Vibecoding: o lado triste que ninguém comenta.
Meu nome é Cosme e hoje quero falar sobre o vibecoding. Eu dou aulas de programação ao vivo para iniciantes, e recentemente percebi que muitos novos alunos estão desanimados com essa ideia.
Muitos querem aprender, mas acabam esbarrando na mesma questão:
“Por que aprender HTML e CSS se a IA faz tudo sozinha?”
Desde então, tem sido cansativo ficar motivando eles a não desistir. Sempre explico que podemos usar a IA a nosso favor. Costumo dizer: “E se o vibecoding tivesse surgido antes mesmo dos programadores? De todo jeito, nós iríamos nos esforçar para aprender algo que a máquina já faz, e isso não mudaria nada — afinal, sem conhecimento, não iríamos existir como profissionais.”
Então, não é o fim da programação. Mas vou ser sincero: não sei se é só comigo, mas dá uma certa tristeza ver algo que aprendi com tanto esforço sendo feito pela IA em segundos. E o pior: muitas vezes o código que a IA entrega é legado, feio e totalmente inseguro.
Falo especialmente da parte de front-end. Tenho prazer em sentar na frente do computador, rabiscar um layout no papel, transformar aquilo em código e passar horas criando cada linha. Ver a IA gerar tudo isso instantaneamente — e ainda com qualidade duvidosa — dá um certo desgosto.
Mas eu aprendi a amar a programação. O que me entristece é que muitos iniciantes hoje já não têm esse mesmo sentimento, talvez porque começaram em um tempo em que a máquina já faz boa parte do trabalho. Um grande abraço pra vocês!