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Mudar a linguagem

Bom dia/tarde/noite pessoal, tudo joia?

Gostaria de relatar a minha frustração com a mudança de linguagem e como o cenário é o tanto quanto "preconceituoso" com quem ta trocando a linguagem.

Sou programador ADVPL/TLPP e ja mexi muito com JS, porém eu estou migrando pra JAVA pois quero construir uma carreira mais sólida em uma linguagem em que posso me internacionalizar.

Eu ganho a vida como programador ja tem 5 anos, sei que mudar de linguagem não é SÓ entender sintaxe mas vai por mim eu sei que MUITA coisa você pega no dia a dia da empresa, e no final do dia é sobre resolver problemas com programação. Eu não estou pedindo para entrar como sênior em uma linguagem que eu nunca atuei, mas garanto que com as soft skills que adquirimos, resoluções de problemas de maneira agil, não somos mais juniors.

Fico frustrado em saber que para o mercado não basta ter experiencia na área, tem que ter experiencia NAQUELA LINGUAGEM ESPEFICIA.

Enfim, vamos debater e falar sobre, me deem dicas ou se vocês concordam ou discordam.

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Sérgio, eu também sou programador advpl, trabalho na totvs matriz, entendo como é trabalhar com ERP, ainda mais deste tamanho, é difícil, vejo sentido em procurar se internacionalizar, mas como o tuboi disse, o mercado precisa ver soft skills e hard skills, os dois andam juntos, vá estudando Java ou qualquer outra linguagem, tente pegar freelances, tente implementar ideias no trabalho atual com a linguagem que está estudando, tenha maturidade tecnica nessa linguagem que voce deseja migrar, enquanto isso continue com o bom salario proporcionado pelo advpl, não tente apressar as coisas, as vezes precisa dar dois passos atrás para seguir em frente. Eu comecei aqui na totvs com advpl, depois fui pro angular, agora ja faço algumas coisas em c# e react native também, só mostrando pró-atividade em resolver problemas que ninguém do time queria.

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Cara que incrivel sua visão, muito bom ver alguem que não só é do nicho protheus mas como trabalha LA de dentro dando uma visão. Grato por compartilhar sua ideia <3

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Cara, pra mim o exigente aqui é vc e não o mercado. Ou seja, a frustração é que vc quer aprender sendo empregado em um cargo q já exige domínio de algo. Não quero ser chato, mas já estou sendo, mas vc quer buscar por um cargo q já tem q ter responsa, seja pleno ou senior, e trabalha como júnior?

Meu, antes de trocar de emprego, é óbvio q é necessário dominar pelo menos o mínimo de uma tecnologia, nesse caso a linguagem de programação. Vc querer se aventurar em algo fora do seu normal, msm tendo uma base grande de programação, a empresa já precisa confiar em ti, mas vc está querendo se jogar em empresas q nem conhece vc.

Faz assim, torne-se uma empresa nesse exemplo. Vc é a pessoa q irá bancar um programador pro seu projeto. Vc precisa de alguém com experiência para trabalhar em um projeto com a linguagem X. Vc tem 2 opções:

  • contratar alguém com experiência boa em programação e q já conhece a tecnologia X
  • contratar alguém com experiência boa em programação, mas q não conhece a tecnologia X
    Quem vc dará prioridade pra contratar?
    Agora outra pergunta se vc escolheu a segunda opção, vc bancaria a pessoa para aprender essa nova tecnologia X (ou seja, demorar um pouco para produzir algo com qualidade), sem contar o tempo de aprendizagem q ela vai ter naturalmente para aprender sobre o sistema, se adaptar a nova cultura da empresa, e todas outras adaptações q demandam tempo?

Responde pra si msm se é o mercado qm é o exigente ou se é vc qm está se frustrando por algo q é natural acontecer com as escolhas das empresas? Precisa aprender mais olhar o outro lado. Sei q é frustrante, mas vc tbm tem q aprender a fazer sua parte.

Eu tive q aprender a tecnologia antes de mudar de área, e consegui. É pesado, gasto a maior parte do meu tempo q poderia estar usando para hobby, mas é assim o nosso trabalho. Nós lidamos com muitas variações tecnológicas, é nosso dever aprender as coisas antes de ser produtivo para alguém e até pra gente. Ou vc acha q consegue construir um carro msm sabendo tudo sobre carro, mas q nunca construiu um carro?

Bom, fica ai minha opinião.

Vi q vc pediu por dicas. Vou mostrar como eu fiz pra aprender rápido por uma tecnologia. Meus únicos conhecimentos anteriores na época além da facul eram java web, um pouquinho de xamarin e godot. Mas eu tinha saído da profissão e qndo a água bate na bunda vc busca pelo q sabe fazer. Porém decidi voltar pra programação em algo q eu realmente tivesse interesse, q nesse caso foi mobile. Então pesquisando decidi aprender Flutter, pois estava em ascensão e era o estilo q gostei (vc usa dart pra tudo, desde a parte lógica qnto a construção visual da tela, coisa q Swift, Android e React Native não faziam). Eu levei 6 meses para aprender até conseguir o meu trabalho atual.
Para ter essa proeza, eu usei o estilo de estudo de ambientar a tecnologia.

Primeiro eu fiz uns tutoriais q achei gratuito na internet para aprender Flutter (talvez pra vc pode iniciar fazendo uma imersão direto na linguagem Java, vc pode usar sites como Sololearn, q tem o básico e é bem rápido de passar por ele, pois vc já tem experiência e isso ajuda bte). Depois eu parti para aprender partes, nesse caso eu comecei a fazer tutoriais/mini-projetos onde meu foco era aprender partes do framework assim como já ir acostumando com as coisas específicas da linguagem (tipo, construtores nomeados, uso do const, final, singleton, factory, etc, coisas q tem na linguagem e eu não conhecia). Os mini-projetos eu focava em criar algo específico. Por exemplo, um projeto para aprender a mexer com a camera, outro aprender a adicionar um mapa no app, outro aprender sobre animações, outro aprender como abrir um app externo ou msm abrir a pagina web, outro aprender a mexer com notificação, etc.

Fazendo isso, eu fui desenvolvendo além de coisas novas no framework, fui tendo uma maior imersão na linguagem, pois por mais q dart se assemelha com java (o q estava acostumado), tinha mtas coisas novas q precisava acostumar a lidar e entender o funcionamento. No final eu já tinha em mente um projeto q se tornaria meu portfólio, então depois desses treinos, eu simplesmente fiz ele, já pensando desde a arquitetura, organização das pastas, uso de quais técnicas dentro do projeto, até a entrega do projeto na play store, pois precisava aprender o mínimo disso.

Acho q devo ter mandado currículo em mais de 20 empresas, não vou lembrar. A grande maioria foi júnior, msm já tendo experiência profissional e facul. Porém tinha sempre problemas de iniciantes, q é não responder, ser chamado e a pessoa não dar uma resposta depois da entrevista, tbm tive uma q até deu o feedback logo após a entrevista,... então eu comecei a jogar em vagas de plenos e um deles q dei sorte. Isso aconteceu exatamente pq eu consegui demonstrar minha capacidade via portfólio (eles disseram isso pra mim), ou seja, eu tive q aprender a tecnologia de qqr jeito, msm tendo experiência prévia com outra tecnologia.

Então assim, não espere q eles aceitem qqr pessoa, eles são empresas, o foco da empresa é lucrar, entenda isso. Eles vão pegar pessoas q precisam. São pouquíssimas empresas q vão querer bancar de bom samaritano e não espere q todas outras empresas mudem a postura do nada. Isso é a realidade. Ou vc batalha, ou vc se rebela, ou vc fica chorando, vc escolhe. Eu escolho sempre batalhar, msm sabendo da exigência deles, pois só assim eu pago minhas contas. Mas tbm não sou burro de ir para uma empresa q escraviza, tenho ciência disso, por isso assim, aprenda Java antes de tentar uma nova empresa, dói menos.

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acho que tu entendeu errado, eu atuo como Sênior na área que trabalho.... Minha frustração é a na troca de trampo e de linguagem as pessoas não considerar tuas experiencias anteriores com outras linguagens, e tanto faz se você é sénior com C#, você entra como junior se procurar uma vaga em java.

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Não sei se vc leu meu comentário completo, mas o q disse é q não adianta esperar deles algo q vc quer, vc tem q esperar deles algo q eles precisam, afinal vc é o contratado. Eles não precisam de um senior, eles precisam de um senior em Java.
E como disse isso é chato, mas não dá pra esperar q eles mudem algo, pois é o q eles querem. Vc pode dar mil alternativas pra eles mudarem, mas se não for algo lucrativo pra eles, não esperem q eles mudem.
Eu dei um ponto de vista baseado no q enxergo e do pq o q vc pede é meio q irreal acontecer com a grande maioria da empresa, vc pode continuar reclamando q nada vai mudar se vc não mudar de alguma forma. Como eu disse, vc pode batalhar, rebelar ou chorar, ql alternativa vc escolhe? O mundo é cheio de injustiças.

Bom, fica ai o q penso.

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Pensei numa comparação bem legal com outra profissão pra vc entender melhor do q estou dizendo.
Imagina a área de direito. Vc é um advogado especialista em resolver problemas de direitos trabalhistas. Vc resolve todos casos, sabe falar bem, consegue lidar com a burocracia e tudo q um bom advogado consegue resolver. Ai tem uma empresa de advogacia q precisa de mais advogados e estão contratando advogados para trabalhar na parte civil? Me diz, vc acha q eles vão dar esse "tempo" pra pessoa especialista em direitos trabalhistas aprender as leis relacionadas a parte civil pagando com salário de "senior" da área?
Imagino q tbm é mto similar a qqr outra profissão de especialidade intelectual, assim como a nossa.

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Já fui chamado pelo RH pra ajudar em processos seletivos e fazer entrevistas. Nesse caso, experiência é maturidade em desenvolvimento de software (o que você já tem) e vivência no uso da linguagem (o que você ainda está construindo). Isso importa porque toda linguagem tem as suas idiossincrasias, e o processo de desenvolvimento é mais produtivo se o profissional souber navegar entre os diversos bugs que "com certeza" irão ocorrer.

Mas não acho que seja impedimento. Se tu tocar alguns projetos por fora, pega fácil essa vivência pela maturidade que já tem em programação. Um dia a gente vai conseguir fazer download disso, feito matrix, mas até lá, tem que codar pra praticar e assimilar...

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Pela sua resposta entendi que é realmente importante ter experiência com a linguagem, mesmo que seja "por fora".

Gostaria da sua opinião a respeito do cenário a seguir. A pessoa tem experiência com programação há um bom tempo, assim como o Sérgio (autor do post). Mas, com aquela linguagem em específico, ele só desenvolveu projetos pessoais. Quão viável pra essa pessoa é competir no mercado com outras pessoas que têm experiência de trabalho com a linguagem em específico?

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Acho que compete de boa, porque mesmo se o projeto for pessoal, mas tiver um escopo bem abrangente, pode ser considerado de boa. Se o entrevistador não for chato, pode fazer perguntas sobre o projeto pessoal e ver se houve uma preocupação em criar um bom software, com segurança e rastreabilidade/observabilidade, etc. Mas é minha opinião, e tem muita gente chata fazendo exigências estapafúrdias nos processos.

Tu pode tocar um projeto pessoal, mas pode fazê-lo de forma profissional. Vão perguntar na entrevista como foi o desafio, quais problemas enfrentou, como resolveu, quais outras tecnologias usou a mais na solução, como desenhou a arquitetura, onde hospedou, como fez deploy, se usou boas práticas de devops, etc.

Mas acho que será melhor se for algo considerável em termos de esforço e tamanho. Tipo um app ou SaaS. Se o sujeito começou a aprender Python, e fez um script para converter legendas para assistir filmes em seu home-theater, acho que não vão considerar muito.

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Acho que não é uma questão de viável pois a nossa área não regulamentada, ou seja, não te pede diploma mas só pede experiencia comprovada.

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Cara, regulamentar nossa área é dar um tiro no pé, sério. Nosso governo infelizmente é um inferno hj em dia, estão mais se comportando como um ser autoritário do q um ser governante. É proibição daqui, proibição dali,... e claro q o povo tem grande culpa de estar assim, porém qm faz as leis é qm está no topo. E se eles regulamentarem, meu... não espere coisa justa pro nosso lado, pq vc sabe q qm comanda no final são as pessoas por trás deles, independente da vertente ideológica. Governo não pensa no povo, eles só pensam nele msms, por isso só dão migalhas e burocracia para o povo pq eles precisam perpetuarem no poder.

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Eu particularmente não gostaria que fosse regulamentado. Mais uma esfera de corrupção pra gente ter que lidar. Mas agora que software tem uma função importante nas sociedades, já podem entender que programação é engenharia, e aí a profissão entraria no CREA. Mas são tantos cargos e funções hoje em dia em TI, não sei como fariam.

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Dê uma lida: https://www.tabnews.com.br/maniero/faq-do-programador-perdidao.

Existe um motivo técnico para isso. Você pode ficar frustrado e até desabafar aqui porque as regras do Tabnews permite isso, mas o mercado não vai mudar, e poderia ser só por teimosia, mas no caso tem uma razão. Inclusive muitas vezes a pessoa tem experiência na área em tempo, não em qualidade.

E não se preocupe com o que pensam de você, só com o processo de recrutamento é. De fato, é um processo cada vez pior, e azar das empresas, mas você não pode mudar isso, você pode se mudar de alguma forma, use a criatividade e seja paciente.

S2


Farei algo que muitos pedem para aprender a programar corretamente, gratuitamente (não vendo nada, é retribuição na minha aposentadoria) (links aqui no perfil também).

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Tô me sentindo em uma situação parecida, to trabalhando com wordpress e me sinto preso, até faço projetos paralelo com outras linguagens que curto mais e se mostram mais promissoras para uma carreira no exterior, mas não é a mesma coisa que a mão na massa das 08 as 18.