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Como mostrar meu trabalho de Backend sem “telas bonitas”? 🤔

Pessoal, estou iniciando na área de programação e venho dedicando boa parte do meu tempo ao desenvolvimento de projetos backend — APIs, integrações, e lógica por trás de sistemas.

Meu objetivo é me tornar um dev junior o quanto antes, mas existe um desafio:

Diferente do frontend, onde é possível postar uma interface cheia de cores e animações, o backend não tem um “apelo visual” imediato. Grande parte do que estou estudando está em código, “por baixo dos panos”.

Como programador em busca da primeira oportunidade, percebo que isso torna mais difícil mostrar meu potencial e gerar interesse sobre meus projetos.

Então, aqui vai minha pergunta para a comunidade:

📌 Como vocês transformam um projeto backend em algo atraente para compartilhar no LinkedIn, GitHub ou portfólio?

Quero ouvir experiências e dicas práticas de quem já passou por isso.

Toda ideia, sugestão e crítica construtiva será muito bem-vinda.

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Acho que para o backend o que importa é mais a parte técnica, e não necessariamente o todo (a aplicação com back + front).

Sendo assim, acho que para um portfólio o mais importante é depois de ter o backend pronto, apresentar ele de forma técnica. Faz um post, por exemplo, e aborda coisas como a arquitetura, performance, padrões de projeto, boas práticas e justifica o que você fez. Sempre partindo pro lado técnico.

Eu acho que isso tira a necessidade de mostrar a coisa funcionando (que deve estar, pois é meio que uma prova de que você realmente sabe) e joga pro lado do "o que eu sei sobre isso".

De qualquer forma, se sentir necessidade ou vontade de um frontend hoje em dia solução é o que não falta. A propria IA consegue gerar algo pra você (como não é a sua área não vejo problema em literalmente copiar e colar a UI).

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Olha, acho que uma boa alternativa é fazer um diagrama da aplicação, mostrando as comunicações entre os componentes/classes/serviços...

Da uma olhada nesse projeto de exemplo. Eles criaram um diagrama mostrando "um raio X" da aplicação.

Achei muito legal como eles ilustraram.

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Muito obrigado, de verdade. Ao ler as sugestões da galera por aqui eu percebi que precisava mesmo de um exemplo para me basear e por minha idéias em prática.

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  1. Documentação. Como não há interface, você precisa explicar como seu backend funciona. Se ele tem uma API, deixe um swagger ou qualquer outra interface de teste de API pronta para uso.
  2. Tenha uma versão online. Se seu backend tem uma API, deixe uma versão de demonstraçào online para que possam testar o que está na documentação. No caso de usar Swagger, faça com ele funcione corretamente. Ele será sua interface para o mundo.
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Na minha trajetória, há um antes e um depois: Antes de eu aprender testes E2E, e depois de fazer testes E2E.

Testes E2E podem ser considerados custoso para desenvolver no início, mas dá um paz de espírito e tranquilidade. Além disso, pode ser uma forma de apresentar a API para um portfólio, pois um arquivo de testes E2E bem planejado, com testes abrangendo no mínimo os principais cenários e bem escrito, pode servir de documentação da própria API.

Além disso, saber isso daria um diferencial para o seu currículo.

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Tudo o que disseram antes é muito importante, e na minha opinião devem ser as primeiras opções.

Por isso trago um complemento, caso se interesse.

Você pode "exibir" uma API Rest usando Swagger, coisa que tem para quase toda linguagem/framework de backend, que além de facilitar a exposição dos endpoints e demonstrar a organização da sua API, ainda auxilia no próprio desenvolvimento da aplicação, sem precisar recorrer ao Postman (um bom arquivo do Postman também pode ser uma forma de mostrar visualmente sua API).

Uma outra opção é ao menos documentar suas APIs com OpenAPI (no Swagger moderno você já vai ser obrigado a conhecer essa especificação, então whatever).

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Cara, eu acho que no fim das contas o mais importante do backend não é mostrar tela bonita, é mostrar o benefício que ele traz pra quem usa. Tipo, pensa no ChatGPT: se ele não tivesse essa interface bonitinha e fosse só um prompt no terminal, ainda assim seria útil pra caramba, porque o que importa é o que ele entrega, não como ele parece.

Então acho que o jeito é vender a ideia do que seu backend faz, mas do ponto de vista de quem vai usar. Se é uma API de pagamento, fala que ela processa pagamentos em segundos e reduz falhas. Se é um sistema de recomendação, fala que ele aumenta vendas sugerindo produtos certos pra cada cliente. Se é uma API de logística, fala que ajuda empresas a economizar combustível e tempo com rotas otimizadas.

Não é só falar “criei uma API REST em Java” ou “usei tal framework”, porque isso chama atenção só de dev. Tem que pensar como marketing: qual problema ela resolve, como resolve e o que a pessoa/empresa ganha com isso. Depois, se a pessoa se interessar, aí você mostra a parte técnica.

Pra mim, backend bom é aquele que resolve problema real. E se você conseguir contar essa história de um jeito simples, vai chamar atenção mesmo sem ter interface nenhuma.

E, às vezes, vale até contar uma história que o cliente sinta como se fosse dele. Tipo assim: Imagina que você tem um e-commerce que recebe centenas de pedidos por dia. Tudo parece bem até que, no final de cada mês, começa o pesadelo: pedidos duplicados, pagamentos que não batem, estoque desatualizado e clientes reclamando no Instagram. A equipe de atendimento passa horas caçando informações em planilhas, e mesmo assim perde vendas porque o site fica lento em dias de promoção. O meu backend é como contratar um gerente invisível, que recebe cada pedido, confere pagamento, atualiza estoque em segundos e ainda avisa o cliente automaticamente sobre cada passo. No fim do mês, você não só parou de perder dinheiro como ganhou tempo e confiança do cliente, e pode focar no crescimento ao invés de apagar incêndio.

Esse tipo de narrativa conecta. Não é sobre “API com tal framework” — é sobre eliminar uma dor tão forte que a pessoa está disposta a investir pra se livrar dela.

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Caramba, que massa! Sua sugestão vai me ajudar a criar um readme perfeito. Realmente todas as observações deixam o apelo visual "de lado" e trazem o foco para o que realmente é necessário (backend). Muito obrigado!

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Eu sou desenvolvedor sênior. Chega uma etapa da carreira em que nem teste prático nem código eles querem ver; eles simplesmente perguntam:

No cenário XYZ, o que você faria?

Como decidiria qual tecnologia usar?

Já usou a tecnologia XYZ? Detalhe...

Como você faria a implementação e a arquitetura para um sistema com 1 milhão de usuários?

Mas, para você que está iniciando, acredito que o melhor seria montar um bom README e enviar o GitHub quando for se candidatar.
Exemplo: “Fiz este sistema por tal motivo, para resolver tal problema de um nicho que tem essa dor”.
Monte um README explicando isso, dando detalhes de como rodar o aplicativo.

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Talvez um repositório no Github com um front simples para enviar os dados para o servidor e lá fazer a ação.
Deixar claro que o foco é no back e que o front é para testes da sua regra de negócios no back.

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Hum, não sou de backend, mas um jeito q vejo de vc expor é uma boa documentação, tanto no código qnto no README. Qndo vejo um projeto no github, se ele não tem uma boa documentação é chances altas de ser ignorado e pra processo seletivo, ser ignorado é perder a chance de competir pra vaga daquela empresa.

Outra coisa q penso q tbm pode ser útil no futuro, mas acho q depende mto do tipo de backend q vc constrói é mostrar a performance do funcionamento do backend. Não tenho mta ideia de como fazer, mas pensei nisso a partir daquelas comparações de performance q tem entre linguagens. Veja se isso é possível ser feito. Mas como vc está no início, deixe isso pra depois, pois é algo mais avançado e demanda tempo pra aprender como funciona comparações.

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Foque em aprender a fazer diagramas que façam sentido. Não precisa ser UML estrito. Seu diagrama precisa mostrar fácil qual é o fluxo de dados da sua aplicação. Em resumo, aprenda sobre System Design.

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Acredito que a interface, ou é um swagger bem documentado, ou uma collection do insomnia/postman completinha. Contratos seguindo boas práticas também são interessantes.

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Uma boa didática de apresentação de backend é através de diagramas (no plural mesmo). As conversas de backend muitas vezes são abstratas, e a melhor formar de alinhar a comunicação é desenhando.

Diagrama de sequência ou de fluxo ajuda a esclarecer o fluxo da informação no seu sistema, pode ser interno entre suas classes, ou sob ponto de vista do processo de negócio para ilustrar como a solução funciona (e como os problemas são resolvidos).

O de infraestrutura ajuda a esclarecer relacionamentos da sua aplicação com componentes e servicos externos (Ex. Ilustra q sua app depente de um DB, de outra API, e se já estiver nesse nível, como é implantada num servidor cloud).

O de classes ajuda a ilustrar mais detalhes internos do seu design de código e padrões de projetos utilizados.

Em paralelo a tudo isso, uma boa documentação para complementar. Como README.md (para explicar o problema q o projeto resolve, como executar, como implantar, etc), OpenAPI, enfre outras.

Se for uma api, manter uma versão online com OpenAPI para testes rápidos também é interessante.

Como disse antes, no plural mesmo. Não tem como fazer uma coisa só pra explicar tudo. Cada parte explica um contexto de informação para um público diferente. E como dica, dominar os assuntos apresentados será tão ou mais importante, do que tentar mostrar um monte de coisas sem conseguir se aprofundar em algum tema.