos completos?
  • LinkedIn, GitHub, networking - qual pesou mais?

A mensagem que quero deixar: Dá para aprender programação trabalhando de iFood. Não é fácil, mas é possível. O segredo é consistência e focar em construir coisas reais, não só fazer cursinhos.

Bora trocar experiências! 💪

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Primeiramente, parabéns pela sua trajetória.

Meu conselho (um dev full stack com mais de 15 anos na área) é: continue focado no seu emprego, se ele for ruim (paga mal ou ambiente ruim) fica no minimo uns 2 anos pra engatar outra vaga. Um dos critérios que o RH vê em um candidato é a resiliência dele, se ele tem um currículo "que pula de galho em galho" tem pontos negativos.

Outra dica é você (enquanto empregado) fazer cursos, network e participar de eventos, isso ajuda e muito.

Faça projetos diversos para a empresa que você trabalha, principalmente ferramentas para o dia a dia. O intraempreendedorismo é muito valorizado no currículo.

Faça também projetos externos, com tecnologias distintas (infra, automações, BI, ...), para melhorar seu conhecimento em varias áreas, isso é mto util para o titulo full stack.

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Valeu demais pelo conselho! 🙏

Faz todo sentido o ponto da resiliência. Estou na Criptonic há 11 meses e é minha primeira experiência "formal" na área, então pretendo ficar no mínimo esses 2 anos mesmo. Quero construir uma base sólida.

Sobre intraempreendedorismo: já estou nessa! Fiz um e-commerce + PDV completo para a empresa, e sempre proponho melhorias nos processos internos. É gratificante ver as coisas que crio sendo usadas no dia a dia.

Quanto aos projetos externos com tech diversas: tenho trabalhado nisso também. Além do backend (Node.js/Django), estou explorando:

  • Infra (deploy, CI/CD)
  • Automações (já fiz uma em TS no hackathon da PdA)
  • Integrações (Stripe, APIs diversas)
    A parte de network/eventos é onde preciso melhorar mais.

Você recomenda algum tipo específico de evento para devs full stack? Meetups? Conferências?

E outra dúvida: você acha que vale investir em certificações (AWS, Azure) ou é melhor focar em projetos práticos mostrando essas skills?

Obrigado pela disposição em ajudar! 💪

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Shoow! Esta no caminho certo!

Sobre eventos, participe do maximo que puder, porém as nichadas, como de front, back e infra, evite os eventos de tecnologia no geral, a maioria são pura perda de tempo, com palestra genericas para iniciantes e com pessoas muitas vezes que nem são da área (já gastei muito dinheiro indo nessas de temas "gerais", nada me acrescentou).

Sobre certificações, foque nas certificações de infra e IA, pois das areas de desenvolvimento, vc prova com seus projetos, agora infra os recrutadores não tem como saber se você sabe mesmo o que está falando no currículo, então certificações ajudam nisso.

E se possivel, faça uma facul EAD (Uninter é muito boa). Se optar por ADS, você vai pagar em torno de 200 reais por mes e termina em 3 anos.

Não é o foco o estudo em si, pois esperar estudar programação em faculdade é tiro no pé, a maioria esta desatualizada, porém na faculdade você irá ter uma boa base de várias sub áreas, que para aprender sozinho você teria que garimpar muito. Além do fato, que infelizmente, muitas empresas (e concursos públicos) ainda valorizam o "papel", principalmente se você fizer, depois da facul, pós em cursos dentro de áreas administrativas, como gestão empresarial, pq o conhecimento nas regras do negocio também é muito valorizada para área de TI.

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Cara, muito obrigado mesmo! Seus conselhos são realmente valiosos 🙏
Sobre as certificações, estou estudando mais conteúdos da DigitalOcean porque tenho créditos lá e já consigo aplicar nos meus projetos e fazer alguns estudos!
Quanto à faculdade, quero Engenharia de Software. Não dá para negar que o mercado ainda tem preconceito em relação a isso no currículo, mesmo sendo possível se dar bem sem uma formação concluída.
Sério, sou muito grato pela generosidade em compartilhar sua experiência! 💪

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Cara, mto legal sua trajetória. É realmente difícil o caminho q vc vem seguindo, msm assim vc vem batalhando. São poucas pessoas q tem sua atitude.

Vou tentar de alguma forma ajudar, pois vc está além do q consigo normalmente ajudar as pessoas, ahahahah. Vc já está naquele nível q parece q só falta sorte msm.

Primeiro q gostei bte de seu portfólio, pelo menos na apresentação, documentação e tals. Tem até blog e o github está bem chamativo. Só não consigo dar mta opinião sobre o nível técnico, pois não sou do backend.

O que fez diferença nas suas entrevistas?

  • não sei como vc se comporta nas entrevistas, mas eu percebi q o jeito de falar importa, então evite usar gírias (não q seja proibido, é q nem todos sabem o q significa o q vc quer falar). tbm seja sincero e confiante, acho q a confiança é o mais difícil pra qm ainda está no início da carreira, até pra qm já está a longo prazo tem calafrios em entrevistas, kkkk.

Vale mais ter muitos projetos pequenos ou poucos projetos completos?

  • esse é difícil dizer. Eu por mim focaria nos projetos pequenos, pois ao meu ver, qnto mais vc faz, mais vc aprende. Só q não dá pra colocar isso no portfólio, porém deixaria isso em um repository no github pra mostrar tudo q estudei (talvez até colocar em um dos itens como "projetos de estudos", algo assim).
  • ai para portfólio deixaria os projetos completos, q seja apenas 1 ou no máximo 2, mas q sejam algo bom. Nada de landing page basicona e tals. Tente criar algo diferente e principalmente chamativo. O intuito é atrair a atenção dos recrutadores.
  • outra coisa q vc tbm pode ver é o leetcode ou beecrowd, coisas parecidas. São exercícios de níveis variados q vc escolhe uma linguagem de programação e programa os exercícios. qndo falei com meu primo qndo ele estava buscando por trampo pra senior esse ano, ele disse q algumas empresas passavam desafios desse estilo e ele até perdeu 2 pq não tinha experiência com esse tipo de exercício (obs: ele é bom, mas não significa q ele consiga fazer certas coisas, pois tudo depende se a pessoa já fez algo parecido para ter alguma capacidade de reação, por isso sou fã do q disse antes, qnto mais fazer, melhor. e fazer pra aprender, não fazer por fazer).

LinkedIn, GitHub, networking - qual pesou mais?

  • não dá pra dizer, pois cada empresa usa de um jeito. o ideal é ter tudo organizado e de facil "copy/paste" com pontos personalizados. Eu nao lembro exatamente onde consegui, mas foi em um desses sites de vagas, e não no linkedin. Mas pra entrevista, a maioria foi pelo linkedin (com o famoso não ou ghost como resposta, ahahah)
  • uma coisa q vc pode fazer é descobrir por grupos no discord com a tecnologia q vc está querendo utilizar no trabalho. Imagino q deva ter grupos de React, por exemplo. Ai lá pode ter uma parte para "vagas", "trabalhos", etc.
  • fora isso, na busca por locais... bem, terá q sair jogando por ai nos sites de vagas.
  • outro ponto é vc tentar buscar por QI. é difícil qndo não tem networking grande, mas é uma possbilidade.
  • pode tbm participar de eventos, de preferencia os específicos com o q vc consegue lidar. e leve curriculo impresso.
  • tbm soube de um caso no tabnews de sucesso q fez videos pro youtube da parte de programacao. mas ao meu ver, acho isso demorado demais, pois nao é só gravar vídeo, é editar e aprender a lidar com algoritmo do youtube. se vc gosta disso, pode tentar.
  • no final vc precisa de alguma forma se expor. eu sinceramente acho isso chato pacas, mas só assim vc consegue contato. só enviar curriculo talvez nao ajude.
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Cara, muito obrigado pelo feedback detalhado! 🙏
Sobre os projetos, realmente é necessário ter algo mais diferenciado. Já passei pela fase de calculadoras e coisas do tipo, mas agora tenho projetos legais, sistemas mesmo, sabe? Além disso, venho criando projetos open source como bibliotecas, e a última que fiz foi muito bem recebida pela comunidade. É uma lib para tasks e notas locais na IDE. Link: https://www.npmjs.com/package/local-work
Valeu mesmo pelo apoio!