OS DESENVOLVEDORES VÃO ACABAR?
Toda vez que o mercado entra em busca da bala de prata, alguém decreta o fim de uma profissão. Agora, a bola da vez é a IA.
É vibe coding, é PM Builder, é gente dizendo que “cada vez se precisa menos de desenvolvedor”. Mas deixa eu trazer uma experiência prática — de quem vive produto, não só discurso.
O que essas ferramentas realmente entregam?
Vibe code ajuda a validar ideias rápido. Excelente para protótipos. Mas validação não é produto.
PM Builder cria um esboço funcional. Ótimo para visualizar fluxo. Mas não estrutura código, não resolve performance, não pensa escalabilidade, segurança ou manutenção.
Essas ferramentas aceleram o começo, não sustentam o meio nem o fim.
O problema não é a IA. É a expectativa.
Um ótimo PM não entrega produto sozinho. Um desenvolvedor com viés de negócio não substitui gestão de produto. E, da mesma forma, IA não resolve todos os problemas.
Ela acelera — muito. Mas ainda depende de:
- Inteligência humana
- Direção clara
- Contexto
- Tomada de decisão
- Trade-offs conscientes
IA escreve código.
Quem decide qual código faz sentido, por quê, com quais riscos e para qual objetivo ainda é gente.
Produto não nasce de heróis nem de ferramentas mágicas
Produto de verdade nasce de:
- Time multidisciplinar
- Método
- Validação contínua
- Técnica sólida
- Execução consistente
Ferramentas mudam. Funções se adaptam.
Mas pensamento crítico, visão sistêmica e capacidade de execução continuam insubstituíveis.
O QUE PODEMOS CONCLUIR ENTÃO?
Não, desenvolvedores não vão acabar. Eles vão mudar — como sempre mudaram.
Quem entende isso para de brigar com a IA e começa a usá-la como alavanca, não como ameaça. E o mercado, no fim, não premia quem usa mais ferramentas.Premia quem entrega valor de forma consistente.