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Cultura organizacional é balela ?

Iae pessoal, estava hoje lendo o doc do banimento do trabalho remoto no Nubank. E junto com as justificativas foi a questão da cultura.
No caso do Itau tambem.

Tenho trabalhado no mercado de tecnologia desde os meus 18 anos e apesar de hoje ter apenas 26, não consegui sentir a diferença causada pela tal cultura organizacional. Na maior parte do tempo sinto como a algo a ser tratado como piada (todos os senior que conheci tinham frases ironicas em relação ao MVV por exemplo)

Queria saber a opinião de voces sobre a cultura organizacional e se ela realmente faz diferença na vida de voces.

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Cultura não é MVV (Missão, Visão e Valores). Cultura costuma ser explicada como "a forma como os funcionários se comportam quando o dono não está vendo". MVV é o famoso "para inglês ver".

Obviamente cultura faz diferença. Se você já trabalhou em um lugar bom e um ruim, é nítida a diferença. Há quem chame os lugares ruins de "empregos tóxicos" ou similar. Eu já vi casos em que uma pessoa sair da equipe foi bom, porque uma pessoa negativa, com uma cultura contrária, drena muita energia.

Agora, se colocar cultura como justificativa para as demissões que você citou é balela ou não, já é outra história. Não conheço o caso a fundo para opinar, e muita gente que tá opinando também não conhece.

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Concordo contigo com MVV é pra ingles ver, porem acho que falar que cultura faz uma diferença obvia é um pouco de exagero do ponto de vista mais pratico.

Fazendo o papel de advogado do diabo temos o exemplo de que a cultura é facilmente quebrada pelo contexto operacional.

Podemos ter um valor lindo de "qualidade acima de tudo", mas quando o prazo de entrega é curto, a "cultura" que se manifesta é a de commitar código rápido e rezar para não quebrar nada. A cultura real de um time de tech é moldada por deadlines, tech debt e a pressão do negócio – não por slides da liderança.

Tem o ponto de que mm programador(por exemplo) é mais motivado por um bom salário, flexibilidade, tech stack legal e desafios técnicos do que por um valor como "colaboração". Se a empresa paga mal e tem projetos chatos, nenhum mural colorido de valores vai reter talento. Ações falam mais alto que palavras.E na grande parte das vezes cultura para no discurso.

Em resumo, não nego que um ambiente ruim seja perceptível. A questão é que chamamos isso de "ambiente tóxico" ou "má gestão", termos muito mais concretos do que o vago "cultura organizacional". Na prática do dia a dia de programação, a "cultura" muitas vezes se revela como uma narrativa pós-facto que a liderança usa para tentar dar coerência a um ambiente caótico e complexo, que é, por natureza, movido a pressões técnicas e de negócio.

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Não é babela, existe e importa muito. Normalmente reflete o caráter dos gestores, então varia muito. Na área financeira, que por tradição atrai sociopatas e psicopatas pelo dinheiro (e poder), a cultura é extremamente tóxica. Tem também a alta competitividade que esses gestores estimulam entre os empregados, o que piora ainda mais a convivência. Não é à toa que é o segmento com maior número de suicídios.

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Concordo contigo mas o que você está descrevendo não é um argumento a favor da importância da cultura organizacional, mas sim uma prova da sua irrelevância perante incentivos estruturais e sistêmicos.

A toxicidade no setor financeiro não nasce espontaneamente de uma "cultura ruim". Ela é um sintoma direto de incentivos econômicos,etc . A competitividade, a pressão por resultados, a recompensa financeira por comportamentos de risco criam esse ambiente. A "cultura" que surge (a dos "sociopatas") é uma consequência natural desse sistema, não sua causa.

O exemplo do setor financeiro não mostra que a cultura "importa muito". Pelo contrário, ele demonstra de maneira trágica que quando ela é confrontada com incentivos econômicos, a cultura organizacional é praticamente irrelevante.A verdadeira força motriz são as regras do jogo econômico, não as intenções escritas na parede da empresa.

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Eu trampei até hj em 3 empresas de TI. Apenas 1 foi empresa de porte grande. Para mim, ao meu ver a cultura normalmente é refletida por aqueles q tomam as decisões e menos pelos trabalhadores. Então pode ser gestores, líderes, dono, etc.

Ao meu ver ela sim faz diferença na vida da pessoa, pois ela molda a pessoa para que a empresa quer, afinal o funcionário, por mais escondido q ele possa ficar, ele representa o nome da empresa. Só ver as pessoas q são demitidas por postarem coisas fora do padrão da empresa. Acha q as pessoas q tomam decisões vão querer manchar o nome da empresa q elas controlam/gerenciam? Pq no final elas irão se ferrar.

E tem outra coisa q tbm faz mudar, q seria o jeito de conviver. Eu msm não curto festas e baladas. Se for eu prefiro estar no back delas, organizando, trabalhando lá, pois eu sempre participei em eventos ajudando, por isso não curto esse tipo de coisa. Meu divertimento é sair pra fazer trilha, sair pra andar de bike, sair para alguma viagem, essas coisas. E qndo trabalhei na empresa grande, tinha essas festonas. Eu participava apenas para não ser considerado uma pessoa desagradável, mas era um saco ir lá, porém era o q a empresa oferecia e tinha q me modelar a empresa. Fora dela era bem diferente.

Hj já não trabalho mais lá, e nem pretendo mais trabalhar pra empresa grande, pois aprendi q empresa grande tende a ser mais rígida e cansativa socialmente de se conviver por causa dessas culturas forçadas. Claro q quem gosta do q a empresa tem a oferecer é um bonus, mas pra eu, q tenho uma mentalidade onde busca pelo esforço da pessoa e a liberdade de cada um, claro com um certo limitante de organização (pq senão o trabalho se torna uma terra sem leis, ahahah), eu consigo ser mais efetivo em empresas pequenas, onde depende mais do individuo ao invés do sistema, como é feito em empresas grandes para gerenciar a parte social dos trabalhadores.